Cabe a Cananéa, como se vê, a glória de ter sido berço da primeira bandeira que de terras paulistas se embrenhou nos sertões do Continente. Entretanto, quer parecer que a de Pero Lôbo não foi a única dessas expedições que daquele sítio partiu. Segundo alguns historiadores teria sido Aleixo Garcia, também alí saído, pelo chamado "caminho do Paraguai", em busca do Perú, país que logrou alcançar entre Mizque e Tomina.
Limite meridional da região em que viviam os tupis, porque, para o Sul, até a lagoa dos Patos, habitavam os Carijós, justamente sobre o seu território era que vinha atingir o litoral, no dizer, ainda, de outros historiadores, o "meridiano" de Tordesilhas que separava em terras do Novo Mundo o domínio luso do de Castela. Dai a afirmativa do cosmógrafo Vespúcio, que de Cananéa para o Sul - "todo lo mas es de Castella". [Página 70]
Um náufrago português da armada de Solis, Aleixo Garcia, realizou uma expedição por volta de 1524, confirmando a existência da serra lendária, demonstrando a possibilidade de chegar-se por terra até o Peru. Foi ele o iniciador do movimento sertanista nessa costa.
Embora malograsse a sua jornada ao regressar, pôde ainda, enviar notícias ao litoral, com amostras do precioso metal. As notícias chegaram até Henrique Montes, outro naufrago da mesma expedição.
As lendas da prata e a aventura de Garcia refletiram profundamente na Península Ibérica. Uma das consequências que provocaram foi a expedição de Martim Afonso de Sousa, e a colonização do litoral sul do Brasil. De onde partiam, então, caminhos que conduziam ao interior, à cobiçada Prata.
Uma antiga picada de nativos comunicava as nações guaranis do Paraguai e as da costa atlântica. Partindo das margens do rio Paraná, seguia pelos campos ao norte do rio Iguaçu até as nascentes do Tibaji, onde se ramificava: um galho demandava o sul, atravessando os campos de Curitiba em direção ao litoral de Santa Catatina; outro penetrava nas matas de Açungui, dando em Cananéia; o terceiro, rumo ao nordeste... (“História Geral Da Civilização Brasileira”, volume 11 “Economia E Cultura de 1930 a 1954”, 1997. Página 316)
[27694] Os seis primeiros documentos da História do Brasil, 1874. Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo (1846-1901) 01/01/1874 [24325] Almanak Laemmert: Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ) 01/01/1931 [27095] Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP, Secretaria da Educação. Vol. 9 01/01/1952 [24069] História Geral Da Civilização Brasileira V 11 Economia E Cultura ( 1930 1964) Topics História do Brasil 01/01/1997 [24931] “Espírito Natalino”, Edurado Bueno. youtube.com/watch?v=ehEZi-zdy5I&t=179s 26/12/2021