“flamengo que diz ser casado no Brasil e que reside naquele estado de muitos anos a essa parte e serve de artilheiro na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro” 0 01/01/1606
“flamengo que diz ser casado no Brasil e que reside naquele estado de muitos anos a essa parte e serve de artilheiro na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Apenas três anos antes da chamada “Trégua dos Doze Anos” (1609-1621) entre as Províncias Unidas e a Espanha, um tal Gomes Alberto, “flamengo que diz ser casado no Brasil e que reside naquele estado de muitos anos a essa parte e serve de artilheiro na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”, fazia chegar ao Conselho de Portugal uma advertência de que aquela cidade estava mal fortificada e que era necessário ter “mais recato porque com a notícia que tem da mina de ouro que dom Francisco de Souza descobriu na capitania de São Vicente (hereges flamengos) mostram grande desejo de ir ali...”
Alertava ainda sobre navios que estavam saindo de Duns, Inglaterra, com 300 homens e mulheres, e que de tudo isto sabia pois lá estivera preso. O homem parecia confiável, já que havia apresentado papéis do embaixador D. Pedro de Suniga “em que diz que este homem deu ali mostras de bom católico e de fiel ao serviço de VM”.
O Conde de Salinas, alarmado, reconhecia o perigo e dizia que o “intento dos rebeldes éexercitar a mercancia e comercio nas ditas partes (...) e que para este efeito tratam detomar alguns portos e assentar neles feitorias...” O parecer final sugeria que ogovernador Diogo de Meneses fosse até ali com dois navios e fortificasse ou reparasseos fortes. Ainda se buscava uma ação global, e, por isso, que se fortificasse também Angola e o Castelo da Mina com os novos governadores, mas, ao final, ponderava-seque, embora tudo parecesse muito bom, faltava dinheiro para fazê-lo.450
Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*