Cristóvão Diniz, morador de Parnaíba e cunhado de André Fernandes, alertava o “amigo” Benitez que eles apenas desejavam os índios (do pueblo de Ytupe, portanto, não era uma redução jesuítica) 0 01/01/1631
Cristóvão Diniz, morador de Parnaíba e cunhado de André Fernandes, alertava o “amigo” Benitez que eles apenas desejavam os índios (do pueblo de Ytupe, portanto, não era uma redução jesuítica)
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Retomando o processo de Benitez de 1631 e o tal “bilhete” que teria sidoenviado pelos portugueses, encontramos um trecho bastante significativo em queCristóvão Diniz, morador de Parnaíba e cunhado de André Fernandes, alertava o“amigo” Benitez que eles apenas desejavam os índios (do pueblo de Ytupe, portanto,não era uma redução jesuítica) e avisava que o lugar seria atacado “com quarentabrancos de que me pesa muito de minha parte mas o que me consola é que nenhumapessoa dos de Parnaíba estão cá, que todos somos recolhidos.” O fato de Dinizressaltar o comportamento dos moradores de Parnaíba em contraste com os de SãoPaulo, nos revela relações e procedimentos não necessariamente consensuais por partedos paulistas, mas que exprimem um grau de cumplicidade que já tinham com oscircuitos guairenhos. E as conexões não eram recentes. Concluí-se, também, que osvínculos de Benitez se fizeram, principalmente, com os moradores de Parnaíba, dentreeles o próprio Diniz e, muito provavelmente, André e Baltazar Fernandes, nomessempre presentes no trânsito pela via proibida. De fato, quando as bandeiras paulistas,lideradas inclusive por André, começaram a destruir as reduções jesuíticas entre os anosde 1628-1631, o espaço era já velho conhecido dos moradores, e muitos deles tinhamparte de seus ganhos atrelados a este trânsito
Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*