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   25 de janeiro de 1660, domingo
Documento
      Atualizado em 25/02/2025 04:40:00

•  Fontes (2)
  
  


Meces desta mivha rezolução para que a tenhão attendido.Concideramos que na Eleição que se fez no anno de 1659 ( 2.º triennio de Pelouros depois do Alvará de providencia do Conde de Atouguia ) nào se gozou da paz dezejada, porque entre José Ortiz de Camargo, Fernão Dias Paes, e Henrique da Cunha Gago, se acendeo o fogo da discordia, tendo cada huma destas tres cabeças numerozo sequito e grande roda de parentes, da mais principal nobreza de S. Paulo, sendo Fernão Dias Paes protetor da familia dos Pires, cujo partido representava Henrique da Cunha Gago, legitimno descendente da familia deste apelido, por sua May Izabel Frz, que era filha de Salvador Pires e de sua mulher Mecia Frz, como temos escrito em tt. " de Cunha Gago, cap. 1. ° $ 1.º , e chegando a S. Paulo e Ou vidor Geral do Rio de Janeiro e repartição do Sul, o Dr. Pedro de Mustre Portugal en Dez. d4 1659, este fez Ja vrar o termo do theor seguinte:

Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1660 annos a 25 dias do mez de Janeiro do dito anno nesta villa de S Paulo da Capitania de S. Vicente, na caza da morada do Ouvidor da Camora, os officiaes da Camara e Juiz de Orfãos, os Pre lados das Religioens a saber ; O M. R. P. Fr. Geraldo da Orde: 11 de S. Antonio, Vizitador desta Provincia do Brazil; o M. R. P. Reitor da Companhia de JESUS Manoel Pe drozo; o M. R. P. Fr. Angelo Prior do Convento de N. S. do Carino ; o Capm. Fernão Dias Paes, o Capm. José Ortiz de Camargo ; o Capm. Henrique da Cunha Gago, moradores desta Villa ; Logo pelo dito Ouvidor Geral , foi mandado a miin escrivão fazer este auto em como estando elle na ci dade do Rio de Janeiro cabeça de sua comarca ser indo e exercitando o cargo de Ouvidor Geral desta repartição do Sul, ora de proximo viera de Correição desta Villa de S. Paulo, por bem do seo cargo, e na forma do seo Regimento e achando os moradores della dezavidos e quebrados na paz e amizade em que antigamente se conservavão suas pessoas, cazas o familias ; e por razão de antigas inimizades e mal querencias muito antigas que entre si


25 de janeiro de de 1660, domingo (Há 365 anos)
  
  

; por cuja causa de ordinario havião bandos, motins , e alterações neste povo, com tanio excesso que por varias vezes tivhão chegado arompimeito de que havião rezultado varias mortes, ferimentos insultos e, latrocinios, asim entre os mesmos moradores, como po gentio, que cada qual dos ditos bandos a si tinha agre gado ; e ultimamente achando-se esta Villa no mais mise ravel estado, que se poderia considerar ; porquanto a mayor parte dos moradores a tinhão dezamparådo e se hião me teado no çertão e matos, fazendo novas povoaçoens e domicilios, vivendo sem sucego muy atrazados e deminulos em seos cabedaer, e lavouras com o que o comercio e vendas de S. Magestade se perdião ; e originavão grandes desserviços a Deos e ao dito Spr. e o respeito e temor da justissa total mente se perdia . E excogitando elle dito Ouvidor Geral com madura consideração ( de hum mes a esta parte que eutrou nesta villa ) os meyos mais suaves para reduzir cos mua dores io vinculo da paz ; e união com que deantes se tra tavão, e comunicavào cousas tão convenientes ao serviço de Deus e de S. Magestade e ao bem comum e conservação desta Republica e seis moradores e de tanta utilidade a este E- tado do Brazil ; em cuja concideração elle dito Onvidris Gerrl trata logo com grande disvelo e zelio do serviço de S. Mag stade ) por sua pessoa e autoridade do cargº, que * ctualmente está carecendo e com ajuda e intervençàn dos Religiosos e pessoas mais nobres e autorizadas deste Povo de meter paz e união entre os ditos moradores e atalhar osdamnus futuros, que os ameação como a experiencia larga mente o hia mostrando, elle dito Ouvidor Gerai com o pa recer do dito Capm. Mór, Camara, Prelados e mais pessi as ,mandou vir ante si a os ditos Capitaens Fernão Dias Paes e José Ortiz de Camargo e Henrique da Cunha Grgo por serem as principaes pessoas e cabeças dos ditos baudos, e familias entre si oppostas e sendo prezentes logo pelo dito Ouvidor Geral lhe fry proposto o referido neste autto, requerendo -lhes da parte de S. Magestade e da sua pedindo -lhes muito por m . se reconciliassem, .. a paz, amizade, e união com que deantes se tratavår, e communicai ão pois dahi se seguia tão grande serviço de Deos e de S. Magestade e bem comun e geral a estes Povis ; e do coutr.° grandes damnos e juinas pro metendo lhes em come de S. Magestade o agradecimento epremio devido a tão leaes vassalos ; e o dito Snr. re haver em tudo por muito bem servido para cujo efeito lhe daria conta nas primeiras embarcaçoens; e o inesmo faria este se pado de sua relação deste estado, para assim o ter intendi do e do contrario ( o que delles não esperava ) se haver odito Snr. por mal servido, e desde logo lhes escapava esta villa e todos os damnos, motivs, mortes, e outros máos suc cessos, que nella de hoje em diante succedessem , em comi nação, de serem outro sin , desnaturalizados deste Reinc , tdes e havidos, e reconhecidos por rebeldes, levantados, einobedientes aos mandados de S. Magestade e preceitos da Justissa e das mais penas, que o dito Snr. for servido exe cutar em suas pessoas e fazendas, e logo pelos ditos capi tâes Fernào Dias Paes e José Ortiz de Camargo, e Henrique da Cunha Gago foi dito que elles por si e em nome de suas familias e parentes, amigos e aliados , prezentes e auzentes,se obrigavam por suas pessoas a estar por todo o conteúdo e declarado neste autto ; e de agora nem em tempo algum hirem contra elle, em tudo ou em parte ; antes como leaes vassalos de S. Magestade tratariam da firmeza e estabilidade



 Fontes (2)

 1°

Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
Data: 1915

Meces desta mivha rezolução para que a tenhão attendido. Concideramos que na Eleição que se fez no anno de 1659 ( 2.º triennio de Pelouros depois do Alvará de providencia do Conde de Atouguia ) nào se gozou da paz dezejada, porque entre José Ortiz de Camargo, Fernão Dias Paes, e Henrique da Cunha Gago, se acendeo o fogo da discordia, tendo cada huma destas tres cabeças numerozo sequito e grande roda de parentes, da mais principal nobreza de S. Paulo, sendo Fernão Dias Paes protetor da familia dos Pires, cujo partido representava Henrique da Cunha Gago, legitimno descendente da familia deste apelido, por sua May Izabel Frz, que era filha de Salvador Pires e de sua mulher Mecia Frz, como temos escrito em tt. " de Cunha Gago, cap. 1. ° $ 1.º , e chegando a S. Paulo e Ou vidor Geral do Rio de Janeiro e repartição do Sul, o Dr. Pedro de Mustre Portugal en Dez. d4 1659, este fez Ja vrar o termo do theor seguinte:

Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1660 annos a 25 dias do mez de Janeiro do dito anno nesta villa de S Paulo da Capitania de S. Vicente, na caza da morada do Ouvidor da Camora, os officiaes da Camara e Juiz de Orfãos, os Pre lados das Religioens a saber ; O M. R. P. Fr. Geraldo da Orde: 11 de S. Antonio, Vizitador desta Provincia do Brazil; o M. R. P. Reitor da Companhia de JESUS Manoel Pe drozo; o M. R. P. Fr. Angelo Prior do Convento de N. S. do Carino ; o Capm. Fernão Dias Paes, o Capm. José Ortiz de Camargo ; o Capm. Henrique da Cunha Gago, moradores desta Villa ; Logo pelo dito Ouvidor Geral , foi mandado a miin escrivão fazer este auto em como estando elle na ci dade do Rio de Janeiro cabeça de sua comarca ser indo e exercitando o cargo de Ouvidor Geral desta repartição do Sul, ora de proximo viera de Correição desta Villa de S. Paulo, por bem do seo cargo, e na forma do seo Regimento e achando os moradores della dezavidos e quebrados na paz e amizade em que antigamente se conservavão suas pessoas, cazas o familias ; e por razão de antigas inimizades e mal querencias muito antigas que entre si tinhã» ; por cuja causa de ordinario havião bandos, motins , e alterações neste povo, com tanio excesso que por varias vezes tivhão chegado a rompimeito de que havião rezultado varias mortes, ferimentos insultos e, latrocinios, asim entre os mesmos moradores, como po gentio, que cada qual dos ditos bandos a si tinha agre gado ; e ultimamente achando-se esta Villa no mais mise ravel estado, que se poderia considerar ; porquanto a mayor parte dos moradores a tinhão dezamparådo e se hião me teado no çertão e matos, fazendo novas povoaçoens e domicilios, vivendo sem sucego muy atrazados e deminulos em seos cabedaer, e lavouras com o que o comercio e vendas de S. Magestade se perdião ; e originavão grandes desserviços a Deos e ao dito Spr. e o respeito e temor da justissa total mente se perdia . E excogitando elle dito Ouvidor Geral com madura consideração ( de hum mes a esta parte que eutrou nesta villa ) os meyos mais suaves para reduzir cos mua dores io vinculo da paz ; e união com que deantes se tra tavão, e comunicavào cousas tão convenientes ao serviço de Deus e de S. Magestade e ao bem comum e conservação desta Republica e seis moradores e de tanta utilidade a este E- tado do Brazil ; em cuja concideração elle dito Onvidris Gerrl trata logo com grande disvelo e zelio do serviço de S. Mag stade ) por sua pessoa e autoridade do cargº, que * ctualmente está carecendo e com ajuda e intervençàn dos Religiosos e pessoas mais nobres e autorizadas deste Povo de meter paz e união entre os ditos moradores e atalhar os damnus futuros, que os ameação como a experiencia larga mente o hia mostrando, elle dito Ouvidor Gerai com o pa recer do dito Capm. Mór, Camara, Prelados e mais pessi as , mandou vir ante si a os ditos Capitaens Fernão Dias Paes e José Ortiz de Camargo e Henrique da Cunha Grgo por serem as principaes pessoas e cabeças dos ditos baudos, e familias entre si oppostas e sendo prezentes logo pelo dito Ouvidor Geral lhe fry proposto o referido neste autto, requerendo -lhes da parte de S. Magestade e da sua pedindo -lhes muito por m . se reconciliassem, .. a paz, amizade, e união com que deantes se tratavår, e communicai ão pois dahi se seguia tão grande serviço de Deos e de S. Magestade e bem comun e geral a estes Povis ; e do coutr.° grandes damnos e juinas pro metendo lhes em come de S. Magestade o agradecimento e premio devido a tão leaes vassalos ; e o dito Snr. re haver em tudo por muito bem servido para cujo efeito lhe daria conta nas primeiras embarcaçoens; e o inesmo faria este se pado de sua relação deste estado, para assim o ter intendi do e do contrario ( o que delles não esperava ) se haver o dito Snr. por mal servido, e desde logo lhes escapava esta villa e todos os damnos, motivs, mortes, e outros máos suc cessos, que nella de hoje em diante succedessem , em comi nação, de serem outro sin , desnaturalizados deste Reinc , tdes e havidos, e reconhecidos por rebeldes, levantados, e inobedientes aos mandados de S. Magestade e preceitos da Justissa e das mais penas, que o dito Snr. for servido exe cutar em suas pessoas e fazendas, e logo pelos ditos capi tâes Fernào Dias Paes e José Ortiz de Camargo, e Henrique da Cunha Gago foi dito que elles por si e em nome de suas familias e parentes, amigos e aliados , prezentes e auzentes, se obrigavam por suas pessoas a estar por todo o conteúdo e declarado neste autto ; e de agora nem em tempo algum hirem contra elle, em tudo ou em parte ; antes como leaes vassalos de S. Magestade tratariam da firmeza e estabilidade [Página 695]


 2°

Genealogia de Henrique da Cunha Gago (1593-1665), consulta em genearc.net
Data: 2024


O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros? Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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