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   2 de novembro de 1647, sábado
Descoberta da Imagem do Senhor Bom Jesus
      Atualizado em 25/02/2025 04:41:31

•  Fontes (4)
  


Conta à história que no ano de 1647 a imagem do Senhor Bom Jesus foi embarcada em um Bergamin português com destino ao Brasil. A viagem transcorreu sem maiores problemas até aproximar-se de Pernambuco, onde foi abordada por piratas maus. Com receio de que os piratas profanassem a imagem, o comandante colocou-a num caixote, juntou algumas botijas de azeite e lançou ao mar. Assim a caixa foi levada pela correnteza marítima, em direção ao sul da costa brasileira.

No mesmo ano, na Praia do Una, dois índios enviados à Vila Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, a pedido de Francisco de Mesquita, morador da Praia da Juréia, avistaram a caixa no mar e a resgataram. Perceberam então que se tratava de uma imagem, um caixote e algumas botijas de azeite. Acreditando que havia alguma relação entre os objetos resolveram trazê-los a margem. Para prosseguir viagem, colocaram-na de pé na areia ao lado das botijas e do caixote.Na volta, ao se aproximarem da imagem, perceberam que ela se encontrava com o semblante voltado para o poente ao contrário de como a haviam deixado, virada para o nascente. Surpresos, os índios apressaram-se em retornar ao seu local de moradia para contar aos outros índios o que acontecera.No dia seguinte, Jorge Serrano, líder da comunidade, tomou o caminho da Praia do Una acompanhado de sua esposa Anna de Góes, de seu filho Jorge e de sua cunhada Cecília. Quando chegaram diante da imagem puseram-se de joelhos e rezaram, rendendo graças. Decidiram então, levá-la para a Vila de Iguape, atravessando o Maciço da Juréia, com a imagem sendo carregada em uma rede de pesca.Um grupo de pessoas da comunidade que soube do achado da imagem aproximou-se de Jorge Serrano com a intenção de levá-la para a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, por esta ser a sede da Capitania. Ao tentarem virar o cortejo para aquela Vila, a imagem surpreendentemente adquiriu um peso descomunal e, o contrário aconteceu quando voltaram em direção à Vila de Iguape. Perceberam então que a imagem já tinha seu destino traçado. Na medida em que se aproximavam da Vila, maior era o número de cristãos que se unia à procissão.Após dias de caminhada, encontraram um lugar de beleza única onde pararam para banhar a imagem sobre as pedras de um riacho, retirando o salitre e preparando-a para sua chegada na Matriz de Nossa Senhora das Neves. Esse riacho ficou conhecido, daí por diante, como Fonte do Senhor e dizem que a pedra sobre a qual a imagem foi banhada cresce continuamente.No dia 2 de Novembro de 1647, terminada a lavagem, a imagem finalmente chegou à Vila e foi colocada no altar da Matriz de Nossa Senhora das Neves. [www2.itanhaem.sp.gov.br]



 Fontes (4)

 1°

Memória Histórica de Xiririca (El Eldorado Paulista), Antônio Paulino de Almeida
Data: 1940
De uma notícia conservada no livro de Memórias da Vila de Iguape, referente à mesma vila ,consta que após a descoberta da Imagem do Senhor Bom Jesus em 1647,

"..começou a crescer de tal sorte, que achando- se já ocupadas as situações mais vizinhas dos seus limites, foi se o Povo estendendo pela Ribeira acima, Rio navegável até quinze dias de viagem sem embaraço considerável.

Então começaram a descobrir- se minas de oiro para aquelas partes, cuja extração foi permitida pela Sua Magestade, porque ainda hoje se conserva aqui com as Armas Reais a casa que então servia para a Fundição dele, durando esta até o descobrimento das minas Gerais, em o ano de mil e seis centos e noventa e sete pouco mais ou menos ... que ficou sessando, porque quase todos os Mineiros se ausentaram daqui para ditas minas"
. [Página 38]

 2°

As Minas Imaginárias O maravilhoso geográfico nas representações sobre o sertão da América Portuguesa – séculos XVI a XIX, 2009. Marcelo Motta Delvaux
Data: 2009
As atividades mineradoras realizadas nesta região eram de extração do ouro e, antes do povoado de Paranaguá ter sido erigido em vila, em 1647, “com o nome de Nossa Senhora do Rosário, já tinha sido nomeado, no ano antecedente um provedor para suas minas, na pessoa de Mateus de Leão”. [Página 152]
 3°

História da Imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape. senhorbomjesusdeiguape.com.br
Data: 2015

 4°

A Capitania de Conceição de Itanhaém. Consultado no site da Prefeitura de Itanhaém (itanhaem.sp.gov.br)
Data: 2023


[26108] Memória Histórica de Xiririca (El Eldorado Paulista), Antônio Paulino de Almeida
01/01/1940

[26875] As Minas Imaginárias O maravilhoso geográfico nas representações sobre o sertão da América Portuguesa – séculos XVI a XIX, 2009. Marcelo Motta Delvaux
01/01/2009

[29373] História da Imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape. senhorbomjesusdeiguape.com.br
07/07/2015

[8971] A Capitania de Conceição de Itanhaém. Consultado no site da Prefeitura de Itanhaém (itanhaem.sp.gov.br)
17/05/2023

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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