“dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo”
25 de março de 1555, sexta-feira Atualizado em 02/09/2025 22:52:32
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Nóbrega, um doutor do direito canônico, “um bom jurista”, nas palavras deSerafim Leite (1993:18), também chega a escrever de São Vicente a 25 de março de 1555(2000:199) rogando pelas “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que seconvertem à fé de Cristo”.
Vê-se, claramente, que, do ponto de vista lingüístico, essa interação entre oaproveitamento de certos costumes e habilidades indígenas e a catequese cristã não poderiapassar sem influência na língua falada. Ela também indica a romagem rumo à línguaportuguesa entre os primeiros jesuítas, até porque eles também integravam o plano real decolonização. Em relação a muitos índios, os jesuítas avançaram nessa meta de aprendizadode português, a exemplo do plano de envio de meninos da terra à Metrópole, conformeregistra Nóbrega em carta escrita da Bahia a 10 de julho de 1552 (2000:124), chegandomesmo a fazê-lo como ele informa em carta escrita de São Vicente, a 25 de março de 1555(2000:198): “De alguns mestiços da terra, que nesta Capitania de São Vicente sereceberam, escolhi um ou dois este ano e mando-os ao Colégio de Coimbra, dos quaistenho esperança que serão de Nosso Senhor e que serão proveitosos para a nossaCompanhia”.
“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
Nóbrega, um doutor do direito canônico, “um bom jurista”, nas palavras de Serafim Leite (1993:18), também chega a escrever de São Vicente a 25 de março de 1555(2000:199) rogando pelas “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo”.
Vê-se, claramente, que, do ponto de vista lingüístico, essa interação entre o aproveitamento de certos costumes e habilidades indígenas e a catequese cristã não poderia passar sem influência na língua falada. Ela também indica a romagem rumo à língua portuguesa entre os primeiros jesuítas, até porque eles também integravam o plano real de colonização. Em relação a muitos índios, os jesuítas avançaram nessa meta de aprendizado de português, a exemplo do plano de envio de meninos da terra à Metrópole, conforme registra Nóbrega em carta escrita da Bahia a 10 de julho de 1552 (2000:124), chegando mesmo a fazê-lo como ele informa em carta escrita de São Vicente, a 25 de março de 1555(2000:198): “De alguns mestiços da terra, que nesta Capitania de São Vicente se receberam, escolhi um ou dois este ano e mando-os ao Colégio de Coimbra, dos quais tenho esperança que serão de Nosso Senhor e que serão proveitosos para a nossa Companhia”. [25003]
3ª fonte
Data: 2022
“Canibalismo, nudez e poligamia”, Adriano César Koboyama
A causa porque nestes índios, de tôda esta costa onde habitam os Portuguêses, se fará pouco fruto ao presente é porque estam indómitos e a esta terra não vieram até agora senão desterrados da mais vil e perversa gente do Reino, e se algumas aparências de bem, e alguma esperança nos têm dado nêstes seis anos, que aqui com êles tratamos, têm-no causado mais o interêsse e a esperança do que êles têm, do que o fervor da fé que em seus corações tenham.E por isso disse acima que os infieis da costa não estam tão maduros para colher-se dêles fruto, como os infieis que confinam com o Paraguai, terra do Imperador (Carlos V), os quais estam já sujeitos a seu jugo. Assim que me parece que com êstes gentios da costa se fará pouco, e com aquêles onde não chegou a conversação dos cristãos, um pouco mais e com aquêles que estam já sujeitos e domésticos se fará muito fruto, e êstes são os que chamam Carijós, que é uma geração muito grande que chega até ao Perú, ainda que no meio delas se metem outras muitas, as quais não são menos boas, e até algumas cremos serão melhores como temos por informação certa. [26989]
Monumenta Brasiliae Data: 01/01/1956 Créditos/Fonte: Serafim Leite Página 169
ID: 12477
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