CAPITULO XIIICo.MO SOUBEMOS EM QUE PAIZ DE SELVAGENS TÍNHAMOS NAUFRAGADO. CAPUT XIII.Chegando á terra agradecemos a Deus que nos deixou alcançar vivos á costa, ainda que estivéssemos tristes por não saber onde tínhamos chegado, porque o Romão não conhecia o paiz, nem sabia si estávamos longe ou perto de S. Vincente, ou si havia selvagens que nos podessem fazer mal.Um dos companheiros, de nome Cláudio, que era francez, começou a correr pela praia para se aquecer, quando de repente reparou numas casas por detrás dos arbustos e que se pareciam com casas de christãos.Dirigiu-se então para lá e encontrou um logar onde moravam portuguezes e se chamava Itenge-Ehm (Itanhaen), cerca de duas milhas distante de S. Vincente. Contou então a elles o nosso naufrágio e que estavamos com muito frio, não sabendo para onde devíamos ir.Ouando ouviram isso, vieram correndo e levaram-nos para suas casas, dando-nos roupas. Ahi ficámos alguns dias, até que voltámos a nós. Deste logar, fomos por terra até S. Vincente, onde os portuguezes nos receberam bem e nos deram comida por algum tempo.
Duas vezes a morte hei sofrido. Pois morre o pai com o filho morto. Para tamanha dor, não há conforto. Diliu-se em prantos o coração partido. Para que ninguém ouça o meu gemido, encerro-me na sombra do meu horto. Entregue ao pranto ao sofrer absurdo. Querendo ver se vejo o bem perdido! Brota a saudade onde a esperança finda. Sinto na alma ecoar dores de sinos! Só a resignação me resta ainda.
Morte segundo filho Data: Fonte: “Adeus meu menino”, a "Tears In Heaven" imperial