Gonçalo da Costa chega a San Lucas de Barrameda em fins de agosto*
Atualizado em 25/02/2025 04:39:00
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Gonçalo da Costa chega a San Lucas de Barrameda em fins de agosto de 1530, dirigindose para Sevilha, onde a chamado rei, foi encontrá-lo, fato citado por Herrera, atendendo aopedido do rei, o que era quase uma ordem de D. João. Dirigiu-se a Portugal, onde deulargas explicações, não só do Bacharel, como sobre os habitantes daquela região e dopovoado de São Vicente e das expedições que ali aportavam clandestinamente ou não,quase sempre a caminho do Rio da Prata. Presumindo-se que ignorava, entretanto, quais asintenções do rei, e ao receber dele o convite para chefiar uma armada já pronta, quis saberqual a missão que deveria cumprir. Ao saber o que dele se esperava, pediu alguns diaspara pensar, prazo este que aproveitou para voltar à Espanha, onde ficaria a serviço do rei,e “a cujas armadas serviria com invulgar destemor”, a ponto de participar da armada de 1ºde setembro de 1534, com quem foi Pedro de Mendoza, para colonizar e fundar BuenosAires. [1]
A respeito desta viagem de Gonçalo da Cósta, diz Her- rera: (1) "... fué informada la Reyna, que el Rey de Portugal, avia escrito á Sevilla, a un Português llamado Gonçalo de Acosta, que avia estado muchos anos en la provín- cia dei Brasil, entre los índios, y se vino a Castilla, ofreciendole seguro, y mercedes, porque fuesse á Lis- boa, etc le rogaron que fuesse en una ar- mada que se despachava para aquellas partes, hazien- dole crecidos partidos, y que por no dexarle bolver a Sevilla, para llevar su muger e hijos, para dexarlos em Portugal, se ausento sin que nadie lo entendiesse 99 Embora atravéz de outra interpretação, vê-se ahi, que o Rei de Portugal mandára chamar da Hespanha a Gonçalo da Cósta, não porquê elle fosse um conhecedor do Brasil somente, mas, principalmente para decidir com elle, em definitivo, se devia usar de outros meios para obrigar o "bacharel" a cumprir a ordem do representante do rei em São Vicente, como também se poderia usar do seu prestigio entre os aborígenes brasileiros para realisar a colonisação regular daquella parte do Brasil e explorar o "rio da prata", investindo-o talvez de alguma alta qualidade e sob a pro- messa de boa retribuição. Não contava o rei com a amizade e a fidelidade de Gon- çalo da Cósta ao "bacharel" seu sogro, suppondo-o apenas ligado áquelle portuguez por uma indiasinha com meio san- gue europeu. Houve então a recusa de Gonçalo da Cósta e sua retirada de Portugal, como se deprehende do próprio Herrera: "se ausento sin que nadie lo entendiesse", revol- tado cértamente como teria ficado, com a condição imposta, preliminarmente, pelo Rei. Na mesma occasião em que seguira Gonçalo da Cósta, seguira também, na mesma viagem, o Capitão Rojas, seu protegido contra a raiva de Caboto. [2]
[24418] “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos 01/01/1937 [24487] “São Vicente Primeiros Tempos”. Secretaria de Turismo e Cultura da Prefeitura de São Vicente 01/01/2006
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.