Com efeito, os beneditinos acompanharam a formação do reino de Portugal e a recon- quista do território ocupado pelos muçulmanos. Foi, sobretudo, no Entre Douro e Minho que se instalaram durante a Idade Média formando, a partir de 1566-67, a «Congregação dos Mon- ges Negros de S. Bento dos Reinos de
, pouco depois estendida até à Província do Bra- sil, congregação essa que havia de durar até à extinção das Ordens Religiosas pelo Liberalismo, em 28-30/V/1834. Na Metrópole, os beneditinos tiveram 24 casas, das quais 21 abadias. A estes, depois de 1580, se juntaram os 13 mosteiros do Brasil: Baía, Brotas, Graça, Guararapes, Jun- diaí, Olinda, Paraíba, Parnaíba, Rio de Janeiro, Santos, São Paulo, Sorocaba, Vila Velha.O Brasil foi colónia portuguesa desde a descoberta ou «
em 1500 até à Independência em 1822, reconhecida por Portugal em 1825. Os mosteiros beneditinos ali fundados pelos portugLieses foram 14 (Baía, Brotas, Graça, Guararapes, Jundiaí, Olinda, Paraíba, Parnaíba, Rio de Janeiro, Santos, São Paulo, Sorocaba, Vila Velha) e estiveram inte- grados na «Congregação de S. Bento dos Reinos de Portugal e Província do
. O Capí- tulo Geral de Tibães, em 1825, não se sentiu com jurisdição para fazer a provisão dos car- gos dos mosteiros do Brasil. Foi então que Fr. António de Nossa Senhora do Carmo, Pro- vincial e Abade do Mosteiro do Rio de Janeiro pediu à Santa Sé a erecção da «Congregação Beneditina
do Papa Leão XII a l/VII/1827. Como a Congregação Beneditina Portuguesa foi extinta em 28-30/V/1834, a Congregação Beneditina Brasileira, que gozava de todos os privilégios e prerrogativas daquela, passou a ser a sua legítima herdeira 190 . As vicissitudes democráticas e liberais do país determinaram uma grande crise dos mosteiros no Brasil, de que os beneditinos se saí- ram com a ajuda da Congregação Beneditina de Beuron, Alemanha, o que determinou a «
do costumeiro beneditino brasileiro. O grande agente desta recuperação monástica foi D. Gerardo van Caloen (t 1932), monge belga, que, no Brasil desde 1895, em 1906 chegaria a Bispo titular de Phocea e Abade do mosteiro do Rio de Janeiro, tendo fun- dado na Bélgica, para apoio da Congregação brasileira, o Mosteiro de Santo André de Zevenkerken, o qual, até 1922, estaria ligado à Congregação Brasileira. Entretanto os mos-
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.