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   10 de outubro de 1834, sexta-feira
Encontro que mudaria a história do Brasil
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


naquele mar de morros e chapadões requentados de Minas Gerais, né, quando entra numa taverna imunda de beira de estrada ã ã numa cidade chamada Curvelo, "Grande Sertão: Veredas", né, entra, segue essas veredas do grande sertão, entra na taberna em Curvelo, se senta,e quando ele está sentado cara, entra um sujeito alto, grande, com umas botas enormesassim, poc poc poc, mal encarado total, se dirige até o balcão, pega a garrafa de cachaçaparticular dele, abre a garrafa de cachaça dele, serve, bate com a garrafa, toma um golede cachaça, puff, dá uma cuspida pro lado e diz em dinamarquês: "ainda bem que nãotem ninguém que entenda minha língua nesse lugar onde o diabo perdeu as botas" e o PeterLund ouve um cara falar dinamarquês, cara! No meio do nada em Minas Gerais, dinamarquês.Daí ele diz: "não se fie tanto nisso, senhor", e aí se levanta, vai lá e conhece o cara.O cara era um escroto, o cara era um canalha, era um desses exploradores aí, um ruralista,pra dizer... Não, no caso nem era um ruralista embora fosse... Ele explorava Salitre, prafazer pólvora, nas cavernas de calcário de Minas Gerais. E eles começam a conversar,o cara se chama Peter Claussen, né, e o Peter Claussen diz pra ele, diz pro Lund, "olha,toda essa região aqui"... (eles tavam no Vale do Rio das Velhas), "existem mais deduzentas cavernas calcárias aqui nessa região" e quando ele sabe que o Lund é um pesquisadorele diz: "e repletas de ossos de animais antediluvianos". Papai, ó os animais antediluvianos! Esseera o dia 10 de outubro de 1834. E tu deveria gravar na tua memória essa data. 10 de outubrode 1834, porque essa data e esse encontro mudou a história da paleontologia, mudoua história da ecologia da pré-história, mudou a história da pré-história. Sim,cara. Porque o Lund, os olhos do Lund brilham e esse Claussen, que era realmente um sujeitobrutal, andava assim com tipo um chicote, dava umas porrada em qualquer um que encontrava,tinha um monte de trabalhador quase escravo assim, papapá papapá, né, e ele leva oLund nessas cavernas, cara. E o Lund ingressa nessas cavernas, cara, logo em seguida elechegaria, inclusive naquela grande catedral subterrânea, naquele lugar repleto de estalactites,estalagmites e grinaldas feitas de pedra e arabescos e requintes da natureza e ele étomado por um fervor religioso nessa gruta incrível que ainda existe, cai de joelhose decide dedicar o resto da sua vida a ler as páginas de pedra que a natureza tinhaesculpido nessas reentrâncias do Planeta Terra. Porque ele, embora fosse um cientista,era também luterano, quase praticante, sabe, ele estudava muito a Bíblia, tal, e ele tinhasido aluno do George Cuvier, que era o grande francês lá, estudioso, o cara que criou,junto com o Lineu as ciências naturais, e que defendia a tese do catastrofismo, quenem tem gente... tem CATÁSTROFES aí no Brasil hoje em dia, né. E essa tese era de que tinhahavido um grande dilúvio, tinha afogado todos os animais antediluvianos e que a Terra tinhapassado por um cataclismo, tal né, mas que a Terra teria 5.435 anos. 5.435 anos era aidade da Terra, segundo a Bíblia e segundo o que o próprio Cuvier achava e segundo,em tese, o que o próprio Lund acharia. 5000 anos de idade. Mas ele achava, ao mesmo tempo,o Lund, que Deus havia deixado... Ele queria desvendar o grande plano geral da criação.Ele achava que Deus tinha deixado pequenas pistas, pequenas raspas e restosem locais remotos do mundo, que seriam indícios que você, como num quebra-cabeças, poderiamontar a história do mundo. E ele percebeu que naquelas cavernas poderiam estar essasraspas, esses restos, esses vestígios. Aí cara, ele começa a pesquisar essas cavernas,o que ele faria durante 30 anos, ele descobriu, por exemplo, 22 mil mandíbulas de um únicotipo de animal pré-histórico, ele descobriu 120 mil vértebras, ele encheu 50 contêinersde ossos de animais antediluvianos, animais pré-históricos, entendeu. E aí ele descobriuo megatério, o preguiça gigante, o animal que deveria ser símbolo do Brasil, né cara,vai aparecer aqui, vou por o megatério gigante, o preguiça, vivia sem fazer porra nenhumao megatério, né, o preguiça gigante, meu animal favorito. E aí ele pesquisando, pesquisando,assim, viajando, sempre a luz de velas e tal papapá, né, com circunstâncias difíceise ele se instala numa pequena casa que ele vai aumentando nas margens da Lagoa Santa.Cara, eu queria fazer um episódio simples, mas é que só dizendo o nome Lagoa Santa


Relacionamentos

Peter Wilhelm Lund (33 anos)
Bíblia
  Registros (131)

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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