'Feitos os primeiros pedidos para a fundação de uma instituição religiosa na Vila de Sorocaba, como consta nos documentos enviados pela Câmara da Vila 0 01/01/1800
Feitos os primeiros pedidos para a fundação de uma instituição religiosa na Vila de Sorocaba, como consta nos documentos enviados pela Câmara da Vila
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Esses mesmos argumentos do início da colonização foram usados no século XIX –em parte porque o desinteresse na instalação de instituições religiosas femininas continuavadevido aos custos altos para sua manutenção –, quando foram feitos os primeiros pedidospara a fundação de uma instituição religiosa na Vila de Sorocaba, como consta nosdocumentos enviados pela Câmara da Vila no ano de 1800.3 No primeiro pedido, não hánenhuma referência à Manoela de Santa Clara e Rita de Santa Ignes, porém, a família dasduas mulheres possuía grande importância financeira e política na região, o que nos leva aimaginar que a solicitação fora motivada pela vontade das mulheres, utilizando as redes deinfluência criadas e exercidas pelos seus familiares. [1]A primeira vez que essas mulheres aparecem claramente é na documentação sobreos pedidos para a fundação de um recolhimento. De forma indireta no parecer, o entãocapitão-general de São Paulo Franca e Horta apresenta a opinião desfavorável à fundaçãode um recolhimento na vila.Resta-me finalmente informar a Vossa Alteza motivos particulares que tiveram estescamaristas para [ileg.] a presente súplica, circunstâncias que pessoalmente examinei,quando por outra diligência que interessava o Real Serviço, me foi preciso chegar àvila de Sorocaba. Existe ali uma insensata mulher, que pelo vaidoso entusiasmo de serfundadora, e regente, havendo-lhe tocado uma pequena fonte de terras por herança,deu princípio a um edifício com essa destinação. O terreno onde tem algumascasinhas, e uma asseada capela, suposto tenha capacidade para os ofícios de umrecolhimento, falta-lhe, contudo, o essencial, que é o seu interior uma áreaindispensavelmente [ileg.] para [ileg.] e passeio das Recolhidas, o que é impossível deconseguir-se por achar situado no centro da vila cercado por toda a parte das casas demoradores. Este informe edifício de taipas de terra, mal construído pela direçãodaquela mulher, que sem discurso, nem força para a dita obra, não faz mais quelevantar este ano, o que no passado se desfez, foi olhando por aqueles homens comoum fundo suficiente para o dito recolhimento lisonjeados da esperança de que outrosconcorreriam com esmolas para o complementarem como se tão débeis fundamentos[ileg.] se pudessem contar alguma coisa [2]
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]