Pesquisador Gaúcho reconstitui a história de uma foto de Bento Gonçalves da Silva, ícone da Revolução Farroupilha, e descobre que a imagem retratada é anterior a invenção da fotografia 0 01/01/1843
Pesquisador Gaúcho reconstitui a história de uma foto de Bento Gonçalves da Silva, ícone da Revolução Farroupilha, e descobre que a imagem retratada é anterior a invenção da fotografia
1843 Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Pesquisador Gaúcho reconstitui a história de uma foto de Bento Gonçalves da Silva, ícone da Revolução Farroupilha, e descobre que a imagem retratada é anterior a invenção da fotografia, sendo realizada pouco antes da popularização dos retratistas viajantes, ocorrida em 1843, no Uruguai e também na fronteira do Rio Grande do Sul com a invenção do DaguerreótipoUma fotografia atribuída a Bento Gonçalves (1788 – 1847) que pertence ao Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul ganha status de autêntica. A conclusão é do professor e pesquisador Édison Hüttner, que realiza um estudo de resgate das simbologias do Rio Grande do Sul, pela PUC/RS – Pontifícia Universidade Católica.Uma das linhas de pesquisa analisou a história desta fotografia que pertenceu ao acervo do Museu Júlio de Castilhos e posteriormente passou a compor o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul.Por meio deste trabalho, foi possível concluir que é uma “imagem autêntica” do General Bento Gonçalves, capturada por meio de uma técnica primitiva de fotografia impressa em vidro chamada “daguerreotipia”, e num segundo momento, anos após a sua morte, foi solicitado ao estúdio fotográfico de Alberto Bixio, em Montevideo, uma cópia que ficou em posse da família de Bento Gonçalves.A fotografia analisada pertenceu a Raul Gonçalves da Silva, bisneto do General. Ele doou o documento fotográfico a Borges de Medeiros, que no ano de 1927 entregou a referida fotografia ao Museu Júlio de Castilhos. A autenticidade da assinatura de Borges de Medeiros, que consta no documento entregue ao museu também foi confirmada.“Esta foto de Bento Gonçalves da Silva representa muito para nossa história, para a tradição gaúcha que tem nos seus heróis suas raízes mais profundas. Agora temos um rosto de verdade”. Conclui o Hüttner ao constatar que os registros históricos confirmam a originalidade dos traços físicos deste ícone da história do Rio Grande do Sul. O pesquisador Édison conta com a ajuda investigativa do seu irmão, Éder Abreu Hüttner em quase todas as pesquisas.A daguerreotipia é um processo fotográfico desenvolvido por Joseph Nicèphore Niépce (1765-1833) e Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851). O Folclorista, historiador e geógrafo uruguaio, Professor Miguel Angel Franco Hernandez, confirmou a Hüttner detalhes sobre a introdução desta técnica de fotografia no Uruguai, inclusive com dados sobre a popularização, em 1843, do retratismo naquele país e também nas fronteiras com o Rio Grande do Sul. Este trabalho tinha o protagonismo dos retratistas viajantes. Segundo Franco Hernandes, em 1860, com a invenção da fotografia propriamente dita (em Papel), os retratos e fotos, em geral feitas pelos Daguerreótipos, foram passados a papel. Segundo os registros da história da fotografia no Uruguai, esse processo foi rotineiro no trabalho da empresa “Alberto Bixio & Cia”, que assina a fotografia do General Bento Gonçalves da Silva.Nesta carta em que Franco Hernandes descreve a história da fotografia no Uruguai, conta que a técnica do Daguerreótipo chegou em Montevideo em 1840, por meio do Abade Louis Compte que foi instruído por Daguerre no uso e técnicas desta tecnologia. Compte fixou residência em Montevideo e deu aulas de Frances, Geologia e também sobre o uso e técnicas relacionadas ao Daguerreótipo.[1]Dia 26 de janeiro de 1840. A corveta L’orientale ruma para o Uruguai. No dia 29 de fevereiro, Comte fez uma demonstração do uso de daguerreótipo na prefeitura de Montevidéu, de onde tirou a fotografia da fachada da Igreja Matriz. Comte ficou na cidade pois estava com a saúde debilitada. Permaneceu lá até 1847, ensinando francês, geografia, geologia e pintura, além da comercialização de câmeras de daguerreotipia – ao mesmo tempo que ensinava seu uso. Um artista francês de nome Amadeo Gras adquiriu uma câmera de Comte, em 1846, e montou um estúdio fotográfico em Montevidéu. Iniciavam os primeiros estúdios ou galerias para tirar retratos no Uruguai. Outro francês, de nome Eugène Tandonnet, atuava como retratista na cidade, em 1842, usando um daguerreótipo. Depois, ele foi atuar como fotógrafo em Piedras Blancas (pequeno povoado perto de Cerrito), onde ficou de 1843 a 1845. Florencio Varela, trabalhou em Montevidéu com daguerreótipo, tirando fotos de parentes e amigos. Outro foi o americano Charles de Forest Fredricks, um retratista que utilizava o daguerreótipo, em 1851, no município [2]
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