A coroação do Imperador, no dia 12 de outubro, foi comemorada com a cerimônia chamada beija-mão. Nessa ocasião, todos foram obrigados a iluminar suas casas durante três noites seguidas. Quem não o fizesse tinha que pagar 1 real no primeiro dia, 2 réis no segundo dia, e no terceiro dia ia para a prisão.
De manhã, logo ao amanhecer, soou o tiro de canhão. Entre 10h e 11h, toda a tropa estava reunida na praça; o Presidente e o Magistrado foram para a igreja, onde se celebrava um tedeum. Depois disso, foram todos para o Palácio. O Presidente se postouao lado do trono, acima do qual pendia o retrato do Imperador.
Autoridades e funcionários do Estado foram se aproximando do trono, cumprimentavam o Imperador, o Presidente e o Magistrado, saíam por uma porta lateral e iam para casa. Às 4h da tarde, o Presidente foi a cavalo até o Ipiranga, até o local onde o Imperador proclamou, pela primeira vez, o grito de “Independência ou Morte” e onde se lançou a pedra fundamental de uma pirâmide.
Duas vezes a morte hei sofrido. Pois morre o pai com o filho morto. Para tamanha dor, não há conforto. Diliu-se em prantos o coração partido. Para que ninguém ouça o meu gemido, encerro-me na sombra do meu horto. Entregue ao pranto ao sofrer absurdo. Querendo ver se vejo o bem perdido! Brota a saudade onde a esperança finda. Sinto na alma ecoar dores de sinos! Só a resignação me resta ainda.
Morte segundo filho Data: Fonte: “Adeus meu menino”, a "Tears In Heaven" imperial