8 de novembro de 1859, terça-feira
| O Núcleo colonial do Assunguy teve origem no contrato celebrado pelo governo imperial por intermédio da Representação Geral das Terras Publicas, datado de 8 de Novembro de 1859 | | Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
O país passa, então, a viver um paradoxo de ambiguidades. De um lado, parte dasociedade mantem-se arcaica, e insiste em manter a escravidão, enfrentando asresistências, fugas e lutas dos escravos e dos simpatizantes do abolicionismo; de outro,aqueles que proferem discursos de teor liberal e defendem um governo republicano.Ideias vindas de fora, diziam uns; ideias fora do lugar, acusavam outros. Mas o fato éque, em meio a esse turbilhão de incertezas, vão chegando centenas, milhares deeuropeus, atraídos pelas oportunidades prometidas por propagandas deflagradas emvários países da Europa. No Paraná, eles são enviados para as diversas colônias,formadas no interior da província e nos arredores da capital, Curitiba. Este textocentraliza-se na colônia do Assunguy, e procura explorar as situações mais comunssuscitadas pelo contexto que se instaura conforme registradas nos resumos de assuntoscontidos nos Códices sobre imigração, disponível no Arquivo Público do Paraná. Idealizava-se que esses homens e mulheres europeus fossem, acima de tudo,para áreas delimitadas nos interiores de algumas províncias, onde formariam uma classede pequenos lavradores estabelecidos em colônias agrícolas. O que fica evidente nasfontes do período é que nem os europeus nem os brasileiros estavam preparados para o‘encontro’ que passa a ocorrer de forma mais contínua e acentuada a partir de 1860.Entre inúmeras dificuldades, de natureza material e imaterial, estavam os diferentesidiomas falados (GILLIES, 2013). O Núcleo colonial do Assunguy teve origem no contrato celebrado pelo governoimperial por intermédio da Representação Geral das Terras Publicas, datado de 8 deNovembro de 1859, e foi instalado a 2 de Dezembro de 1860, pelo diretor interino J.P.de Gueiros Sarmento, conf. Folha 62 Códice 07/08/-380, 1867-1872. Inicialmentedestinado a estrangeiros, tornou-se misto por força do aviso do Ministério daAgricultura de 6 de Junho de 1861, que mandou admitir nacionais, concedendo-lhes osmesmos favores que àqueles. Constatamos que, a partir de 1860, a colônia doAssunguy recebeu colonos de aproximadamente 13 nacionalidades diferentes: alemães,ingleses, franceses, suíços, austríacos, italianos, espanhóis, irlandeses, suecos,holandeses, canadenses, islandeses e brasileiros. A documentação do Arquivo Públicodo Paraná (Códice 0269) indica que imigrantes norte-americanos foram enviados paralá, mas recusaram-se a se estabelecerem no núcleo, “sob a alegação de que ali não
Croqui do Peabiru na América do Sul Data: 01/01/2012 Créditos/Fonte: Andressa Celli Baseado em: Bond, 2011(mapa ID: 6202
Relacionamentos
• Assunguy Registros (79)
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
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