Nos dois primeiros séculos de Brasil, a crença em uma anterior estada física de São Tomé, estava acima de dúvidas. Fizera um intervalo em suas tarefas na Índia para vir falar de Cristo aos nossos nativos. Na crônica daqueles anos não há voz discordante.
Em 1515, a "Nova Gazeta da Terra do Brasil", refere-se a "lembrança que os nativos tinham de São Tomé, cujas pegadas quiseram mostrar aos portugueses". [Página 5]
Manoel da Nóbrega, contra quem não cabe o rótulo de fantasioso, noticiou em carta de 1549:
"Dizem eles que São Tomé, a quem eles chamam Zamé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus antepassados, e que suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver por mais certeza da verdade, e vi com meus próprios olhos quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais cobre o rio quando enche; dizem também que, quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e chegando ali, se lhe abrira o rio e passara por meio dele à outra parte, sem se molhar, e dali fôra para a Índia."[p. 6]
Portugueses e espanhóis conviviam em São Vicente lucrando no apresamento de nativos e no fornecimento de navios. Aquele bom porto existia e era conhecido antes da chegada lusa. Chamava-se Upanema, Morpion, Maraipion, Tumiaru ou Tumaiaru. Logo depois da Descoberta ganhou outro nome: Porto dos Escravos. [Página 9]
De São Vicente, via Piaçaguera e Cubatão, o caminho subia a serra para ir aquietar-se lá no outro oceano.
“Com seus oito palmos de largo não era nisso inferior a algumas ruas principais da Lisboa quinhentista”.
Quanto aos largos lances do traçado, vigora uma quase unanimidade. Taunay teve em mãos mapas que teriam pertencido a D. Luís Antônio de Sousa, graças aos quais pode esmiuçais o caminho:
“Saindo de São Paulo, passando por Sorocaba, pela fazenda de Botucatu que foi dos Padres da Companhia, dirigindo-se a São Miguel, junto ao Paranapanema, e costeando êsse rio pela esquerda, tocando em Encarnación, Santo Xavier e Santo Inácio, onde em canoa descia o Paranapanema e subia o Ivinheima até quase à suas nascenças (...)”
O roteiro traçado por Batista Pereira: “uma picada de 200 léguas que, com duas varas de largura, ia do litoral até Assunção do Paraguai, passando por São Paulo. Passava na várzea da cidade, bifurcando-se no rumo das futuras Itu e Sorocaba”. [Página 10]
O Caminho pode ser perigoso
Essa dimensão continental e as possibilidades de penetração, ecumenismo, talvez, e certamente conquista, já haviam sido claras, apesar de ingenuamente expostas pelo curioso e piedoso aventureiro irmão Antônio Rodrigues. Ao cabo de dezoito anos entre castelhanos, em carta datada de 31 de maio de 1553, depôs:
"assim vim aqui, que são perto de 300 léguas, por uns gentios chamados Topinaquins (...) Já o caminho está feito daqui ao Peru, e há gente muito aparelhada para receber a nossa santa fé..."
A valia estratégica do Peabiru no referente ao domínio político, econômico e militar da América do Sul pode ser medida no texto de Alfredo Romário Martins: "Este caminho tornou-se o ponto de junção de portugueses e espanhóis, refluindo do interior para a costa. A sua posse chegou a ser a chave da conquista, num sentido ou no outro, e estas lutas tivera repercussão na ida dos jesuítas ao Paraguai..."
Os espanhóis iam e vinham (pelo camiho do Peabiru), tranquila e assiduamente. Tomé de Sousa alarma-se com o elevado rendimento da alfândega vicentina, Fruto da presença e do comércio espanhol na praia, junto ao porto. O espanhol é o rival na Europa como na América. O Peabiru é a única artéria viável do mar à cordilheira.(“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP, 10/1971. Página 11)
A proibição foi travo amargo para Nóbrega. O Paraguai era seu objetivo. Acreditava-se em terras portuguêsas. E lá estava o núcleo maior de nativos, a junção de grandes rios, a abertura para o coração do continente.
É seu amigo Tomé de Souza que o impede de partir. A 15 de junho de 1553, relata ao padre Luís Gonçalves da Câmara porque não seguira ainda:
"... a principal causa de todas para atrapalhar foi fechar o caminho por causa de os castelhanos, que estão a pouco mais de 100 léguas desta capitania. E tem-se por certo haver muita prata nessa terra, e tanto que dizem haver serras delas, e muita notícia de ouro, cujo serro está neste caminho..."[Página 11]
A proibição foi cumprida. Para nativos, plebeus e nobres, portugueses e castelhanos. Mesmo gente como João de Salazar, Melgarejo e filhos de Luís Góis, querendo ir ao Paraguai e não vendo outro roteiro senão aqueles vedado, não obtiveram a necessária licença. E uma vez conhecida a sua intenção, passaram a ser vigiados. Os tupis eram ótimos para o serviço de observação. Tão ciosos, que da vigilância passaram à perseguição. Lá se foram os fidalgos espanhóis, às escondidas, até encontrar o rio, onde lhes foi possível embarcar.
Anos mais tarde, um grupo de gente paraguaia aproximou-se de São Paulo. A indiada tupi, afeita ao controle do caminho, caiu-lhe em cima e todos teriam morrido, não fosse a decidida intervenção dos jesuítas. Mesmo para os soldados ludos estava vetado o Peabiru. Em 1584, para a guerra contra os carijós, as forças velejaram pelo litoral, alongando o caminho, a fim de não romper a proibição.
Teria sido também para mantê-lo (o Caminho do Peabiru), além da ameaça do tupiniquim que de amigo se tornara inimigo, que em 1560, abriu-se o áspero caminho do Cubatão, ligando São Paulo ao lagamar vicentino. É bem pode ter ocorrido que, para seguir à risca a ordenança, deixou-se parecer a fundação de Maniçoba (proximidade da atual cidade de Itu), o primeiro aldeamento no sul do Brasil). Houve longo silêncio sobre o Peabiru.
"Perdeu-se de tal modo a tradição desse caminho - lamenta-se Batista Pereira em sua carta a Paulo Duarte - que, apesar de saber quanto Santo André lhe estava à orla, a localização da vila à borda do campo era até há pouco um problema".
De poucas violações se tem notícias. Assis de Moura revela algumas. De São Paulo tocou-se para o sertão gente como "Diogo Nunes, na sua viagem ao Paraguai e ao Peru; o nativo Miguel, cristão convertido de São Vicente, que regressava do Paraguai à sua redução; Bras Cubas e Luís Martins que, em 1562, se internaram pelo país em distância de 300 léguas". Estes já não seguiam caminho chamado Peabiru mas, dizia-se, de São Tomé.
Do outro lado, do rio Paraná não houve proibição e sim desejo de retomar contato, chegar por terra ao Atlântico sem as dificuldades e as latitudes do Prata. Em novembro de 1603, quatro soldados de Vila Rica do Espírito Santo romperam em São Paulo. Viagem tranquila, calçada nos antigos roteiros e um século atrás. Causaram assombro. Tal como vieram os quatro, poderiam vir quatrocentos, caravanas de mercadores ou magotes de assaltantes. Mas também os de São Paulo poderiam surpreender os de lá. Havia lembranças e crônicas do caminho das selvas - da "estrada nacional dos nativos".
São Paulo festejou os quatro exploradores. Promessas foram feitas. Pensar-se-ia no reatamento de relações, iriam os daqui e receberiam bem os que aparecessem. No fim da visita, o pretexto de cordialidade e despedidas, doze (outros documentos dizem quinze) paulistanos acompanharam os visitantes. Teriam levado a missão secreta de "conhecer e levantar novamente o roteiro do Peabiru".
A partir daí, o caminho retomou por algum tempo a sua importância. Em muitos pontos, o longo traçado já não seria mais que referências, sinais, memórias. Tinham-se acabado a imponência e os cuidados viários que lhe haviam imprimido seus construtores. [“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP, 10.1971. Páginas 12, 13 e 14]
Em 1628, quando Raposo Tavares levou ao Guairá uma das maiores e principais bandeiras saídas de Piratininga, seguiu o roteiro que Alfredo Ellis Júnior retraçou assim: "Saindo de São Paulo, foi pela crista planaltina bordejante da Serra do Mar. Pinheiros, Apotribu, Quitaúna, Maruí, etc., foram deixados para trás, como marcos de uma caminhada em direção de Guairá. Por fim, eis Araçoiaba..." (“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP, 10/1971. Página 14)
“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP Data: 01/10/1971 Página 10
ID: 5831
“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP Data: 01/10/1971 Página 11
ID: 5837
“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP Data: 01/10/1971 Página 12
ID: 5830
“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP Data: 01/10/1971 Página 13
• Temas (42): Aldeia de Tabaobi; Apoteroby (Pirajibú); Assunguy; Avenida Ipanema; Avenida Itavuvu; Bairro Itavuvu; Boulevard Braguinha; Caminho de São Roque-Sorocaba; Caminho do Mar; Caminho do Peabiru; Caminho Fundo; Caminho Sorocaba-Botucatu; Caminhos/Estradas até Ibiúna; Caputera; Carijós/Guaranis; Estrada da “Cabeça da Anta”; Estrada do Ipatinga; Estrada São Roque-Ibiúna; Estradas antigas; Geografia e Mapas; Guaianase de Piratininga; Inhayba; Ipatinga; Itapeva (Serra de São Francisco); Lagoa Dourada; Montanha Sagrada DO Araçoiaba; Nheengatu; Papagaios (vutu); Praça Fernando Prestes; Rio Anhemby / Tietê; Rio dos Meninos; Rio Paranapanema; Rio Pinheiros; Rio Tibagi; Rodovia Raposo Tavares; Sabarabuçu; Trilha dos Tupiniquins; Vila Barcelona; Vila Santana / Além Linha; Villeta, “George Oetterer”; Vulcões; Vutucavarú
• Cidades (7): Botucatu/SP; Cananéia/SP; Cotia/Vargem Grande/SP; Cubatão/SP; Ibiúna/SP; São Roque/SP; Sorocaba/SP
• Pessoas (10): Bacharel de Cananéa ; Caiubi, senhor de Geribatiba ; Domingos Luís Grou (32 anos); Giuseppe Campanaro Adorno (28 anos); João Ramalho (39 anos); Martim Afonso de Sousa (32 anos); Bartolomeu Carrasco (f.1571); Martim Afonso de Melo Tibiriçá (62 anos); Pero Lopes de Sousa (35 anos); Antonio Rodrigues (Piqueroby) (37 anos)
• Temas (15): Açúcar; Escravizados; Guaianás; Guaianase de Piratininga; Jurubatuba; Mestres; Morpion; Nheengatu; Pela primeira vez; Léguas; Rio Piratininga; Portos; Habitantes; Rio da Prata; Estradas antigas
• Cidades (5): Itanhaém/SP; São Paulo/SP; São Vicente/SP; Sorocaba/SP; Praia Grande/SP
• Pessoas (5): João III, "O Colonizador" (51 anos); João Ramalho (60 anos); Leonardo Nunes ; Martim Afonso de Melo Tibiriçá (83 anos); Tomé de Sousa (50 anos)
• Temas (9): Caminho do Mar; Caminho do Peabiru; Caminhos até São Vicente; Ermidas, capelas e igrejas; Habitantes; Léguas; Rio Itapocú; São Paulo de Piratininga; Vila de Santo André da Borda
• Cidades (4): Santos/SP; São Paulo/SP; São Vicente/SP; Sorocaba/SP
• 15 de junho de 1553, segunda-feira Peabiru Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
• Fontes (4)
• Imagens (1)
• Pessoas (3): Leonardo Nunes ; Manuel da Nóbrega (36 anos); Tomé de Sousa (50 anos)
• Temas (4): Caminho do Peabiru; Carijós/Guaranis; Estradas antigas; Maniçoba
• Cidades (3): São Paulo/SP; São Vicente/SP; Sorocaba/SP
• Pessoas (5): Brás Cubas (46 anos); Jácome Lopes ; Manuel da Nóbrega (36 anos); Paulo Dias Adorno ; João Ramalho (60 anos)
• Temas (9): Caminho do Mar; Caminho do Peabiru; Música; Ouro; Rio dos patos / Terras dos patos; Vila de Santo André da Borda; Assassinatos; Bois e Vacas; Léguas
• Pessoas (13): André Ramalho ; Antonio Rodrigues "Sevilhano" (37 anos); Caiubi, senhor de Geribatiba ; Francisco de Saavedra (n.1555); Francisco I da Áustria (1768-1835); João Ramalho (60 anos); Leonardo Nunes ; Manuel da Nóbrega (36 anos); Martim Afonso de Melo Tibiriçá (83 anos); Mestre Bartolomeu Gonçalves (53 anos); Pero Correia (f.1554); Quirino Caxa (15 anos); Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
• Temas (37): “o Rio Grande”; Apoteroby (Pirajibú); Araritaguaba; Bairro Éden, Sorocaba; Biesaie; Caminho de Pinheiros (Itú-SP); Caminho do Paraguay; Caminho Itú-Sorocaba; Caminhos/Estradas até Ibiúna; Carijós/Guaranis; Colégios jesuítas; Colinas; Ermidas, capelas e igrejas; Estradas antigas; Guaianás; Guaianase de Piratininga; Inhapambuçu; Inhayba; Jesuítas; Lagoas; Léguas; Maniçoba; Música; Nheengatu; Paranaitú; Pela primeira vez; Piratininga; Portos; Rio dos patos / Terras dos patos; Rio Piratininga; São Paulo de Piratininga; Tamoios; Tordesilhas; Tribo Arari; Tupinambás; Vale do Anhangabaú; Vila de Santo André da Borda
• Cidades (13): Araçariguama/SP; Barueri/SP; Cananéia/SP; Carapicuiba/SP; Iperó/SP; Itu/SP; Porto Feliz/SP; Santana de Parnaíba/SP; Santo André/SP; São Miguel Arcanjo/SP; São Paulo/SP; São Vicente/SP; Sorocaba/SP
• Pessoas (10): Antonio Rodrigues "Sevilhano" (44 anos); Caiubi, senhor de Geribatiba ; Fernão d’Álvares (n.1500); João Ramalho (67 anos); José de Anchieta (26 anos); Lopo Dias Machado (45 anos); Manuel da Nóbrega (43 anos); Martim Afonso de Melo Tibiriçá (90 anos); Mem de Sá (60 anos); Piqueroby (1480-1552)
• Temas (23): Aldeia de Pinheiros; Aldeia de São Miguel (Guarapiranga); Caminho do gado; Caminho do Mar; Caminho do Padre; Caminho do Peabiru; Caminhos até São Vicente; Confederação dos Tamoios; Ermidas, capelas e igrejas; Estradas antigas; Fortes/Fortalezas; Jeribatiba (Santo Amaro); Jesuítas; Léguas; Maria Leme da Silva; Porto das Almadias; Rio Cubatão em Cubatão; São Paulo de Piratininga; Serra de Cubatão ; Serra de Paranapiacaba; Tamoios; Trilha dos Tupiniquins; Vila de Santo André da Borda
• Cidades (7): Cubatão/SP; Itu/SP; Mogi das Cruzes/SP; Santo Amaro/SP; São Miguel Paulista/SP; São Paulo/SP; São Vicente/SP
• Pessoas (6): Brás Cubas (53 anos); Gaspar Vaz Guedes (n.1560); Luiz Martins ; Manuel Fernandes Ramos (35 anos); Pandiá Calógeras (1870-1934); Suzana Dias (20 anos)
• Temas (19): Assunguy; Bacaetava / Cahativa; Bandeirantes; Cachoeiras; Caminho do Mar; Caminho do Peabiru; Ermidas, capelas e igrejas; Estradas antigas; Jaguamimbava; Ouro; Pará-mirim; Piqueri; Rio das Velhas; Rio Paranapanema; Rio São Francisco; Santo Antônio (Sorocaba); Santo Antônio do Piqueri; São Paulo de Piratininga; Serra da Mantiqueira
• Cidades (9): Apiaí/SP; Cubatão/SP; Mogi das Cruzes/SP; Paranapanema/SP; Peruíbe/SP; Piedade/SP; Santos/SP; São Paulo/SP; Sorocaba/SP
• Pessoas (6): Alonso Benitez ; Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559); Hernando Arias de Saavedra (42 anos); Pedro Acosta ; Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (22 anos); Sebastião de Peralta
• Temas (4): Caminho do Peabiru; Estradas antigas; ilex paraguayensis; Villa Rica del Espírito Santo
• Cidades (3): São Paulo/SP; Sorocaba/SP; Villa Rica del Espiritu Santo/BRA
• Pessoas (5): Amador Bueno de Ribeira (44 anos); Antônio Raposo Tavares (30 anos); Brás Esteves Leme (38 anos); Geraldo Correa Sardinha (53 anos); Manuel Preto (69 anos)
• Temas (12): Apoteroby (Pirajibú); Bairro de Aparecidinha; Caminho de Pinheiros (Itú-SP); Caminho do Peabiru; Caminho Itú-Sorocaba; Caminhos até Ypanema; Estradas antigas; Guayrá; Jesuítas; Judaísmo; Montanha Sagrada DO Araçoiaba; Quitaúna
• Cidades (6): Apucarana/PR; Araçoiaba da Serra/SP; Guaíra/PR; Ivaiporã/PR; São Paulo/SP; Sorocaba/SP
1987
Hitler: propaganda da W/Brasil para a Folha de S. Paulo (1987)
Atualizado em 02/04/2025 00:10:21
É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade. Como a "História" de
um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística.