Outro caminho Peabiru originava-se em São Vicente, litoral paulista, para perfazer trecho aproximado de 200 léguas apenas em território brasileiro, ou seja, mil trezentos e vinte quilômetros, largueza de oito palmos [1,76 metros], coberto de gramíneas especiais que impediam crescimento de arvores, arbustos e ervas daninhas. O curso, a partir de São Vicente, subia a serra para chegar ao Planalto Piratininga e seguir adiante, passando pelos atuais municípios de São Paulo e Sorocaba, até o pé da serra em Botucatu, de onde:"(...) se dirigia ao vilarejo que tem ainda o malsoante nome de Avaré – [Abaré] (o desagradável sobrenome do padre Zumé), a duzentos e setenta quilômetros, aproximadamente, ao noroeste. De lá ele obliquava em direção ao oeste, depois ao sudoeste, passava pelas atuais cidades de Ourinhos, onde transpunha o Paranapané (hoje Paranapanema), de Cambaré e Procópio, atravessava o rio Tibagi, atingia Londrina, depois, por Apucarana, após ter transposto o Huybay (mais corretamente Ivaí), burgo que se chama ainda hoje Peabiru. Descia em seguida em direção sul-sudoeste até a embocadura do Iguaçu. Ou seja por alto, um percurso de mil quilometros (...)" (Valla, O Segredo dos Incas, 1978: 90).—As fortes quedas d´água e correntezas não favoreciam as navegações pelo Rio Paraná, e então, por terra, se fazia este o melhor e confiável caminho até às proximidades do Iguaçu, onde o encontro com a "estrada catarinense".Ambas as vias se uniam em Iguaçu [PR] para a transposição do rio Paraná, passando pelas terras de Paraguai e chegar aos Andes - localidade de Cuzco [Bolívia], o coração do Império Inca na época da conquista ibérica, com ramais para as costas do Pacífico em Peru e Equador.
Peabiru* Data: 01/01/1600 Créditos/Fonte: celsoprado-razias.blogspot.com Peabiru-s: São Vicente, Santa Catarina e o ramal Ponta Grossa a Sorocaba, e a esta ligação o acesso a partir de Cananéia Imagem, a grosso modo, pelas descrições de Valla
As fortes quedas d´água e correntezas não favoreciam as navegações pelo Rio Paraná, e então, por terra, se fazia este o melhor e confiável caminho até às proximidades do Iguaçu, onde o encontro com a "estrada catarinense".
Ambas as vias se uniam em Iguaçu [PR] para a transposição do rio Paraná, passando pelas terras de Paraguai e chegar aos Andes - localidade de Cuzco [Bolívia], o coração do Império Inca na época da conquista ibérica, com ramais para as costas do Pacífico em Peru e Equador.
• Temas (42): Aldeia de Tabaobi; Apoteroby (Pirajibú); Assunguy; Avenida Ipanema; Avenida Itavuvu; Bairro Itavuvu; Boulevard Braguinha; Caminho de São Roque-Sorocaba; Caminho do Mar; Caminho do Peabiru; Caminho Fundo; Caminho Sorocaba-Botucatu; Caminhos/Estradas até Ibiúna; Caputera; Carijós/Guaranis; Estrada da “Cabeça da Anta”; Estrada do Ipatinga; Estrada São Roque-Ibiúna; Estradas antigas; Geografia e Mapas; Guaianase de Piratininga; Inhayba; Ipatinga; Itapeva (Serra de São Francisco); Lagoa Dourada; Montanha Sagrada DO Araçoiaba; Nheengatu; Papagaios (vutu); Praça Fernando Prestes; Rio Anhemby / Tietê; Rio dos Meninos; Rio Paranapanema; Rio Pinheiros; Rio Tibagi; Rodovia Raposo Tavares; Sabarabuçu; Trilha dos Tupiniquins; Vila Barcelona; Vila Santana / Além Linha; Villeta, “George Oetterer”; Vulcões; Vutucavarú
• Cidades (7): Botucatu/SP; Cananéia/SP; Cotia/Vargem Grande/SP; Cubatão/SP; Ibiúna/SP; São Roque/SP; Sorocaba/SP
• Pessoas (10): Aleixo Garcia (f.1526); Bacharel de Cananéa ; Balthazar Fernandes (1577-1670); Francisco de Chaves (1500-1600); Luís Castanho de Almeida (1904-1981); Pero Lobo ; Salvador Jorge Velho (1643-1705); Sebastião Caboto (1476-1557); Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937); Tomé de Sousa (1503-1579)
• Temas (26): Abarê; Caminho do Mar; Caminho do Peabiru; Caminho Sorocaba-Botucatu; Caminho Sorocaba-Paranapanema; Caminhos até Cuiabá; Caminhos até São Vicente; Carijós/Guaranis; Estradas antigas; Incas; Jesuítas; Léguas; Maria Leme da Silva; Nheengatu; Paranaitú; Peru; Pontes; Rio Anhemby / Tietê; Rio Capitininga; Rio Guarei; Rio Ivahy (Guibay, Hubay); Rio Paraná; Rio Paranapanema; Rio Pardo; São Filipe; Serra de Ibotucatu
• Cidades (10): Avaré/SP; Botucatu/SP; Cananéia/SP; Londrina/PR; Ourinhos/SP; Peabiru/PR; Ponta Grossa/PR; Santana de Parnaíba/SP; São Paulo/SP; Sorocaba/SP
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.