“Historia Monetária do Brasil Colonial”, Severino Sombra
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Alvarás de 2 de junho e 18 de setembro de 1611 e de 26 de janeiro de 1612 determinaram a entrega dos Reales singelos, no prazo de 4 dias, ao Tesoureiro da Casa da Moeda em Lisboa e, nas comarcas, a quem mandassem os Corregedores. O preço dos Reales foi fixado em 2$620 o marco, pelos Alvarás de 6 de outubro de 1611 e de 26 de janeiro, 3 de março e 26 de agosto de 1612. Agora é elevado a 2$800 o marco e as moedas lavradas serão: 100, 50, 40 e 20 réis. (Historia Monetaria do Brasil Colonial, 1938. Severino Sombra)
Tanto assim que ocorreram a São Paulo os mineiros e administradores. Sobre eles, anotamos em nossa HISTÓRIA MONETARIA apresentada a este Congresso:
"Sabe-se que com o aparecimento das primeiras minas, vieram da Metrópole homens especializados no conhecimento e trato dos metais. Com D. Francisco de Souza, foi nomeado um Provedor-mór das Minas do Brasil e consta-nos que além deste, foram nomeados pela mesma ocasião, para igualmente servirem no Brasil, Cristovam, lapidário de esmeraldas, e mais tarde (5 de novembro de 1591) João Correia, feito de minas de ferro".
Em 1607, é nomeado um Fundidor-mór do Brasil. Gonçalves Laços, anteriormente mandado da Baía para São Paulo, por D. Francisco de Souza, leva entre outros, o fundidor Don Rodrigues. Em outubro de 1598, o próprio D. Francisco embarca para São Paulo, em companhia de 2 mineiros alemães, e lá se demora até 1602, dando providências sobre as minas.
Chega depois Diogo Botelho. "Parece que vieram com este governador um mineiro alemão e um padre agostinho, castelhano de nação, para passarem á minas de São Vicente"...
"Dois foram os mineiros que vieram então, João Munhoz de Puertos e Francisco Vilhalva, que a 22 de agosto de 1603, se apresentaram á Câmara de São Paulo com uma provisão de Diogo Botelho para fazerem diligências, ensaios e fundições acerca do ouro, para e mais metais que naquela capitania eram descobertos, por ter havido no conselho real certas contradições ao ouro que D. Francisco de Souza mandara por Diogo de Quadros e outras pessoas da capitania: ATAS DA CÂMARA DA VILA DE SÃO PAULO, 2, 134 - Conf. Capistrano de Abreu, Prolegomenos, a fr. Vicente do Salvador, HISTÓRIA DO BRASIL, citada, 256.
Em 1932, em minhas pesquisas nos arquivos de Lisbôa, encontrei o seguinte documento na Bibliotéca da Ajuda (51 - VIII - 25 - fls. 11):
"Lembranças dos oficiais Mineiros fundidores, ferreiros e serralheiros que levaram os Governadores abaixo nomeados para as Conquistas deste Reino desde o ano de 1586 ao de 1604." [Página 319]
“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” Data: 01/01/1886 Página 352
• Pessoas (5): Filipe III, o Piedoso (25 anos); Francisco de Sousa (63 anos); Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (28 anos); Martim Correia de Sá (28 anos); Salvador Correia de Sá e Benevides (9 anos)
• Temas (9): Capitania do Espirito Santo; Diamantes e esmeraldas; Dinheiro$; Jesuítas; Leis, decretos e emendas; Metalurgia e siderurgia; Ouro; Pela primeira vez; Sabarabuçu
• Cidades (3): Paranaguá/PR; Sorocaba/SP; Valladolid/ESP
• 11 de novembro de 1613, segunda-feira Minas Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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• Pessoas (1): Salvador Correia de Sá, O Velho (69 anos)
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.