6 de outubro de 1951, sábado Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
• Imagens (1)
•
mpoóSOROCABAantiga, iluminada a querosene. São vinte e três horas. Naqueles tempos, isto que vamos narrar, valendo-nos das palavras do amigo Bernardo Ferraz de Almeida, era uma temeridade.
É que, às 21 horas, — nove horas da noite dos antigos tempos — o sino da matriz tocava a silêncio. O velho carcereiro, saindo à porta da cadeia, bradava a plenos pulmões, uma palavra que era como que um decreto oral de mutismo para a cidade: ARRECOÍDA!...
E o éco da "arrecoida" repercutia, sinistramente, de ponta a ponto da velha Sorocaba. O silêncio era total. Somente a ronda começava a vigília ambulante pelas ruas modestas, mas já famosas, da cidade. A molecada não esperava os rondantes. Ao bater do sino, espavoridos, os moleques procuravam seus lares.
Na cadeia ficava apenas um soldado já muito velho, a montar guarda. De tantos em tantos minutos, de acordo com o badalar de um relógio, o setuagenário militar abandonava a porta e, de "riúna" em punho, ia até à esquina onde terminava o edifício da prisão, e bradava dali: "A guarda!".
Depois voltava ao posto, à missão que lhe cumpria: — sentinela na porta principal.A severidade no horário de recolher só era relaxada nos dias de função, — circo na cidade, espetáculos de alguma companhia teatrais, festa religiosa e cousas semelhantes.
Mas, despedindo-se os artistas, passados os dias de fervor religioso, tudo voltava ao regime de silêncio anterior. Mas, como dizíamos, isto de perambular pelas ruas de Sorocaba, depois das nove horas da noite, era temeridade.
E havia tanta "assombração"! Cada rua, cada beco, tinha a sua própria h:stória.Aqui, era um frade que costumava aparecer à meia-noite, metidona estamenha escura, capuz à cabeça, flutuando no ar, à procurados pecadores para a confissão; ali, uma virgem — sombra diáfana, vaporosa, de véus brancos, noiva do "outro mundo" que voltava à terra para cumprir promessas esquecidas em vida; maisalém, horripilante cavalo "sem cabeça", terror dos meninos e dasmulheres supersticisas.
E as histórias que ornamentavam as aparições eram de arrepiar ate ao ultimo e intimorato fio de cabelo de algum respeitável careca da cidade heróica.Mas, mesmo assim, havia sempre um mais corajoso, um UD.Juan" capaz de arriscar-se em andanças pela noite a dentro. Uma aventura amorosa, sendo bem sucedida, não compensa o sacrifício?E aí está o motivo de, às 23 horas, na rua da Penha, alguém que. por ali passava, ter ficado apaixonado por certa donzela que, àquelas horas, permanecia desassombradamente à janela de sua casa.
O herói motivado, desobediente às badaladas do sino e aos berros estentóricos de "Arrecoida!", passou pela calçada, olhou a formosa criatura e chegou à esquina. Tornou a voltar, olhou-a e parou por uns minutos na esquina oposta. Fêz a manobra várias vêzes. Queria certificar-se de que ela lhe prestava atenção.
Certo de que a beldade o acompanhava com o olhar, retornou mais uma vez e, enchendo-se de coragem, parou diante dela e perguntou com a voz alterada pela emoção:
- Posso entrar? - Pois não, cavalheiro!
Havia um portãozinho ao lado, entrada para longo corredor. Ao fundo, pela porta mal cerrada, filtrava uma réstea de luz. O conqustador entrou, triunfal na cidadela que se rendia. Forçou, de mansinho, a porta, mas... oh!...
Sabem o que havia a esperá-lo? Um respeitabilíssimo defunto, e, infelizmente para o nosso catador de amores, a "guarda" era fraca. Para fazer número, ou não fazer feio, uma vez que sua saída brusca seria notada, lá se ficou durante várias horas, no guarda- mento ao ilustre amigo desconhecido, pelo qual, de certo fingiu derramar uma lágrima furtiva, mais de ódio do que de saudade.
Mas, o que não pudemos saber até hoje, é se a jovem da janela estaria a distrair o espírito atribulado, ou intencionadamente, temendo que o defunto passasse a noite sozinho, se postasse ali, a servir de isca, atraindo "voluntários" para o velório.;
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.