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Primeiro registro da serra de “Paranapiacaba”
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Só em 1674 o padre Lourenço Craveiro, reitor do colégio dos Jesuítas em São Paulo, anotando o primeiro daqueles títulos, escreveu que aquela “serra que está sobre o mar” é a Paranapiacaba. Mas, em nota do padre Lourenço Craveiro, não prova senão que já naquele tempo, em 1674, o nome Paranapiacaba era atribuído á serra Cubatão. [“Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil”, 1935. Alfredo Moreira Pinto. Página 233]

As confrontações de que trata a sesmaria e posse constantes da escritura que acabamos de transcrever, tem á margem do papel as explicações postas em nota no ano de 1674, por letra do padre Lourenço Craveiro, reitor do colégio dos jesuítas de São Paulo, as quais são as seguintes:

1) Defronte de São Vicente, ilha, porque então não havia ainda a vila de Santos, e começam donde nasce o sol, que nasce da banda d´além de Santos, onde está o rio Jerybatyba, que é bem conhecido.

2) Esta serra é a de Paranapiacaba; este Capetevar até agora não é bem conhecido, deve ser algum morro; este rio que está da banda do Norte é o rio Anhemby, que a quem vem de Santos lhe fica da banda do Norte adjacente, por isso não diz que corre do Norte, senão que está, porque da parte do Norte é que corre para o poente e fica adjacente ao Norte.

3) E pelo rio Anhemby abaixo até o rio Maqueroby, que está junto á aldeia Conceição(*), o qual rio entra no Anhemby ai mesmo, e é maior que este nosso rio Tamanduatehy, e tem junto da barra um outeiro de que fala a dita data.

A dos Guarulhos não existia então (1533). Sem dúvida, era alguma aldeia no lugar em que o Rio-Grande, ou Pinheiros, conflui com o Tietê. VARNHAGEN, História Geral do Brasil, XXIII, menciona a aldeia da Conceição dos Pinheiros.

4) Este pinhal é a paragem da Conceição, que estava de uma e outra banda do rio Anhemby, de que existem vestígios desta banda e pinhal da outra, e no cabo do campo desta terra, que isso vem a dizer Joápen.

5) Caminho de Piratininga é o caminho velho do mar, por onde vai virando esta data de terras.

6) Esta serra é a bem conhecida Paranapiacaba, que está sobre o mar.

7) Ponta do Ururay bem de sabe onde é; é a quebrada da serra.

8) Ribeira ao pé da serra Mamoré, é abaixo da dita quebrada da serra de Paranapiacaba.

9) Ururay se chama aquele vale onde teve sítio o capitão Antonio de Aguiar Barriga, e a ribeira que lhe corre é Ururay.

10) Ilha Caramocoara(*) é a que está na barra do rio Cubatão, onde vem dar a ribeira Ururay.

11) Rio de São Vicente. Este é o que chamam Caneú, ou o largo, o qual se dizia Rio de São Vicente(**), porque em toda aquela ilha não havia outra povoação mais que a de São Vicente.

12) Esta serra de Taperovira é o monte ou montes ao pé dos quais vem o rio Gerybatyba, defronte de Santos. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Páginas 223, 224, 225, 226 e 227]

O nome Piquiroby, assim escrito nas cronicas, não é senão Pi-kì-yrob, "pinheiro". Pi, "pele ou casca", ki, "espinho, ou ponta aguda", yrob, "amargo": "árvore de casca amarga e folhas agudas". Parece que não há outra explicação; tanto considerados os motivos que passamos a expor. Ou, quem sabe, seria Pi-cury-oby?.

A aldeia Ururay, cujo era chefe ou maioral Piquiroby, estava situada, segundo cronistas, em um recanto dos campos de Pirá-tininga. Não podia deixar de ser á margem de um rio Pi-kì-yrob, cujo nome aparece corrompido em Maqueroby, nas notas que, em 1674, o padre Lourenço Craveiro, reitor do Colégio da Companhia de Jesus em São Paulo, escreveu sobre o título de sesmarias de Pedro de Góes; e esse rio era assim denominado, por correrem suas águas entre extensos pinhais, até entrar no rio Anhemby (Tieté).

A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Página 328]


Relacionamentos

Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655)
  Familiares (4)
Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878)
  Familiares (1)
“o Rio Grande”
Aldeia Nossa Senhora da Conceição dos Guarulhos
Colégios jesuítas
Mequeriby
Nossa Senhora da Conceição
Pela primeira vez
Rio Mogy
Rio Ururay
Serra de Paranapiacaba
Ururay
  Registros (54)
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Guarulhos/SP
São Paulo/SP
  Registros (3931)
Sorocaba/SP

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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