PARDINHO SÃO PAULOHISTÓRICOA Colonização iniciou-se no século XVIII, quando as áreas junto à Serra do Botucatu, foram divididas em sesmarias, tendo uma delas, a Fazenda Santo Inácio, dado origem às cidades de Botucatú e Pardinho.Às dificuldades, inerentes da época, retardaram a efetiva ocupação da região, apesar do Governo Provincial tê-la incentivado, em 1776, concedendo terras aos povoadores.
A partir da abertura da estrada ligando Sorocaba às cabeceiras do rio Pardo, em 1830,foi possível o estabelecimento de colonos, que iniciaram pequenas fazendas. Alguns anos depois, João Antônio Gonçalves doou uma área para construção da Capela do Divino Espírito Santo que, junto a outras doações feitas por Bento Franco e José Rocha, possibilitaram a formação do patrimônio de Espírito Santo do Rio Pardo.
Em fins do século XIX, a povoação teve período de grande desenvolvimento quando, motivados pela expansão da cafeicultura no Oeste Paulista, muitos imigrantes afluíram para a região. Nessa época foram introduzidos melhoramentos públicos, e, em 1891, o núcleo foi elevado à categoria de Distrito de Paz.Os constantes extravios de correspondência, devido a enganos com outras povoações ao longo do rio Pardo, motivaram a alteração do topônimo para Pardinho, em 1939, por estar a sede Distrital localizada nas cabeceiras daquele rio.As crises de cafeicultura, por volta de 1930, provocaram um período de retração no seu progresso, somente superado na década de 1950, com a introdução da pecuária.GENTÍLICO: PARDINHENSEFORMAÇÃO ADMINISTRATIVADistrito criado com a denominação de Espírito Santo do Rio Pardo, por Decreto Estadual no 159, de 16 de abril de 1891, no Município de Botucatú.Pelo Decreto Estadual no 9775, de 30 de novembro de 1938, passou a denominar-se Pardinho.Em 1939-1943, o Distrito de Pardinho figura no Município de Botucatú. Em virtude do Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, que fixou o quadro territorial para vigorar em 1945-1948, o Distrito de Pardinho figura no mesmo Município, Botucatú, assim como nos quadros fixados pelas Leis nos 233, de 24-XII-1948 e 2456, de 30-XII-1953 para vigorar, respectivamente, nos períodos 1949-1953 e 19541958.Elevado à categoria de município com a denominação de Pardinho, por Lei Estadual nº 5285, de 18 de fevereiro de 1959, desmembrado de Botucatú, com sede no antigo Distrito de Pardinho. Constituído do Distrito Sede. Sua instalação verificou-se no dia 01 de janeiro de 1960.Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o município é constituído do Distrito Sede.Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999.
Croqui do Peabiru na América do Sul Data: 01/01/2012 Créditos/Fonte: Andressa Celli Baseado em: Bond, 2011(mapa
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.