'Jornal do Brasil 0 15/03/1903 Please click to see profile.
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   15 de março de 1903, domingo
Jornal do Brasil
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

•  Imagens (1)
  
  
  


Transcrevemos o trecho abaixo encontrado na obra do dr. Henrique Leal sobre as missões da Companhia de Jesus no Brasil, o qual tirou da obra, sobre o assunto, de Simão de Vasconcelos:

"Contava-se de uma nação de gente, que habitava além dos carijós, aos quais chamavam hierayuras e os portugueses bilreiros, dotada de bons costumes, de uma só mulher; de não comerem carne humana, de sujeição e uma só cabeça e que não eram amigos de matar."

Pareciam, portanto, próprios da doutrina de Cristo, e foi isso o primeiro motivo por que despacharam a essa missão o irmão Pedro Correa, sendo o segundo o estarem desamparados no porto dos Patos uns hespanhois, que indo para o Rio da Prata ai naufragaram.

Dai os trouxe o padre Leonardo com suas famílias a São Vicente. Com medo dos tupis, que lhes ficavam entre-meio, pediram a Nóbrega mandasse aplacar estes bárbaros pelo irmão Pedro Correa; foi o terceiro para acabar as guerras entre os tupis e carijós, com as quais não poderia pregar a doutrinar.

Chegaram a um porto principal dos tupys, que depois se chamou Cananéa. Prometeram estes nativos pazes aos padres e fazer igreja; e entregaram também os prisioneiros que tinha, entre os quais havia um castelhano ferido, razão por que ficou o irmão Fabiano para curar e tratar.

Passa o irmão Correa aos carijós e daí aos tupys, de quem consegue pazes; porém não lhe sucedeu o mesmo com os bilreiros. Conhecendo que nada conseguia deles, tratou de por a salvo os hespanhois e procurou voltar aos carijós.

No caminho encontrou a morte que lhe estava aparelhada. Dizem uns que foi tramada por um castelhano, a quem o padre Manuel de Chaves havia livrado da corda dos tupys, cedendo a um deles a nativa manceba do referido prisioneiro; e outros, com Orlandini, que este castelhano era o mesmo, a quem o próprio Pedro Correa livrara agora das mãos dos tupys, e cujo serviço pagava com ódio aos da Companhia de Jesus.



Jornal do Brasil
Data: 15/03/1903
Página 4


ID: 12595


Registros mencionados

24 de agosto de 1550, quinta-feira
“fomos dar com os índios às suas aldeias, que estavam 4 ou 5 léguas dali, e indo achamos uns índios que andavam com grande pressa fazendo o caminho por aonde havíamos de passar, e ficaram muito tristes porque não tinham acabado”
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (3)

• Imagens (2)

• Pessoas (2): Leonardo Nunes ; Pero Correia (f.1554)

• Temas (10): Abarê; Caminho do Peabiru; Carijós/Guaranis; Colinas; Cristãos; Estradas antigas; Jesuítas; Léguas; Porto dos Patos; Tupiniquim

• Cidades (4): Cananéia/SP; São Paulo/SP; São Vicente/SP; Sorocaba/SP

maio de 1554
“Foi agora enviado o Irmão Pero Correia, com dois outros irmãos, a umas aldeias de índios, que estão ao longo do mar, para lhes pregar a palavra de Deus e sobretudo, se puder ser, para abrir caminho até certos povos que chamam ibiraiaras”*
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (4)

• Imagens (1)

• Pessoas (3): Antonio Rodrigues "Sevilhano" (38 anos); José de Anchieta (20 anos); Pero Correia (f.1554)

• Temas (8): Bilreiros de Cuaracyberá; Cachoeiras; Caminho do gado; Carijós/Guaranis; Estradas antigas; Léguas; Minas de Tambó; Rio Anhemby / Tietê

• Cidades (4): São José do Paraitinga (Salesópolis)/SP; São Paulo/SP; Sorocaba/SP; Timbó/SC

6 de outubro de 1554, quarta-feira
Por isso deixou aí um Irmão para os ensinar, e ele, indo mais longe, partiu para outras nações a 6 de Outubro de 1554. Tanto o queriam seguir os Índios, mesmo em território inimigos, que quiserem cortar o cabelo à maneira dos cristãos e ir com ele como servos
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (3)

• Pessoas (2): João de Sousa ; Pero Correia (f.1554)

• Temas (2): Carijós/Guaranis; Cristãos

• Cidades (3): Cananéia/SP; São Paulo/SP; Sorocaba/SP

dezembro de 1554
Segundo Anchieta demonstra que a morte de Pero Correa e João de Sousa ocorreu depois do Natal de 1554*
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (1)

• Pessoas (2): José de Anchieta (20 anos); Pero Correia (f.1554)

• Temas (2): Bilreiros de Cuaracyberá; Carijós/Guaranis

• Cidades (2): São Paulo/SP; Sorocaba/SP

9 de março de 1851, domingo
Fundação de Joinville/SP
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Cidades (1): Joinville/SC

1855
A costa entre Paranaguá recebeu os seus primeiros habitantes
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Temas (5): Pela primeira vez; Carijós/Guaranis; Habitantes; Tupis; Tapuias

• Cidades (1): Paranaguá/PR

22 de janeiro de 1890, quarta-feira
Viação férrea nas provincias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Geraes
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (2)

• Imagens (1)

• Temas (6): Arqueologia; Bacaetava / Cahativa; Geografia e Mapas; Leis, decretos e emendas; Rio Pirajibú; Rio Sorocaba

• Cidades (12): Alambari/SP; Boituva/SP; Cotia/Vargem Grande/SP; Cubatão/SP; Goa/IND; Itapecirica da Serra/SP; Joinville/SC; Santos/SP; São Francisco do Sul/SC; São José do Paraitinga (Salesópolis)/SP; São Roque/SP; Sorocaba/SP

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros? Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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