F. Nardy Filho em 1940, no seu histórico da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Itu, encontrou raízes mais antigas, anteriores ao ano de 1600. Eis o trecho respetivo:
Não se conhece a data exata da fundação da Santa Casa da Misericórdia da cidade de São Paulo, nem os nomes de seus fundadores; mas, pela leitura dos antigos inventários e testamentos, publicação do Estado, se vê que, antes de 1600, já existia em São Paulo se vê que, em 1608, essa irmandade, além de hospital, possuía a sua igreja, a qual vinha servindo de Matriz à vila, sendo que, por esse tempo, era seu provedor Domingos Luís, o Carvoeiro.
As mais antigas Santas Casas de Misericórdia do Estado de São Paulo são, segundo cremos, a de Lorena, Itu, Bananal, Guaratinguetá, Jacareí, Taubaté, Sorocaba, Piracicaba e Campinas; isto quanto ao interior, pois já nos referimos à de Santos e à da Capital. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949. Página 13]
Não esclarecem, também, as atas e os testamentos se a Misericórdia referida é a de São Paulo ou a de Santos. A designação exata de "Casa de Misericórdia desta vila de São Paulo" surge pela primeira vez, em 1607, no testamento de Belchior Carneiro, no qual a Irmandade foi aquinhoada com o legado de um mil réis. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949. Página 17]
Em 1607 a Santa Casa ganhou, com o seu quinto legado testamentário, mais um mil réis. Foi o que deixou Belchior Carneiro e consta da quitação seguinte:
"É verdade que eu Domingos Luis tesoureiro da Santa Misericórdia recebi de Hilária Luiz dona viúva mulher que ficou de Belchior Carneiro mil réis em cinco varas de pano de esmola que o dito seu marido deixou a esta Casa da Misericórdia desta vila de São Paulo e por ser verdade que os recebi lhe dei esta quitação por mim assinada e roguei a Simão Borges que esta fizesse e assinasse como testemunha hoje 12 de março de 1609." [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949. Página 24]
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII Data: 01/01/2013 Créditos/Fonte: SCHUNK, Rafael Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. (Coleção PROPG Digital - UNESP). ISBN 9788579834301 página 181
É a ciência feita de suor como dissemos. Temos sobressaltos de lógica, temos anos de indagações não respondidas, temos frustrações, temos horas de arrancar os cabelos, mas o verdadeiro poder do gênio é a força de vontade para fazer todos os erros necessários para chegar a resposta.
Michio Kaku referindo-se a Albert Einstein
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