'“Dicionario Portuguez-Brasiliano e Brasiliano-Portuguez”, Frei Onofre 0 01/01/1751 Wildcard SSL Certificates
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“Dicionario Portuguez-Brasiliano e Brasiliano-Portuguez”, Frei Onofre
      Atualizado em 25/02/2025 04:46:47

•  Fontes (2)
  
  


Dicionario Portuguez-Brasiliano e Brasiliano-Portuguez (DPB), 1751/1795; da autoria de um certo Frei Onofre; impressão da primeira parte por Frei Veloso (José Mariano da Conceição Vellozo) em Lisboa, 1795; reedição da 1ª e edição da 2ª parte por Plínio Ayrosa, 1934: cerca de 4080 verbetes.BUBUIA

Bubúia, palavra usada geralmente na locução adverbial, de bubúia, significa, segundo Beaurepaire Rohan: flutuação ou, conforme o seu emprego geral, áto de boiar, flutuar, sobrenadar, rolar ou deslisar ao sabor das águas.

Provenientes de bubúia, temos já vulgarizados em nossa língua o verbo bubuiar e o adjetivo bubuiante, este empregado recentemente pelo ilustre acadêmico Paulo Setúbal em seu formo discurso de posse na Academia Brasileira de Letras. Usando-o em sentido figurado, assim se exprimiu o fulgurante autor em uma das passagens de sua oração:

"Entre os que caíram, tronco soberbo, com as grossas raízes mergulhadas fundamente no chão da terra nativa, com a larga fronde a fugir no ouro bubuiante do sol, foi João Ribeiro, etc..." [Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961). Página 59]

Vicente de Carvalho também, numa estrofe primorosa de Fugindo ao Cativeiro (1907), empregou o verbo bubuiar para traduzir a impressão que nos causam "as manchas do sol mosqueado a ondulação da relva, pelas abertas da floresta sacudida da aragem":

Varando acaso ás arvores a sombra
Da folhagem que á brisa arfa e revôa,
Na verde ondulação da úmida alfombra
O ouro leve do sol babuia á toa;
A água das cachoeiras, clara e pura,
Salta de pedra em pedra, aos solavancos:
E a flôr de São João se dependura
Festivamente á beira dos barrancos... [Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961). Página 60]

Quanto ao significado do termo estão todos os estudiosos de acordo, embora não consignem as restrições que anotamos. Isto posto, podemos, concordando com a maioria e discordando de alguns, ter por boa a formação da palavra como decorrente da vóz onomatopaica búbú, que se abrandou, na vernaculização, em bubúia, exprimindo o que boia, o que flutua, o que sobrenada como bolhas, como coisa morta que vagueia ou deslisa á flor das águas.

No Dicionário Brasiliano de Frei Onofre, a pedra-pômes, a pedra leve, é designada itábubúi e butuitába é o equivalente tupí de boia, flutuador, do mólhe flutuante a que acostam ou amarram canôas. [Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961). Página



 Fontes (2)

 1°

Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961)
Data: 1937
Dicionario Portuguez-Brasiliano e Brasiliano-Portuguez (DPB), 1751/1795; da autoria de um certo Frei Onofre; impressão da primeira parte por Frei Veloso (José Mariano da Conceição Vellozo) em Lisboa, 1795; reedição da 1ª e edição da 2ª parte por Plínio Ayrosa, 1934: cerca de 4080 verbetes. BUBUIA

Bubúia, palavra usada geralmente na locução adverbial, de bubúia, significa, segundo Beaurepaire Rohan: flutuação ou, conforme o seu emprego geral, áto de boiar, flutuar, sobrenadar, rolar ou deslisar ao sabor das águas.

Provenientes de bubúia, temos já vulgarizados em nossa língua o verbo bubuiar e o adjetivo bubuiante, este empregado recentemente pelo ilustre acadêmico Paulo Setúbal em seu formo discurso de posse na Academia Brasileira de Letras. Usando-o em sentido figurado, assim se exprimiu o fulgurante autor em uma das passagens de sua oração:

"Entre os que caíram, tronco soberbo, com as grossas raízes mergulhadas fundamente no chão da terra nativa, com a larga fronde a fugir no ouro bubuiante do sol, foi João Ribeiro, etc..." [Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961). Página 59]

Vicente de Carvalho também, numa estrofe primorosa de Fugindo ao Cativeiro (1907), empregou o verbo bubuiar para traduzir a impressão que nos causam "as manchas do sol mosqueado a ondulação da relva, pelas abertas da floresta sacudida da aragem":

Varando acaso ás arvores a sombra
Da folhagem que á brisa arfa e revôa,
Na verde ondulação da úmida alfombra
O ouro leve do sol babuia á toa;
A água das cachoeiras, clara e pura,
Salta de pedra em pedra, aos solavancos:
E a flôr de São João se dependura
Festivamente á beira dos barrancos... [Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961). Página 60]

Quanto ao significado do termo estão todos os estudiosos de acordo, embora não consignem as restrições que anotamos. Isto posto, podemos, concordando com a maioria e discordando de alguns, ter por boa a formação da palavra como decorrente da vóz onomatopaica búbú, que se abrandou, na vernaculização, em bubúia, exprimindo o que boia, o que flutua, o que sobrenada como bolhas, como coisa morta que vagueia ou deslisa á flor das águas.

No Dicionário Brasiliano de Frei Onofre, a pedra-pômes, a pedra leve, é designada itábubúi e butuitába é o equivalente tupí de boia, flutuador, do mólhe flutuante a que acostam ou amarram canôas. [Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961). Página

 2°

EXTRATO DE UM DICIONÁRIO JESUÍTICO DE 1756 EM LÍNGUA GERAL, consulta em bndigital.bn.gov.br
Data: 2024


[27295] Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961)
01/01/1937

[4257] EXTRATO DE UM DICIONÁRIO JESUÍTICO DE 1756 EM LÍNGUA GERAL, consulta em bndigital.bn.gov.br
27/03/2024

Registros mencionados

1763
Bairros existentes em Sorocaba
Atualizado em 25/02/2025 04:46:47

• Fontes (3)

• Imagens (1)

• Temas (16): Apereatuba; Bairro de Brigadeiro Tobias; Bairro Itavuvu; Bossoroca; Bacaetava / Cahativa; Caminho do Itanguá; Caputera; Indaiatuba em Sorocaba; Inhayba; Itapeva (Serra de São Francisco); Jardim Itanguá / Manchester; Jundiaquara; Otinga; Rio Acima; Vossoroca; Rio Ypané

• Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP; Iperó/SP; Sorocaba/SP; Votorantim/SP

27 de dezembro de 2022, terça-feira
Itavuvu
Atualizado em 25/02/2025 04:46:47

• Fontes (9)

• Imagens (2)

• Cidades (1): Sorocaba/SP

Relacionamentos

Bairro Itavuvu
  Registros (226)
Nheengatu
  Registros (303)
Sorocaba/SP
  Registros (11544)

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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