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A Bahia e as Capitanias do Centro do Brasil, 1945
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


Fogo, ou ainda Filho do Trovão, prestígio ainda reforçado depois da vitória que alcançou graças á arma milagrosa sobre os selvícolas contrários aos hospedeiros. A alcunha de Caramurú foi muito discutida, e hoje é geralmente atribuída, não ao trovão, mas a um peixe da espécie das Moreias comum na Bahia.

Ademais, a alcunha não pertencia apenas a Diogo Álvares mas também a outros brancos de diferentes nacionalidades aparecidos no mesmo lugar, Na História da Companhia de Jesus de Serafim Leite, ocorre um documento, no qual o povoador é chamado francês, conjeturando-se daí, que proviesse o qualificativo de suas relações com normandos e bretões.

Por outra, nos manuscritos quinhentistas da Biblioteca Nacional, temos a existência de um grande grumete francês também com a alcunha de Caramurú, que ás vezes era grafado Caramelú, como encontramos nas Novas Cartas Jesuíticas, páginas 29 e 84. Alegava ainda Jaboatão, ter descoberto num velho manuscrito existente no convento de São Francisco na Bahia, a informação de que Diogo Álvares era pessoa nobre, de esclarecida linhagem na província de Entre-Douro-e-Minho. Sentimos algumas dúvidas sobre semelhante categoria, porquanto a nobreza naquele tempo outorgava privilégios de que o Caramurú nunca parece ter gozado, a não ser no fim da vida, quando sesmeiro de Francisco Pereira Coutinho, recebeu mercê del-Rei pelos serviços que prestara. Continuaremos, por conseguinte, com limitada confiança nas notícias dos nossos alvores históricos que não concordem com depoimentos seus contemporâneos.

Algumas dessas incertezas pairam sobre D. Rodrigo de Acuña fidalgo espanhol comandante da nau São Gabriel, da esquadra de Francisco Jofre de Loayasa, que rumava ás Molucas pelo estreito de Magalhães.

Apanhado pelos temporais que assolam a ponta extrema da Terra do Fogo, veio ter a Bahia desgarrado do resto da expedição, necessitado de reparos, com intenções de recolher algum pau-brasil nas matas vizinhas para se ressarcir de prejuízos. Aportado na baía de Todos os Santos em 1526, perdeu nove embarcadiços, que foram a terra e nunca mais voltaram. Narra o piloto Francisco de Ávilla ap. Navarrete:

Y estando cargando de Brasil, y tomadas quatro bateladas del, los indios mataron siete hombres de los que estaban in tierra cortando el brasil. Invió el capitan al maestre á saber i poderia saber alguna nueva dellos, y com el dos grumetes. Saltaron los grumetes, mataranlos: salió-se luego la nao de alli: hallo á la boca de la bacia un cristiano que decia que habia quince años que se habia perdido alli con una nao.

E enquanto atacando do Brasil, e tirando dele quatro bateladas, os índios mataram sete homens dos que estavam em terras cortando o Brasil. O capitão convidou o maestre para conhecer ou saber algo novo sobre eles, e com os dois meninos. Os meninos saltaram, mataram-nos: então o navio partiu de lá: encontrou na boca da bacia um cristão que disse que estava perdido há quinze anos com um navio.
[Páginas 37 e 38]

empree11der. Terminavam as remessas do tempo deTomé de Sousa,. de que apenas mencionamos algumas, para começar ás do período de D. Duarte Costa,no correr de 1553, durante o qual se mandou aosmestres das caravelas costeiras S. João e S. Tomé.vinte béstas e trinta espingardas aparelhadas, comoalvíçaras da nova administrâção.Com os recursos trazidos pelo segundo governador registou-se certo incremento na distribuição desocorros ás capitanias, aumentando porém as ameaças dos franceses e levantes de índios, e as discórdiasentre portugueses, os benefícios de começo se diluiramna desordem estabelecida no segundo governo geral.

Vejamos antes dos fastos de Duarte da Costa osdo período precedente, em que sob as vistas de LuísDias fazia-se na cidade do Salvador a cadeia, muitoboa e bem acabada com a casa daudiencia e camard.em cyma e na Ribeira de Góes as Casas da Fasendae Alfândega, os armasens e a ferraria, tudo de pedrae barro, rebocadas de cal e cobertas de telha, logo entrando em função para o bem da justiça, dos habitantese principalmente do fisco.A sete de abril de 1550 elevaram-se as casa!; doAlcaide e Carcereiro, pelo que, foi pago a Francisco Pires, pedreiro, doze braças de parede de taipa a rasãode 350 reis a braça, tudo especificado e avaliado porLuís Dias. Em agosto do mesmo, recebeu António Gonçalves, carpinteiro, cinco mil e trinta reis em mercadoria, que lhe eram devidos de emadeirar as ferrarias, ealfândega por· empreitada. Em setembro pagou-se Belchior Gonçalves pela sua empresa na Ribeira, onde levantara os muros da Casa dos Contos. No mês seguinte depozitou-se nas mãos de Rodrigo de Arguelho, provedor dos defuntos, o que se devia ao espólio defrancisco Gomes, caieiro e pedreiro, pelos trabalhosna Casa da Pólvora, onde fizera oito braças de paredede taipa, medida por Luís Dias. Em abril de 1551pagava-se a Francisco Pires supra, o resto que lheeram devidos pela casa do carcereiro. Em maio pagava-se a Pero de Carvalhaes, nove mil quinhentos esessenta e dois reis e meio, em dinheiro de contado,que lhe era devido de vinte moios de cal que entregara ao almoxarife Cristovam de Aguiar, e que foramcarreados na barca del El-Rei Nosso Senhor, cujo serviço por um dia e meio e duas noites foi descontado árazão de duzentos e cincoenta reis por dia e noite.Este profissional, antigamente sócio de Francisco Gomes, recebeu mais o parceiro gratificação de Tomé deSousa por descobrirem cal, e pedra pera e/la, o queveio favorecer grandemente as obras da cidade. Continuando a sua. enumeração temos no mesmo ano, opagamento a Pero André, metade em dinheiro, metadeem mercadoria, por trinta e nove braças e mei_a deparede de taipa, que fizera na continuação das obrasda cadeia e câmara. Em outubro pagava-se novamentea Pero de Carvalhaes um quintal de ferro por contado pagamento das casas de armasens da Ribeira. Noano seguinte reaparece Pero de Carvalhaes como caieiro, pedreiro, e empreiteiro, destacando-se dos demais.da Bahia por estar encarregado dos alicerces da Sécatedral. No trabalho que realizou, mediu Luís Diasquarenta e nove braças a cento e noventa reis cadauma. Outro pagamento de 13 de outubro de 1552, aumenta a importância destes trabalhos na Sé a quarentamil réis em dinheiro á conta dos quinhentos cruzadosque da dita obra empreitada havia de haver. No mesmo ano de 1552 media o mestre de obras Luís Dias o [p. 120, 121]


Registros mencionados

maio de 1550
Depozitou-se nas mãos de Rodrigo de Arguelho*
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Pessoas (1): Rodrigo de Argollo (43 anos)

22 de dezembro de 2024, domingo
Elevaram-se as casas do Alcaide e Carcereiro
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Relacionamentos

Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557)
Serafim Soares Leite (1890-1969)
Rodrigo de Argollo (1507-1553)
  Registros (29)
Duarte da Costa (1505-1560)
Estreito de Magalhães
  Registros (92)
Jesuítas
  Registros (531)
Sorocaba/SP
  Registros (11544)

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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