Índices dos Livros do Archivo Público Mineiro, 1911. Feu de Carvalho
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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18 de julho de 1710 - Bando do governador e capitão general proibindo que nenhum mameluco, bastardo, mulato, carijó, pretos, escravizados ou forros, possam trazer arma alguma de fogo, terçado ou catana em São Paulo.
1 de dezembro de 1710 - Bando pelo qual Antonio de Albuquerque manda proibir aos escravizados usarem armas e as negras de venderem bebidas e comestíveis nas lavras.
7 de dezembro de 1710 - Bando do governador para todos os oficiais de guerra e ministros de justiça apresentarem na Secretária deste governo, as suas patentes e provisões com que se acham servindo os seus postos e cargos.
11 de janeiro de 1711 - Bando para que qualquer descobrimento de ouro que se fizer, logo se dê parte ao governador e aos guarda-móres.
27 de agosto de 1711 - Bando em que se declara a ordem de S. Majestade sobre a expulsão dos estrangeiros para fora das minas. [Página 3 do pdf]
30 de agosto de 1711 - Bando pelo qual o sr. general Antonio de Albuquerque declara a ordem de S. Majestade para o castigo que hão de ter os soldados que desertarem dos Terços pagos do Rio de Janeiro.
2 de julho de 1710 - Carta de Sesmaria concedida a Maximiano de Góes e Siqueira entre Itú e Sorocaba, na paragem denominada Itahyguassú, as terras de acham entre as do Capitão-mór Pedro Taques de Almeida e Sorocaba.
2 de julho de 1710 - Carta de Sesmaria conhecida a Diogo de Lara e Moraes, Luiz Castanho, Diogo de Lara, Cristovão Antunes, Pedro Leme e Ignácio de Almeida, das terras entre o termo da vila de Itú e Sorocaba, servindo de padrão um ribeiro que corre pelo meio do campo que deságua no rio de Sorocaba até o salto de Jurumirim. De testada seis léguas e de sertão o que se achar.
10 de julho de 1710 - Carta se sesmaria passada a Thomé Rodrigues da Silva e Maria Leyte, de mais de meia légua de testada e outra meia de sertão, na paragem chamada Tatuapé e Pequiri- termo da Vila de São Paulo, sobre o Titê Anhembuhy. [Página 4 do pdf]
6 de agosto de 1710 - Carta de Sesmaria de Manoel Campos e Antonio Antunes Maciel, de terras na paragem chamada Ibiticahe, correndo pela Estrada dos Sertanistas até o ribeirão chamado Jacuhí, entestando da banda direita com os matos de Ayembi e da parte esquerda com o ribeirão de Tatupitininga, que serão nove ou dez léguas como de comprido. Das nove ou dez léguas de terras ficou resolvido conceder seis, três a cada um em quadra na forma das ordens régias. [Página 5 do pdf]
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.