Em 02 de abril de 1728, foi realizada a doação de terras a Carlos Barbosa de Magalhães, localizadas no Rio Cubatão; “Cubatão, Caminho de Goyaz. Uma Légua de terras em quadra na paragem chamada Cubatão no Caminho de Goyaz, fazendo pião no mesmo ribeirão Cubatão.” 0 02/04/1728
Em 02 de abril de 1728, foi realizada a doação de terras a Carlos Barbosa de Magalhães, localizadas no Rio Cubatão; “Cubatão, Caminho de Goyaz. Uma Légua de terras em quadra na paragem chamada Cubatão no Caminho de Goyaz, fazendo pião no mesmo ribeirão Cubatão.”
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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O povoamento do interior paulista esteve ligado intrinsicamente com as descobertas das minas de ouro e as andanças dos bandeirantes pelo grande sertão. O movimento possuía como principal atividade a criação de pousos para o abastecimento dos desbravadores, que prevendo o retorno, começaram a criar roças em pontos articulados ao longo do caminho. Durante a expedição ao grande sertão, Bartolomeu Bueno da Silva, o segundo Anhanguera, em 1722, desbravou a leste de Cuiabá a procura de novas jazidas auríferas, a expedição resultou no encontro do terceiro Eldorado do Brasil, o de Goiás. A descoberta provocou a ocupação efetiva do sertão, tanto no centro da mineração que levou a fundação do arraial de Sant’Ana, mais tarde Vila Boa e ainda mais tarde cidade de Goiás, quanto pela rota expedicionária que ficou conhecida mais tarde como Caminho dos Goiases.Em 1726, logo após o retorno do segundo Anhanguera, a coroa tomou como iniciativa regularizar a posse das terras que ficavam ao longo do Caminho dos Goiases e promover as primeiras doações. No mesmo ano, o primeiro lote de sesmaria foi concedido aos responsáveis diretos pela descoberta oficial do ouro nas minas de Goiás: Bartolomeu Bueno da Silva, João Leite da Silva Ortiz e Bartolomeu Paes de Abreu. A concessão além de visar a ocupação do interior paulista, possuía como finalidade a vigilância e o auxílio do tráfego pelo caminho. (BRIOSCHI, 1991).A dinâmica de ocupação utilizada pela Coroa, procurou estimular a interiorização com as distribuições de densas porções de terras a quem oferecia condições de ocupá-las com plantações e criações. (LAGES, 2010). Desta forma, logo a conjuntura interiorana se revelou voltada para uma economia de abastecimento e paralelamente exploração das minas de ouro. A distribuição das sesmarias não significou o início da ocupação do interior paulista, muito pelo contrário, antes mesmo das descobertas das minas, as várias dinâmicas dos bandeirantes de apresamento contribuíram para a ocupação parcial da “hinterlândia”24. “O povoamento pioneiro parece ter sido, como de resto o era comumente em todo o Brasil, efetuado por anônimos posseiros, muitos dos quais anteriores às expedições dos Anhangueras.” (BRIOSCHI, 1991, p. 10).As primeiras sesmarias constatadas, segundo José Antonio Lages (2010) e Érika Moretini (2007) foram direcionadas a Bartolomeu Bueno da Silva e João Leite da Silva Ortiz, durante o ano de 1726. Em 02 de abril de 1728, foi realizada a doação de terras a Carlos Barbosa de Magalhães, localizadas no Rio Cubatão; “Cubatão, Caminho de Goyaz. Uma Légua de terras em quadra na paragem chamada Cubatão no Caminho de Goyaz, fazendo pião no mesmo ribeirão Cubatão.” (MORETINI, 2007, p. 64). Em 31 de julho de 1728, as terras localizadas no Ribeirão Araraquara foram doadas a Urbano Couto de Menezes. Determinadas glebas de terras possuíam as seguintes descrições; “uma légua de terras em quadra no caminho que vai as minas de Goyazes no ribeirão que fica primeiro depois de passar o Cubatão, onde faz ponta o Araraquara que parte da banda delle com as terras de Calor Barbosa.” (MORETINI, 2007, p. 64).
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.