Igreja de Nossa Senhora do Rosário, por Roseline Oliveira Machado. HPIP, Patrimônio de Influência Portuguesa, hpip.org/pt/Heritage/Details/1059 0 29/11/2022
Igreja de Nossa Senhora do Rosário, por Roseline Oliveira Machado. HPIP, Patrimônio de Influência Portuguesa, hpip.org/pt/Heritage/Details/1059
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Marechal Deodoro, Alagoas, BrasilArquitetura religiosaA igreja situa-se num local antes ocupado por uma capela, destinada ao culto religioso dos negros. Sua localização parece enquadrar-se no recorte gráfico de um dos mapas que ilustram o livro de Gaspar Barléus (1647), elaborados por George Marcgrave, integrante da Comitiva Nassoviana. Referências acerca da remota existência da antiga capela são indicadas por Diegues Júnior ao comentar sobre o conteúdo do testamento de Gabriel Soares, o qual revela que a capela de seu engenho era dedicada à santa - dados que conferem com aqueles registados na escritura de doação de parte das terras do então Engenho Novo, também conhecido como de Nossa Senhora do Rosário, da proprietária D. Maria José Acioli para João César Bezerra. As obras da construção do atual volume arquitetónico da igreja foram iniciadas em 1834, dirigidas pelo mestre Miguel Arcanjo de Vasconcelos. No ano de 1917, a igreja recebeu a imagem de Nossa Senhora do Carmo, pertencente ao conjunto de esculturas da Igreja de Nossa Senhora do Ó que, na época, já estava num avançado estágio de abandono. Foi reformada na década de 60, provável período em que parte de seu piso e cobertura foram substituídos. Está desativada desde os anos de 1970 e encontra-se bastante degradada, podendo hoje serem ainda reconhecidos seu frontão em formato triangular com bordas escalonadas e as três janelas com arcos plenos de sua fachada. Dentre o conjunto de edifícios de carácter religioso da cidade, a igreja se destaca por carregar claros padrões neoclássicos.Roseline Oliveira Machado
• Pessoas (3): Gabriel Soares de Sousa (38 anos); Manuel Diégues Júnior (1912-1991); Manuel Fernandes Ramos (53 anos)
• Temas (15): Cachoeiras; Capela de Santa Ana; Ermidas, capelas e igrejas; Geografia e Mapas; Nossa Senhora do Rosário; Pela primeira vez; Primeira Matriz; Rio Paraguay; Rio Paraná; Rio São Francisco; Rio Ururay; Santa Ana; Santa Catarina; Trópico de Capricórnio; Ururay
• Cidades (6): Cabo Frio/RJ; Cananéia/SP; Marechal Deodoro/AL; Paranaguá/PR; Potosí/BOL; São Sebastião/SP
• Pessoas (5): Anna de Argollo (60 anos); Coaracy ; Francisco de Sousa (52 anos); Gabriel Soares de Sousa (1540-1591); Sebastião de Freitas (27 anos)
• Temas (8): Ermidas, capelas e igrejas; Lagoa Dourada; Mosteiro de São Bento SP; Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo; Nossa Senhora do Rosário; Ouro; Paraguassu; Sabarabuçu
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.