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   2 de janeiro de 2023, segunda-feira
Revista da ASBRAP nº 9 39 PIRACICABA: BARRAS DE RIO, PADRES E CANOAS Manoel Valente Barbas, consultado em
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


não obterem de Vossa Mercê para o que for servido. Que a Vossa Mercê for.........Freguesia de Santo Antonio (Nota 4) de Piracicaba, hoje, ..... de 1784.Frei Tomé de Jesus. Remeto a Vossa Mercê esse couro de anta para seu primoCândido Xavier que me mandou pedir com empenho para Vossa Mercê fazer-me o favor de remeter”..

Pela correspondência acima, vê-se que o lugar escolhido para assentar a Vila de Piracicaba, que na época já contava com quase duas décadas (ainda Nota 3), não era o ideal. Da mesma época (datada de 6 de junho de 1784), aparece uma carta do Capitão Mor de Itu, endereçada ao Capitão General da Capitania de São Paulo, Francisco da Cunha e Menezes (Nota 5):

Ilustríssimo e Excelentíssimo Sr. O Capitão e povoadores de Piracicaba me representam que para melhor comodidade e aumento daquela Freguesia desejam mudá-la para a parte daquem do Rio a cuja margem dalem se acha presentemente situada e me figuram ser a paragem que intentam muito excelente e comoda para a mais extensa povoação,terra de boa ligadura para edifícios, com a mesma utilidade do rio e sem o perigo de o passar e animados com a presença do seu Pastor que anciosamenteanhelavam, movem a este que me dirija a carta que incluo nesta, ponho na respeitavel presença de V.Excia.Eu estou pronto para partir a qualquer hora para condescender em tudo comos desejos deles e esforçar-me quanto me for possivel para o estabelecimentoda dita Freguesia porém como nada devo obrar sem determinação de V. Exciae o principal ponto de minha vista é seguir em tudo a sua vontade, porque nestaencontro todo acerto, procuro as ordens de V.Exa que Deus guarde mui felizmente por dilatados anos, como nos é mister. Itu, 6 de junho de 1784. DeV.Exa o mais humilde e obediente sudito Vicente da Costa Taques Goes e Aranha.

Ao lado, está anotado: “Respondida”, sinal de que o Capitão-General sedignou a responder tal missiva, o que realmente fez, como veremos logo apósexibir o anexo desta missiva acima que é um Memorial redigido pelo CapitãoMor, analítico, detalhado, demonstrando o grau de cultura e desenvolvimentointelectual do missivista:

“Memorial para apresentar a S. Exª sobre a decadencia da Povoação de Piracicaba e como se pode remediar e quais são as utilidades que promete aquelaPovoação.1 –Motivo foi a eleição que fez o Illmo Exmo Sr D. Luiz Antonio de Souza, General que foi desta Capitania, na pessoa de Antonio Correa Barboza para Capitão povoador porque o não fez Deos para aquele ministerio, pela razão deque no largo tempo de vinte anos que comandou a dita povoação nada fez quemostrasse fundamento, nem soube conhecer, nem mostrou as utilidades que promete ao estado, e ao depois deste como não houve pessoa de probidade quese animasse a entrar para aquela Povoação sempre tem estado desordenada,sem pessoa capaz de poder animar, dirigir, conservar e criar.2 – Ter estado quase sempre sem Paroco para admininstração dos Sacramentosque é o verdadeiro fundamento pela grande necessidade que há dele, pois temmorrido muita gente sem os sacramentos necessários porque como a vigariariadaquela paroquia não é rendosa não há sacerdote para ela, e que morram todos sem confissão pouco importa, como se ve da mesma certidão junta, e comeste temor fogem todos de habitar naquela Povoação.3 – Que para a mesma se deve recolher a todos os Povoadores que nele foremalistados, forem obrigados ou voluntarios e que dele não possam sair sem licença do Comandante, pois alem destes se pode ainda tirar de cada Vila desincoenta ate sem casais dos branquicentos e vagabundos que não possuembens de raizes, nem fazem falta as mesmas.4 – Que precisam de alguma assistencia para poderem fundar a suas vivendas ecultivar aquele sertão, principalmente de ferramentas, polvora e ex~ (sic) e terrenos, para compor a mesma vida que seja a custa dos mesmos povoadores, cuja importancia poderá o mesmo comandante ...........e dar conta.5 – Que a dita Povoação he a melhor que pode haver nesta Capitania por estarsituada na margem de um volumoso caldal chamado Piracicaba ao pe de umsalto do mesmo caudal que abunda todo o ano muito peixe, no meio de um sertão de matos maninhos que há de ter mais de dezasseis legoas em quadra, todocapas de fundar muitissimas fabricas de açucar, pois produz todo o genero deculturas, com grandeza, e diferença tal que alem das canas serem muito boas,muito perfilhadas, são muito doces e de melhor ponto e ve-se mais que um socanavial produz seis, e oito anos o mesmo rendimento, o que não acontece aosengenhos de Itu que apenas dao uma folha e pode ser que tendo aumento estapovoação se possa descubrir o ouro que consta das tradições antigas, alem dasFazendas que se podem fundar nos campos de Araraquara e pagar dizimos equintos a Sua Magestade”.

Apesar da linguagem antiga, entrecortada, compreende-se que o problemada Vila de Piracicaba, na época, apesar de ser promissora, pela produtividade daterra e outras diversas razões, era: 1- O Capitão Povoador ser inoperante; 2 –Faltar padre que desse os sacramentos ao povo; 3 - Não se dar aumento forçado àpopulação, com voluntários e “obrigados”, retirando-se pessoas das outras povoações existentes, mesmo que fossem pobres, sem recursos, ou sem utilidadenaquelas. 4 – Não dar assistência à população, com ferramentas, pólvora, terrenos etc. E conclui o missivista com um elogio rasgado ao local onde se encontrava Piracicaba, inclusive vaticinando um futuro promissor, o que realmente veio a acontecer. Depreende-se que o documento, por estar anexo à carta de 6 de junho de 1784, tenha a sua mesma data. [Páginas 3 e 4 do pdf]

A resposta do Capitão General a este ofício de 6 de junho de 1784 foi feita indiretamente por um de seus oficiais, como veremos abaixo (Nota 6):

Pª. o Cap. Mor Vicente da Costa Taq. Goes e Arª. = Do Secretrº. = O Illmo. E Exmo. Sr. Gov. e Cap. General para haver de determinar a mudança da Povoação de Piracicaba, sobre q. a pedim.to de seos moradores, Vm.ce, q. o haja de informar prº individualmente do terreno, onde mais bem se possa fundar a referida Povoação, q. Segº. mostrão os Mapas, parece ser o melhor, junto a barra do Rio Piracicaba no Tiete, pouco abaixo do Rio Sarapuy, e Sorocaba juntam.te, pª. desta situação se aproveitarem mais comodam.te da navegação de todos estes; ou se da p.te de ca do Tiete abaixo da dª. barra do do. Sarapuy, e Sorocaba, ficará melhor; e finalm...te se da barra do Piracicaba, da pte. de la do Tietê, havera, ou se podera abrir algúa picada facilm.te pª. comunicação com as Campínas sem passagem destes Rios mayores: Que pª. esta informação ouça Vmce. O parecer do Capm. Povoador Antonio Corra. Barboza, como experiente, e pratico daquelle terreno. Deos ge. a Vmce. São Paulo 12 de Junho de 1784. // Miguel Carlos Ayres de Carvalho.//

Na seqüência de documentos, vem a resposta do Capitão Mor de Itu, de 21 de junho do mesmo ano de 1784. É de se admirar a rapidez como circulava a correspondência naquela época. Dada a distância de aproximadamente 80 quilômetros de Itu à Capital, infere-se uma dinâmica missivística bastante grande entre o poder central e a capitania, apesar da inércia na tomada de decisões. Nessa resposta Vicente da Costa segue sistematicamente o roteiro ditado pelo Secretário do Governo, traçado no ofício transcrito acima:

“Ilmo e Exmo Sr Recebi a ordem de V. Exa expedida pela Secretaria do Governo em 12 do corrente para informar eu com individualização sobre o terreno a onde mais bemse possa fundar a Povoação de Piracicaba, cuja mudança intentam os seus moradores; e para a eleição faz V. Exa memoria do lugar contiguo a Barra do Rio Piracicaba, no Tiete, pouco abaixo da do Rio Sarapuy, para desta situação se aproveitarem da comoda navegação de todos os três e do lugar da parte daquem do Tiete abaixo da Barra do Sarapuy (Nota 7) e do Sorocaba, juntamente que unidos entram acima do dito Piracicaba; como tão bem se da dita Barra deste da parte dalem do Tiete havera ou se podera fazer facil alguma comunicação por picada para as Campinas e que sobre todo o referido desse comparecer o Capitão Povoador Antonio Barboza experiente e pratico daquele terreno. O parecer deste incluso remeto a V.Exa e conformando-me com ele sobre amudança da Povoação de Piracicaba, acho que a paragem melhor para a fundação desta e a que o mesmo Reverendo Vigario, Capitão e povoadores temelegido fronteira e muito vizinha a atual Povvoação e especifico as razões demelhoramento. A primeira he porque não deve ser despresado o contorno da [Página 5 do pdf]

supreendentemente clara, bem escrita e objetiva. Como a grafia da assinatura édiferente da do texto, depreende-se que fora escrita a rogo do assinante, uma vezque por descrição do próprio Vicente Taques, o Capitão Povoador era iletrado.Esta carta foi emitida em Itu, talvez providenciada pelo próprio Capitão Morpara cumprir o ofício que lhe solicitava a opinião do Capitão Povoador de Piracicaba:

“Sr. Capitão Mor: O terreno da Barra do Rio Piracicaba no Tietê, pouco abaixo da do Rio Serapuy (sic), não é lugar suficiente para nelle estabelecer-se a nova Povoação, oumudar-se a antiga de Piracicaba porque é cheio de pantanos e a terra esterilpara plantações e pouco saudavel por sugeita a maleitas, por cujo motivo já oSr. D. Luiz (Nota 8) a fundou nesse lugar a Povoação que quis fazer. Tambémnão acho boa a mudança nem melhoramento algum descubro em terreno daparte de cá do Tietê abaixo da dita Barra do Sarapuy e Sorocaba juntamente;porquanto não temos conhecimento do saudável daquelas terras e capacidadepara plantações e do lugar da antiga Povoação e seu contorno para onde sepode mudar, temos total conhecimento de que é mui sadio e fertil para toda aqualidade de plantas ao que ......aprovará.... o lugar que temos escolhido paramudarmos a Povoação por ser junto do Salto de Piracicaba, paragem alta, alegre, saudável muito perto da Povoação que presentemente se acha, de sorte quehavendo mudança não perdem os moradores seus sitios. Também acho mui difícil toda a comunicação por picada da Barra do Rio Piracicaba para as campanhas do Aracoera (Araraquara) por ficar em meio o dito Morro, cuja passagem hé muito dificultosa. É o que posso informar a Vossa Mercê. Itu, 22 de junho de 1784. Antonio Correa Barboza”.

Fazemos constar junto a este trabalho uma ilustração da geografia do local, uma vez que é difícil acompanhar o debate que a correspondência aquitranscrita faz dos prós e contras de cada localização possível para a mudança dePiracicaba. [Página 7 do pdf]

Nota 3 - A fundação do povoamento de Piracicaba dataria, então, de 1764, acontar da nomeação do Capitão Diretor Antônio Corrêa Barbosa, para o cargo dearregimentar povoadores e assentá-los no local. Na verdade, o início da referidaPovoação data de 1º de agosto de 1767, como o Capitão Mor de Itu declara maisadiante, em sua carta de 29 de novembro de 1786. Tinha a povoação, na épocada carta aqui transcrita, aproximadamente, dezessete anos, portanto.Nota 4 – Ocorre que o Capitão Diretor de Piracicaba, Antônio Corrêa Barbosa,era tão teimoso, turrão mesmo, que apesar da insistência do Morgado de Mateusem prover como oráculo todas as povoações que fundava no seu governo com onome da santa de sua devoção (Nossa Senhora dos Prazeres), esse Capitão fezquestão fechada de que o oráculo de Piracicaba fosse o Santo de seu nome (Antônio) e assim perdurou a sua vontade, indo de encontro à ordem superior doCapitão-General da Capitania de São Paulo.Nota 5 – Francisco da Cunha e Menezes foi, segundo Azevedo Marques, capitão-general da Capitania de São Paulo, de 16 de março de 1782 até 4 de maio de1786, partindo então para Índia para ser governador daquela possessão portuguesa.. Essa missiva é por demais esclarecedora. Consta de duas partes: a carta propriamente dita e um anexo por demais pitoresco, pois põe a nu toda a verve analítica de Vicente da Costa que costumava itemizar os seus argumentos em apreciações o mais das vezes contundentes, para os tornar mais claros, destacados eeficazes.

Nota 6 - Esse ofício de 12 de junho de 1784 está transcrito totalmente no volume85 dos Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo, Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo, Secretaria da Educação, São Paulo, 1961, página 118. A resposta correspondente do Capitão Mor de Itu é extremamente paralela ao ofício que a provocou, usando o mais das vezes as mesmas palavras utilizadas naquele. O citado ofício pede que o Capitão Mor ouça o parecer do Capitão Povoador de Piracicaba, o que foi atendido com o anexo correspondente à sua resposta.

Nota 7 – Nessas correspondências do Capitão Mor Vicente da Costa ele cita várias vezes esse Rio Sarapuí que tem a barra no Rio Tietê, junto com a do Rio Sorocaba. Conclui-se que o Sarapuí não era nada mais nada menos do que o atual Capivari, que tem a sua barra colada ao Sorocaba, cada qual em uma das margens do citado Tietê.

Nota 8 - Esse D. Luiz, a quem o Capitão-Povoador se refere, é o Morgado deMateus, D. Luiz Antônio de Sousa Botelho Mourão, Capitão General de São [Página 25 do pdf]


Registros mencionados

6 de junho de 1784, domingo
Rios
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (1)

• Cidades (1): Sorocaba/SP

12 de junho de 1784, sábado
Resposta
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (1)

• Temas (5): Rio Anhemby / Tietê; Rio Capivari; Rio Piracicaba; Rio Sarapuy; Rio Sorocaba

• Cidades (3): Itu/SP; Sarapuí/SP; Sorocaba/SP

22 de junho de 1784, terça-feira
Rios
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (1)

• Imagens (1)

• Temas (2): Rio Piracicaba; Rio Sarapuy

• Cidades (2): Piracicaba/SP; Sorocaba/SP

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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