“Senhores, ha perto de três mil anos que o rio Amazonas é navegado e que de seus seios transborda o ouro nos cofres dos reis da terra! Onffroy de Thoron, depois de largos e demorados estudos, rasgou a nossas vistas o véu do grande mistério: os navios de Salomão traziam rumo da América Meridional; vinham buscar as grandes riquezas que levavam ao rei de Tyro, na terra do El-Dorado, da legendaria Manôa, sonhada á margem ocidental da lagoa Parima, á boca de um grande rio, que a ela levava suas águas caudalosas roladas sobre o leito esmeraldino, coberto de areias de ouro...”
A teoria apresentada pelo ilustre professor austríaco Ludwig Schwennhagen fora publicada inicialmente em "A União", de João Pessoa-PB, edição de 12 de janeiro de 1926 e transcritos posteriormente pela "Pacotilha", de São Luís-MA (26.01.1926) e por último, pela "A República", de Natal-RN (31.01.1926):
Em seu trabalho, o professor Schennhagen apresenta a tradução do livro do historiador grego Tiodoro da Sicília, o divulgador dos périplos fenícios, afirmando que foram os fenícios os primeiros habitantes do Velho Mundo a descobrirem a América. Para ele, "1100 anos antes de Cristo os fenícios partiram de Cártago via Cabo Verde para Dacar e daí atravessaram o Oceano Atlântico e chegaram ao Brasil".
Schwennhagen, em sua obra sobre a história antiga do Brasil, em que expõe uma teoria da presença dos fenícios no território de atual, cita o trabalho de Onfroy de Thoron (Gênova, 1869), que trata as viagens do rei Hirão de Tiro, da Fenícia, e do rei Salomão, da Judéia, no rio Amazonas, nos anos de 993 a.C. a 960 a.C.. Em apoio a essas idéias, Schwennhagen apresenta letreiros e inscrições como evidências, afirmando serem em maior parte escritos com letras do alfabeto fenício e da escrita demótica do Egito, observando encontrarem-se também inscrições com letras da escrita sumérica, antiga escrita babilônica, e letras gregas e mesmo latinas. De acordo com Schwennhgen o continente americano é a lendária ilha das Sete Cidades. Diz o autor que tupo significa "filho ou crente de Tupã". A religião tupi teria aparecido no Norte do Brasil certa de 1050 a 1000 a.C., juntamente com os fenícios, propagada pelos sacerdotes cários, da ordem dos piagas.
E tão conhecida se tornaram as riquezas do seu subsolo, que novos horizontes acabam se surgir, assegurando-se desde já o seu ressurgimento.Para certeza disso é bastante o registro das palavras com o que o Dr. Ademar Pereira de Barros chefe do executivo estadual se dirigiu ao povo paulista em seu memorável discurso pronunciado em 27 de abril no Teatro Municipal, comemorando a data de seu primeiro ano de governo:
“Durante muitos anos, jazeu a zona da Ribeira à espera de quem lhe compreendesse a importância e a riqueza. Projeto de aproveitamento não lhe faltaram, mas sempre, por motivo ou outro, frustrados.
No entanto, ali está sem exageros a Bolívia Brasileira, reprodução da região andina, onde, por um paradoxo geológico se agrupam jazidas de minerais cada qual mais valiosa: ouro, platina, mercúrio, prata e chumbo.
Essa imensa riqueza não podia sair do patrimônio do Estado e já então chegando da Europa as máquinas que realizarão em São Paulo o sonho do lendário Robério Dias. Novas estradas rasgarão aquele solo abençoado. E muito em breve se retificará a sua principal artéria fluvial, hoje em dia fator máximo das suas célebre e malfazejas inundações”. [Memória Histórica de Xiririca, 1940. Páginas 28 e 29]
Presumo que me escreveu de Sete Barras, pelo que pude decifrar do carimbo do correio, quase ilegível. Zona da Ribeira, lugar, até a pouco tempo esquecido dos deuses e dos homens... Em pleno abandono, ha mais de quatrocentos anos, desde a época em que desapareceu misteriosamente, sem deixar o mínimo vestígio, a malograda expedição enviada por Martim Afonso de Sousa, em busca do Eldorado, do Perú ou do país de Ophir... Em busca, talvez, da fabulosa "montanha resplandecente", lenda que, por séculos encandeceu a imaginação dos colonos... Região que, afinal, desperta do seu letargo multi secular, com o inicio da exploração de suas riquezas minerais, transformando em realidade a lenda da "montanha resplandecente"... [Jornal Correio Paulistano, 01.12.1940. Página 24]
[23967] Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro. TOMO V. 4.° Boletim. Redator Engenheiro Dr. A. de Paula Freitas 01/01/1889 [28077] Ludwig Schwennhagen 12/01/1926 [26115] Discurso de Adhemar Pereira de Barros (1901-1969) 27/05/1939
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