'“Já podemos queimar livros?” Sagran Carvalho. Consultado em Café no Front, pingback.com/cafe-no-front 0 18/03/2023 Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
100
150
Registros (513)Cidades (128)Pessoas (642)Temas (350)


“Já podemos queimar livros?” Sagran Carvalho. Consultado em Café no Front, pingback.com/cafe-no-front
    18 de março de 2023, sábado
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

•  Imagens (1)
  
  
  


CACIQUE TIBIRIÇÁ"Rei, fundador de São Paulo e pai dos Bandeirantes"Rei dos Guaianases, indígenas dos Campos de Piratininga, tornado-se ele a peça-chave da fundação de São Paulo e da colonização posterior dos bandeirantes paulistas nos sertões da América do Sul.Tibiriçá que quer dizer "maioral" ou "vigilante", habitava as terras de São Vicente e atual São Paulo com o náufrago João Ramalho, companheiro de sua filha Bartira. Na época da subida dos vicentinos que fundaram o que é hoje a cidade de São Paulo, havia um cacique em cada aldeia, porém, o que diferenciava os guaianases de outros índios das vizinhanças é que, acima dos caciques, havia um "cacique maior" (semelhante aos incas), nesse caso, era Tibiriçá o cacique rei.Tibiriçá tornou-se cristão e foi batizado pelos padres jesuítas José de Anchieta e Leonardo Nunes, ganhando o nome cristão de "Martim Afonso", em homenagem ao fundador de São Vicente "Martim Afonso de Sousa".Tornou-se aliado dos portugueses e grande amigo do náufrago João Ramalho (um dos patriarcas dos Bandeirantes) que se casou com a filha mais velha de Tibiriçá, na índia Bartira, esta que era uma espécie de princesa (princesa Isabel era seu nome católico) , pois era herdeira do trono de Tibiriçá. O seu casamento com João Ramalho (considerado o primeiro casamento entre um branco e uma Índia no Brasil) representa a continuidade da "monarquia" dos guaianases, e nessa união teve origem dos bandeirantes e povo paulista, e de toda a proto-cultura caipira, originado da união matrimonial e familiar entre os guaianases e os portugueses, daí nasce o povo paulista, chamada de "dinastia dos mamelucos".Em 1554, Tibiriçá uniu-se a Manuel da Nóbrega e José de Anchieta na fundação de São Paulo, estabelecendo seu povo na área onde hoje está instalado o Mosteiro de São Bento, no centro da capital.

Tibiriçá era irmão de Piquerobi e de Caiubi, índios que se salientes durante a colonização portuguesa em terras paulistas: o primeiro, como inimigo dos europeus; e o segundo, como grande aliado dos europeus. Tibiriçá teve muitos filhos com a sua mulher Potira, teve Ítalo, Ará, Pirijá, Aratá, Toruí, Bartira e Maria da Grã.

A atual rua de São Bento era, por esse motivo, chamada, primitivamente, Martim Afonso (nome em que fora batizado o cacique). Graças à sua influência e sabedoria, os jesuítas puderam agrupar as primeiras cabanas de neófitos nas proximidades do colégio. Tibiriçá deu aos jesuítas a maior prova de fidelidade no dia 9 de julho de 1562, quando, levantando a bandeira e uma espada de pau pintada e enfeitada de diversas cores, repeliu, com bravura os ataques inimigos à vila de São Paulo, efetuado pelos índios carijós chefiados por seu sobrinho (filho de Piquerobi) Jaguaranho, no ataque conhecido como o "Cerco de Piratininga". Durante o combate, Tibiriçá matou Piquerobi e Jaguaranho, garantindo assim a existência da cidade de São Paulo e a consequente existência de todos nós hoje.

Podemos chamar Tibiriçá, Bartira e João Ramalho de "patriarcas dos Bandeirantes", pois logo após João Ramalho casar-se com Bartira, fundou-se a "dinastia dos mamelucos" (os caboclos, filhos de índios com europeus) que, logo após, terá lugar de destaque nos desbravamentos dos sertões, tal dinastia ficou conhecida como "bandeiras", sendo eles os "bandeirantes" homens caboclos, índios e brancos, que viriam a desbravar mais de 60% do atual território brasileiro.Tibiriçá teve muitos descendentes, em 1580, Susana Dias, sua neta e o bisneto André Fernandes, fundou uma fazenda à beira do Rio Tietê, a oeste da vila de São Paulo, próximo à cachoeira denominada pelos indígenas de "Parnaíba": hoje, é a cidade de Santana de Parnaíba, que viria a ser o "Berço dos Bandeirantes". São muitos os descendentes de Tibiriçá no Brasil, através de suas filhas e seus descendentes bandeirantes, talvez seus descendentes estejam na casa dos milhões nos dias de hoje.Até mesmo a atual rainha Sílvia da Suécia é uma de seus inúmeros descendentes.Tibiriçá morreu em 25 de dezembro de 1562 e seus restos mortais estão guardados na cripta da Catedral da Sé no centro de São Paulo.Após sua morte José de Anchieta escreveu:e todo o mais povo dos portugueses; e pôs em suas mãos, digo, porque quase todos os ingredientes Comarca, que se recolheram comnosco, dependiam dele; e se quisesse consentir na maldade dos seus, como eles mal pensavam, pouco houvera de fazer em nos matar e comer. Creio que basta isso para dar a entendre a obrigação que temos de todos de o encomendar a Nosso Senhor. "- Carta XIV, pág. 181, "Cartas, Informações, Fragmentos Históricos e Sermões do Padre José de Anehieta, SJ; Cartas Jesuíticas III", 1933, Ed. Civilização Brasileira.Sendo assim, Tibiriçá, juntamente com sua filha Bartira, e seu esposo João Ramalho, são considerados os patriarcas dos paulistas e “fundadores da paulistanidade” e de toda região do Brasil que fora desbravada por seus filhos bandeirantes.Via Cultura Paulista.







Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII
Data: 01/01/2013
Créditos/Fonte: SCHUNK, Rafael
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. (Coleção PROPG Digital - UNESP). ISBN 9788579834301 página 181


ID: 5979


  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

A base de dados inclui ci

Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .

Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP



Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?

Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:

BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira

Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.

Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.

Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.

É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.

BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.