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   3 de abril de 2023, segunda-feira
Tupinambás, consultado em Wikipedia
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


O termo tupinambá pode ser usado de duas formas. Pode ser designativo dos povos indígenas brasileiros que, por volta do século XVI, habitavam duas regiões da costa brasileira: a primeira ia desde a margem direita do rio São Francisco até o Recôncavo Baiano;[1] a segunda ia do cabo de São Tomé, no atual estado do Rio de Janeiro, até São Sebastião, hoje o estado de São Paulo. Esse segundo grupo também era denominado de tamoio.[2][3] Ao todo, ambos os grupos compunham-se de 100.000 indivíduos e eram a nação indígena mais conhecida de toda a costa brasileira pelos navegadores europeus do século XVI.[1]

Mas tupinambá também pode se referir a todos os povos que, durante o início do contato colonial português, falavam alguma variante do idioma tupi antigo, desde o Pará até o sul do país, aproximadamente até o paralelo de 27 graus (segundo informações do cronista Pero de Magalhães Gândavo). Entre esses povos estavam os tupiniquins, potiguaras, tupinambás, temiminós, caetés, tabajaras, tamoios, tupinaés etc.[4]

Atualmente povos tupinambás vivem na vila de Olivença no estado da Bahia,[5] no Baixo rio Tapajós no estado do Pará[6] e em algumas regiões urbanas do sudeste como Rio de janeiro e Espirito Santo.[carece de fontes]

Etimologia

O escritor Eduardo Bueno, baseado nos escritos de Teodoro Sampaio, afirma que o termo "tupinambá" é oriundo do tupi tubüb-abá, que significa "descendentes dos primeiros pais",[7] através da junção dos termos tuba (pai),[8] ypy (primeiro)[8] e abá (homem).[9]

Em sentido diverso, o tupinólogo Eduardo Navarro em seu Dicionário de Tupi Antigo (2013) sugere a etimologia "todos da família dos tupis", através da junção de tupi (tupi), anama (família) e mbá (todos).[10]

Origens

Quando os europeus chegaram ao que viria a ser o Brasil, encontraram uma população ameríndia bastante homogênea em termos culturais e linguísticos, distribuída grosso modo ao longo de toda a costa e na bacia Paraná-Paraguai. A despeito dessa homogeneidade, divisaram-se dois grandes blocos subdividindo essa população: ao sul, os guaranis, que ocupavam a bacia supracitada e o litoral, desde a Lagoa dos Patos até Cananeia, no atual estado de São Paulo; e os Tupi que dominavam a faixa litorânea desde Iguape até, pelo menos,a costa do Ceará. Este continuum tupi-guarani só era interrompido em alguns pontos do litoral: próximo ao estuário do Prata pelos Charrua, na foz do rio Paraíba pelos Goitacá, pelos Aimoré no sul da Bahia e norte do Espírito Santo, e pelos Tremembé na faixa entre Ceará e Maranhão.[11]

Essas populações eram chamadas tapuia, um termo genérico para índios não Tupi, e dominavam originalmente o litoral, tendo sido daí expulsas — com as poucas exceções citadas acima — no bojo da conquista Tupi.

Existem dois grandes modelos desse processo de expansão tupi-guarani na costa brasileira. A ideia dominante é a de um movimento migratório de sul para norte, a partir da bacia Paraná-Paraguai, onde tupinambás e guaranis teriam se separado. Métraux sugere que a dispersão litorânea era um fato recente na época da Conquista, dada a identidade cultural entre os vários grupos que ocupavam a costa.[12] O segundo modelo, mais recente e baseado na interpretação de dados arqueológicos, inverte o sentido do deslocamento tupinambá. Brochado acredita que,a partir de um nicho originário amazônico, teríamos dois movimentos migratórios de orientações diversas: os proto-guaranis teriam rumado para o sul via Madeira-Guaporé e atingido o rio Paraguai, espalhando-se ao longo de sua bacia desde o início da era cristã (ou, em estimativas mais conservadoras, a partir do século V); já os proto-tupinambás teriam descido o Amazonas até sua foz, expandindo-se, em seguida, pela estreita faixa costeira em sentido oeste-leste, e depois norte-sul. A ocupação total do litoral teria ocorrido entre 700-900 d.C. e 1000-1200 d.C, quando os grupos Tupi mais ao sul teriam sua expansão barrada pelos guaranis.[13][11]

Esse segundo modelo baseia-se numa hipótese forte — a de uma longa separação (mais de 1500 anos) entre tupinambás e guaranis — que se choca com um certo consenso estabelecido, baseado na proximidade linguística e cultural dessas populações. Cabe, pois, a Brochado o ônus da prova, e, apesar de sua alimentação convincente, suas evidências são frágeis: são poucas as datações por radiocarbono de cerâmica atribuída aos Tupi; não há uma diferença substantiva entre as datações mais antigas no Rio de Janeiro (980 ± 100 d.C), e as do extremo nordeste da costa (SOO ±65 d.C); não há nenhum sítio datado atribuído aos tupinambás, entre a foz do Amazonas e o Rio Grande do Norte (os cronistas falam de uma ocupação Tupi tardia do Pará e do Maranhão, por indígenas do nordeste que fugiam da opressão colonial).[14][15] Resta-nos aguardar, assim, o prosseguimento dos trabalhos arqueológicos.[11]

Organização social

Pouco se sabe a respeito da composição e do funcionamento da tribo como unidade inclusiva. A única coisa evidente é que ela abrangia certo número de unidades menores, as "aldeias" (ou grupos locais), distanciadas no espaço mas unidas entre si por laços de parentesco e pelos interesses comuns que eles pressupunham, nas relações com a natureza, na preservação da integração tribal e na comunicação com o sagrado. Na vida quotidiana os indivíduos podiam agir, largamente, como membros da ordem existencial criada pelo grupo local. Mas, em assuntos relacionados com o deslocamento da tribo de uma região para outra, a circulação das mulheres entre as parentelas, a realização de uma expedição guerreira, o sacrifício de inimigos etc., as ações eram reguladas pela teia de interesses comuns.[16]

Habitação

Os tupinambás, no início do contato com os portugueses, moravam em malocas. Cada grupo local tupinambá se compunha de cerca de 6 a 8 malocas. A população dessas tribos girava em torno de 200 indivíduos, mas podia atingir até 600.[18] As malocas teriam uma largura constante, variando seu comprimento de acordo com o número de moradores agrupados nas subdivisões internas reservadas aos lares políginos, de vinte a quarenta em cada maloca, conforme as estimativas mais baixas. O acesso e a saída dos indivíduos eram feitas por três aberturas, duas localizadas nas extremidades e, outra, no centro da maloca. Enquanto duravam os materiais de que eram construídas, proporcionavam boa renovação do ar e abrigo confortável contra a inclemência do sol ou os excessos da chuva.[16]Os grupos locais compunham-se, em média, de quatro a sete malocas ou habitações coletivas. Estas eram dispostas no solo de modo a deixar uma área quadrangular livre, o terreiro, bastante ampla para a realização de Cerimônias como as reuniões do conselho de chefes, o massacre e a ingestão das vítimas, as atividades religiosas lideradas pelos pajés, as festas tribais, etc., as quais, muitas vezes, também envolviam a participação dos membros dos grupos locais vizinhos. Em zonas sujeitas ao ataque de grupos tribais hostis, as malocas eram circundadas por uma estacada ou caiçara, feita com troncos de palmeiras rachados, ou por um duplo sistema de paliçadas, entre os quais colocavam estrepes agudos e cortantes.[16]EconomiaNo início do período colonial a sociedade tupinambá vivia da caça, coleta, pesca, além de praticar a agricultura, sobretudo de tubérculos, como a mandioca e a horticultura, possuindo o equipamento material que permitia a realização dessas atividades econômicas.[16]

A divisão de trabalho era por sexo, cabendo aos homens as primeiras atividades e às mulheres o trabalho agrícola, exceto a abertura das clareiras para plantar, feita à base da "queimada", tarefa essencialmente masculina. O plantio e a colheita, o preparo das comidas e o artesanato (confecção de vasos de argila, redes, etc) eram trabalhos femininos. Instrumentos de guerra - arcos e flechas, maças, lanças - eram feitos pelos homens. Os artefatos de guerra ou de trabalho eram de madeira e pedra, e desta última eram inclusive os machados com que cortavam madeira para vários fins.[18]

Os tupinambás ignoravam a exploração econômica do trabalho escravo. Seus cativos eram tratados como membros do "nosso grupo" até a data do sacrifício. Comumente podiam fazer mutirões onde os vizinhos eram convocados a trabalhar em grandes trabalhos como preparação de roças ou malocas, onde trabalhavam até dez horas e depois bebiam cauim em comemoração. Isso podia se repetir por quantos dias fosse necessário. Esse tipo de trabalho era pago da mesma forma, conforme a necessidade de cada um dos que ajudaram anteriormente.[16]

Costumes

Apesar de terem raízes comuns, as diversas tribos que compunham a nação tupinambá lutavam constantemente entre si, movidas por um intenso desejo de vingança, que resultava sempre em guerras sangrentas em que os prisioneiros eram capturados para serem devorados em rituais antropofágicos. Autores como o alemão Hans Staden ("História verdadeira e descrição de uma terra de selvagens...")[19] e os franceses Jean de Léry ("História de uma viagem feita à terra do Brasil") e André Thevet ("As singularidades da França Antártica..."), todos do século XVI, além das cartas jesuíticas da época, nos dão notícias muito precisas acerca de quem eram e de como viviam os tais índios.

No livro As incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet há a seguinte narrativa:

(...) [os franceses] deixavam entre os gentios [tupinambás] alguns mancebos para aprenderem a língua e poderem servir na terra (...) os quais se amancebaram na terra (...) e viveram como gentios com muitas mulheres, dos quais inçou a terra de mamelucos, que nasceram, viveram e morreram como gentios, e há hoje muitos de seus descendentes, que são louros, alvos e sardos e, havidos por índios tupinambás, e são mais bárbaros do que eles.[20]

Em todas os povos tupis, eram comuns as referências a "heróis civilizadores", como chama Alfred Métraux em seu livro "A Religião dos Tupinambás e suas relações com a de outras tribos tupi-guaranis". Esses heróis eram divindades que haviam criado ou dado início à civilização indígena (Meire Humane e Pae Zomé — mito ameríndio comum em toda a América Meridional). Também era comum a intercessão dos pajés junto aos espíritos através do uso dos marocás, chocalhos místicos cujo uso era obrigatório em qualquer cerimônia.

Os tupinambás da Região Sudeste do Brasil tinham um vasto território, que se estendia desde o rio Juqueriquerê, em São Sebastião/Caraguatatuba, no estado de São Paulo, até o cabo de São Tomé, no estado do Rio de Janeiro. Contudo, o grosso da nação tupinambá assentava-se ao redor da Baía da Guanabara e em Cabo Frio, onde fabricavam o gecay, que era a mistura de sal e pimenta que os índios vendiam aos franceses (chamados pelos tupis de maíra, nome originário de Meire Humane), com os quais se aliaram quando estes estabeleceram a colônia da França Antártica na Baía de Guanabara.

Confederação dos Tamoios

As tentativas de escravização dos índios para servirem nos engenhos de açúcar no núcleo vicentino levaram à união das tribos numa confederação sob o comando de Cunhambebe chamada de "Confederação dos Tamoios", englobando todas as aldeias tupis desde o Vale do Paraíba Paulista até o Cabo de São Tomé, com invejável poderio de guerra.

É nesse ínterim que Nóbrega e Anchieta teriam sido levados por José Adorno de barco até Iperoig (atual Ubatuba), para tentar fazer as pazes com os índios. Segundo a tradição, Nóbrega voltou até São Vicente com Cunhambebe e o padre José de Anchieta ficou cativo dos tupis em Ubatuba. Nesse período, ele teria escrito o "Poema da Virgem". Supostamente, fatos lendários e fantásticos teriam ocorrido nesta época do cativeiro, como o milagre de Anchieta, como o levitar entre os índios, que horrorizados, queriam que ele dali se retirasse pois pensavam tratar-se de um feiticeiro.

Seja como for, os padres, com muita diplomacia, conseguiram desmantelar a Confederação dos Tamoios, promovendo a Paz de Iperoig, o primeiro tratado de paz das Américas. Diz-se que, depois de feitas as pazes, Nóbrega advertiu os índios de que, se voltassem atrás na palavra empenhada, seriam todos destruídos, profecia que, de fato, se concretizou. Quando os portugueses atacaram os franceses do Rio de Janeiro, estes últimos pediram ajuda aos índios, que acudiram seus aliados. Isso levou ao extermínio dos tupinambás que moravam em aldeias em torno da Baía da Guanabara, na segunda metade do século XVI. Os que conseguiram se salvar foram os que se embrenharam nos matos com alguns franceses e os índios tupis de Ubatuba que, para não ajudarem os irmãos do Rio e não correrem riscos, ou fugiram pelas matas ou foram assimilados pelos colonos em Ubatuba, gerando a atual população caiçara daquela região, assim como a população cabocla do Vale do Paraíba.

Contudo, o golpe fatal nos tupis foi o ataque ao último reduto francês em Cabo Frio, com a destruição de todas as aldeias. Tudo destruído com fogo e passado ao "fio da espada". Por esses motivos e por algumas declarações que denotariam, em tese, a conivência com o extermínio indígena, é que o padre José de Anchieta tem sido considerado muito polêmico até os dias atuais, embora, noutras oportunidades, tenha declarado que se entendia melhor com os índios do que com os portugueses.



Mapa "Brasilia"
Data: 01/01/1616
Créditos/Fonte: Petrus Bertius
(rio sorocaba(.305.


ID: 11573


Brasilia
Data: 01/01/1616
Créditos/Fonte: Petrus Bertius (1565-1629)
01/01/1616


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O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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