DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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brasilidade. Dividindo com Noel NUle\s as fabulações do moribundo, ojesuíta é o lado brasileiro do menino judeu.Éjustamente a brasilidadc incutida pelos livros escolares queAntônio Torres irá rever cm 2000, ao lançar Meu Querido Canibal.Tentando resgatar a imagem de Cunhambebe, normalmente delineadacom contornos negativos, embora de bravura, ele irá mostrar Anchieta,à semelhança do que fcz Pinheiro Chagas,l) eomo figura ambígua:"jesuíta a serviço d´el rei, com uma cruz na mão e uma espada na outra","cstranho padre" que "defendeu a guerra justa contra os hereges (osíndios rebeldes à catequização)", que "quando se via impotente na suamissão evangelizadora, proclamava aos ouvidos de seussuperiores civis,militares e edesiásticos que a melhor catequese eram a espada e a varade ferro" (ToRRES, 2000. p. 23 e 24).A hipótese de que tenha lutado juntameme com Mem de Sãcontra franceses e tamoios no Rio de Janeiro passa à tese: "Quemconvenceu Memde Sá a liquidaras tamoios de uma vez por todas foi ojesuíta José de Anchieta, o que tinha por missão a evangelização epacificação dos índios [...]. E na hora do acerto de contas, largou orosário e o missal para assumir um lugar de soldado atrás das barricadas"(TORRES, 2000, p. 58). Oepisódio de João de Bolés, que aparece na Vidacomposta a mando da Companhia, para ressaltar um aspecto positivo doapostolado de Anchicta, é utilizado para mostrá-lo como assassino, umavez que, na versão do romance, é suprimida a explicação para o fato detcr o padre assumido o lugar do carrasco. Se a propalada castidade émantida (TORRES, 2000, p. 77), as palavras do poeta do De Geslis ganhamforos de "excelsa louvação aos militares" (TORRES, 2000, p. 64), e opadre chega a "trair um segredo de confessionário, ao revelar um planode ataque dos tamoios a Piratininga, que lhe fora revelado cm confissâopor Tibiriçã" (TORRES, 2000, p. 66). Enquanto foi refém, sua facilidadede comunicação e seu magistério tomaram-no popular: ele ensinou aosíndios técnicas agrícolas, pecuária, alimentação, medicina; fez-lhessangrias e curou-os de doenças. Mas, apesar de parecer gostar deles ede eles o terem poupado, Anchieta, nas palavras de Cunhambcbe."branqueio, corcunda, feio feito a peste", rc\´cJa-sc, como o índio previra,"um mentiroso igual aos outros" (TORRES, 2000, p. 88).De forma muito sutil, Francisco Ivan, cuja poesia relê muitasvezes o IlÚstieo, argúi, no seu A Chave AZI/I, a originalidade dos versos [Página 25 do pdf]
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII Data: 01/01/2013 Créditos/Fonte: SCHUNK, Rafael Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. (Coleção PROPG Digital - UNESP). ISBN 9788579834301 página 181
Sinceramente esperamos, fervorosamente rezamos, para que este poderoso flagelo da guerra possa finalmente acabar. Mas se Deus quiser que ela continue até que toda a riqueza pilhada pelos escravos, 250 anos de labuta não retribuída afunde e até que cada gota de sangue derramada pelo chicote deva ser paga por outro golpe de espada, como foi dito três mil anos atrás e ainda precisa ser dito o julgamentos do senhor são justos e verdadeiros completamente.
Data: 11/04/1865 Fonte: Último discurso de Abraham Lincoln