PROJETO COMPARTILHARCoordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueirawww.projetocompartilhar.org
SL. 2º, 311, 1-3 Maria da Silva foi casada com Claudio Furquim, que foi negociante em S. Paulo no princípio do século 17.º, f.º de Estevam Furquim, natural da Lorraine, e de Suzana Moreira.
SL. 6º, 237, 1-4 Claudio Furquim Francez (em 1610 tinha sua loja de fazenda em S. Paulo) que casou 1.º com Maria da Silva, falecida em 1616, f.ª de Matheus Leme e de Antonia de Chaves V. 2.º pág. 311; segunda vez foi casado com Maria Pedroso e terceira vez com Anna Maria de Camargo, f.ª de José Ortiz de Camargo e de Leonor Domingues: V. 1.º pág. 418. Teve:
Da 1.ª:1-1 Izabel da Silva casou-se em 1633 em S. Paulo com Antonio da Cunha de Abreu, natural de Tollaes,Da 2.ª:1-2 Estevão Furquim, casou em 1641 em S. Paulo com Maria da Luz f.ª de Bernardo da Motta, natural da Bahia, e de Maria da Victoria; faleceu em 16601-3 Balthazar Furquim Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette) Silva Leme inverteu a ordem dos casamentos. Cláudio Furquim era viúvo de Maria Pedroso, falecida em 1613, quando casou com Maria da Silva.Teve, de Maria Pedroso os filhos citados na GPTeve de Maria da Silva:- Izabel, nascida em 1616, três anos após a morte de Maria Pedroso. Faleceu Maria da Silva em 1616, com testamento redigido a seu rogo pelo cunhado João de Santa Maria.
MARIA DA SILVAInventário e Testamento Vol 5, fl 109Data: 18 de julho de 1616. Local: Vila de São Paulo, casa de Cláudio ForquimJuiz: Bernardo de QuadrosDeclarante: Cláudio Forquim, o viúvoAvaliadores: Antonio Lopes Pinto e Belchior de Ordas e LeãoTestamento: 23 de junho de 1616 cumpra-se 2.7.1616
FILHOSIzabel, de 5 meses TESTAMENTO23-6-1616 Em nome da Santíssima Trindade Pae Filho e Espírito santo três pessoas em um só Deus verdadeiro e da gloriosa sempre Virgem Maria sua bendita Mãe e de todos os Santos e santas da corte do céu aos quais todos tomo por valedores diante de meu Senhor Jesus Cristo estando eu Maria da Silva doente de enfermidade que Nosso Senhor foi servido me dar e com todos os sentidos e entendimento corporal e por não saber a hora e o dia em que Nosso Senhor será servido levar-me desta vida presente ordeno este meu testamento da forma e maneira seguinte.Primeiramente mando e encomendo a minha alma a Deus Nosso Senhor que a fez e remiu por seu precioso sangue.Mando que quando Nosso senhor for servido levar-me desta vida presente meu corpo seja sepultado no Convento de Nossa Senhora do Carmo desta vila..(pede um ofício de nove lições)Declaro que sou casada a face da Santa Madre Igreja com Cláudio Forquim meu marido de quem tenho uma filhinha por nome Izabel a qual é herdeira em minha fazenda e além disso ficando alguma coisa de minha terça se dê a dita minha filhinha Izabel e declaro que deixo por meu testamenteiro meu marido para que ele conforme a confiança e amor que lhe tive faça por minha alma aquilo que lhe bem parecer e com isto me dou por satisfeita.Peço ao reverendo padre vigário João Pimentel acompanhe meu enterramento e disso se lhe dê de esmola o costumado.(pede nove missas ao mesmo padre)E com isso hei por acabado este testamento e roguei a João de Santa Maria meu cunhado que este fizesse e assinasse nele como testemunha e por mim por não saber com as mais testemunhas abaixo assinadas. Hoje, vinte e três de junho de seissentos e dezesseis annos.João de Santa MariaAleixo LemeJoão da CostaPedro Gonçalves Varejão CUMPRA-SE: 2-7-1616
BENS
- Casa de dois lanços coberta de telha - Sitio em Pinheiros - Criação de porcos e galinhas - Paula tamoia com dois filhos - 7 peças carijós e gromemim - Vacas - Tenda de ourives com os pertences do ofício de ourives - Muitas roupas de mulher Uma encomenda que estava vindo de Angola DEVEDORES: 40 NOTIFICAÇÃO22-10-1616 – para que Cláudio trouxesse o inventário de sua primeira mulher DECLARAÇÃODeclarou Cláudio Forquim que seu sogro Mateus Leme lhe devia a legitima da defunta e outrossim lhe devia o mais que prometera em casamento por não lhe ter dado até hoje mais ... negra forra . MONTE MOR LIQUIDO: 339$460Devia aos filhos do primeiro casamento 78$760Liquido: 257$610 QUITAÇÂO: 26-6-1620 SL. 6, 237, 1-4 Claudio Furquim Francez (em 1610 tinha sua loja de fazenda em S. Paulo) que casou 1.º com Maria da Silva, falecida em 1616, f.ª de Matheus Leme e de Antonia de Chaves V. 2.º pág. 311; segunda vez foi casado com Maria Pedroso Subsídios à Genealogia PaulistanaMaria Pedroso foi a primeira mulher de Claudio Furquim. Faleceu em 1613 e teve os filhos citados na GP. MARIA PEDROSOInventário Vol 5, fl 126, anexo ao de Maria da SilvaData: 10-9-1613Local: Vila de São Paulo, pousadas de Cláudio ForquimJuiz: Bernardo de QuadrosAvaliadores: Antonio Lopes Pinto e Pedro Dias FILHOSDeclarou que tinha dois filhos a saber Estevão e Baltazar de ..ta PeçasPaula Tamoia e seus dois filhosInácio TemiminóSabina CarijóBranca, marmemi com o filho que estava fujidaFrancisco marmemi também fujido MONTE MOR: 171$520
“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP Data: 01/10/1971 Página 12
• Pessoas (8): Antônia de Chaves (1575-1610); Cláudio Furquim "Francês" (26 anos); Francisco de Saavedra (n.1555); Matheus Leme (56 anos); Matheus Leme (56 anos); Pedro Gonçalves Varejão (31 anos); Maria da Silva (f.1616); João de Santa Maria (n.1575)
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.