Pêndulo de Foucault: o experimento que comprovou a rotação da Terra há quase 2 séculos. Por Marcelo Zurita, editado por Lucas Soares, olhardigital.com.br - 02/05/2023
Pêndulo de Foucault: o experimento que comprovou a rotação da Terra há quase 2 séculos. Por Marcelo Zurita, editado por Lucas Soares, olhardigital.com.br
2 de maio de 2023, terça-feira Atualizado em 25/02/2025 04:47:18
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Nosso planeta, a Terra, é uma imensa e esférica rocha, girando no espaço. Percebemos a rotação do nosso planeta, quando vemos os astros se movendo no céu ao longo do dia e da noite. Com base em séculos de desenvolvimento de instrumentos precisos de observação, concluímos que a Terra leva 23 horas, 56 minutos e 4 segundos para completar uma volta em torno de si. Mas até pouco tempo atrás, no fim da idade média, muita gente ainda defendia a ideia de que a Terra era estacionária e que esferas celestes se moviam em torno dela levando as estrelas, o Sol, a Lua e os planetas do Sistema Solar. Pode até parecer desnecessário, mas em meados do século XIX, um físico francês conseguiu provar a rotação da Terra com um experimento genial: O Pêndulo de Foucault.
Jean Bernard Léon Foucault, foi realmente um dos grandes gênios da sua época. Nascido em 1819, em Paris, ele chegou a estudar Medicina, mas desistiu por conta de uma aversão a sangue e se rendeu à sua grande paixão: a Física. Entre seus grandes feitos nessa área estão, a descoberta das correntes elétricas de Foucault, a medição mais precisa da velocidade da luz e a comprovação física da rotação da Terra utilizando um pêndulo. Mas como isso seria possível?
Bom, o experimento de Foucault foi desenvolvido graças a uma fundamentação apresentada por um outro francês, o engenheiro e matemático, Gustave-Gaspard Coriolis. Em 1835, Coriolis definiu matematicamente uma força que age sobre um corpo em movimento num sistema não-inercial em rotação. Imagine por exemplo, um disco de vinil em rotação em uma vitrola. Se uma pequena formiga andar sobre esse disco da borda em direção ao centro, ela sentirá uma força extra no mesmo sentido de rotação do disco. Já se ela se afastar do centro, sentirá uma força no sentido contrário à rotação.Essa é a chamada força de Coriolis. E na verdade, é um pseudo-força, já que ela é uma parcela da força inercial do corpo. Enfim, essa força pode ser percebida facilmente no movimento de rodopio de uma bailarina. Quando ela contrai seus braços, aproximando-os do centro da rotação, a força de Coriolis aumenta a velocidade angular da bailarina, fazendo com que ela gire mais rápido.
Por ter uma mente genial, Foucault percebeu que, se a Terra está em rotação, então um corpo em movimento em sua superfície, estaria sujeito à força de Coriolis. E de fato, hoje sabemos que é graças à Força de Coriolis que os ventos de uma tempestade giram no sentido anti-horário no Hemisfério Norte, e no sentido horário no Hemisfério Sul. Ela também provoca pequenos desvios em balas de canhão atiradas a longas distâncias. E Foucault imaginou, que ela poderia ser percebida também sobre um pêndulo, comprido e pesado o suficiente para que essa força pudesse ser medida e comprovada.
Antes de preparar o experimento, Foucault calculou que se o pêndulo fosse preso de uma forma em que ele girasse livremente em qualquer direção, perceberíamos que ao longo do tempo, ele não seguiria um caminho linear, indo e voltando para o mesmo ponto. Como a Terra está girando, à medida que o pêndulo oscila, a força de Coriolis age fazendo com que ele gire em torno de seu eixo. Assim, se o pêndulo estiver no hemisfério norte, ele deve sofrer um deslocamento no sentido horário, e se estiver no hemisfério sul, no sentido anti-horário. Mais ainda, Foucault percebeu que o período de rotação do pêndulo é inversamente proporcional ao seno da latitude do local. Nos pólos, o Pêndulo de Foucault dá uma volta em torno de si em 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, exatamente o período de rotação da Terra. É como se, na verdade, a Terra girasse em torno do pêndulo. Mas não é isso.
A medida que se afasta dos pólos e se aproxima do Equador, esse período aumenta, e sobre a Linha do Equador, o Pêndulo de Foucault simplesmente não oscila em nenhuma direção.
Foucault calculou também que, para a latitude de Paris, esse pêndulo deveria completar uma volta em 31 horas e 50 minutos. Então, em 1851, ele preparou o experimento no Panteão de Paris. Um prédio alto e fechado, livre de correntes de ar. Lá ele fixou uma esfera de 30 Kg presa por um fio rígido de 67 metros. A esfera era oca e em seu interior foi colocada uma areia fina, que escorria por um pequeno orifício e marcava o chão.
Quando a esfera foi posicionada e solta suavemente, ela começou seu movimento oscilatório de pêndulo. Lentamente ela foi se deslocando no sentido horário, marcando de areia as posições por onde ela passava. Demorou, mas depois de exatas 31 horas e 50 minutos, como Foucault havia previsto, seu pêndulo completou uma volta inteira, validando seus cálculos e provando, mais uma vez, a rotação do nosso planeta.
Depois dessa demonstração gloriosa, o mesmo experimento foi reproduzido em vários outros locais da Terra, inclusive nos pólos. E em todos os casos, ele oscilou exatamente como Foucault havia calculado. O Pêndulo de Foucault é um experimento extremamente simples e genial, que foi capaz de demonstrar a rotação da Terra 100 anos antes de qualquer viagem espacial.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.