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   17 de abril de 2021, sábado
Biografia de Bernardo Lichtenfels Jr., por Sandro Aranha em “Sorocaba Através da História”, sorocabaatravesdah.wixsite.com
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  


Dono do primeiro automóvel de Sorocaba, dono da Empresa de Eletricidade da cidade, um dos proprietários da fábrica Nossa Senhora da Ponte e responsável pela construção da 1a. represa de Itupararanga, hoje vamos mostrar um pouco da vida de Bernardo Lichtenfels Júnior...

O austríaco Bernardo Lichtenfels veio para Sorocaba por volta de 1896 com aproximadamente 27 anos, trabalhando inicialmente como guarda-livros na Estrada de Ferro Sorocabana.

Com seus domínios em mecânica e eletricidade, logo chamou a atenção de George Oeterer e Frank Speers, mas foi José Manuel da Fonseca fundador e proprietário da fábrica Nossa Senhora da Ponte que o convidou para ser gerente em sua empresa.

Em 30 de dezembro de 1903, publicou no jornal a alteração de seu nome Bernardo Lichtenfels Júnior, em virtude da existência de várias pessoas com seu mesmo nome. Casou com Adriana da Silveira que era de família local, com teve cinco filhos: Elza, Edith, Carlos, Valdemar e Arlindo.

Em 1904, adquiriu de A.J. Byington a Empresa Elétrica, melhorando o serviço de iluminação da cidade e o mesmo tempo instalou a rede telefônica acelerando o progresso na cidade. Prevendo que com o crescimento da cidade a usina a vapor não conseguiria atender ao consumo, decidiu adotar o sistema hidrelétrico. Comprou de Francisco Ferreira Leão a Fazenda Salto Grande de Itupararanga para a construção dessa nova usina.

Nesse ano chegava a Sorocaba seu primeiro automóvel. Com o analise dos textos dos historiadores Aluísio de Almeida e Antônio Francisco Gaspar e com o auxílio do historiador Adolfo Frioli, chegamos as possíveis informações: em 1904, Bernardo Lichtenfels, adquiriu o primeiro automóvel de Sorocaba, trazido de trem de São Paulo pelo Sr. Tonglet da Casa Brown. Segundo a descrição de Gaspar, o veículo parecia uma charrete, com um motor a gasolina de um cilindro na parte traseira, locomovendo-se vagarosamente e com barulho alto pelas ruas da cidade.

Já que não existem fotos desse primeiro carro, pela descrição que temos supõe-se que seria parecido com o triciclo motorizado construído por Karl Benz em 1886 ou com talvez o automóvel Modelo A criado por Henry Ford em 1903-1904.

Em 5 de janeiro de 1905, foi realizado um evento para inauguração das obras da represa em Itupararanga e da subestação elétrica no centro da cidade. Durante a cerimônia o engenheiro Dr. Alfredo Eugênio de Almeida Maia, superintendente da Estrada de Ferro Sorocabana, fez seu discurso na qual deu a Sorocaba, seu apelido mais conhecido: Manchester Paulista.

O segundo automóvel de Sorocaba também foi de Lichtenfels dessa vez comprado do prefeito de São Paulo, Antônio Prado em 1906 e trazido para Sorocaba por Francisco, que era chofer do prefeito. A primeira foto que temos de um automóvel na cidade é dessa ocasião, onde aparece na foto a família Lichtenfels junto de Francisco.

Finalmente em 1º de maio de 1907, a Empresa Elétrica começava a fornecer energia elétrica para a população de Sorocaba, a noite toda, através do novo edifício da subestação na Rua do Conselho.

Bernardo foi provedor da Santa Casa nos anos de 1908, 1909 e 1910, ainda constrói um pavimento para tratamento de indigentes chamado ”Adriana Lichtenfels”. Em 1911, foi o maior contribuinte para a construção de uma maternidade nesse hospital.

Tentou em 1910, transformar a antiga Fábrica de Ferro de Ipanema em uma Usina Siderúrgica, mas sem a atenção devida pelo governo Hermes da Fonseca, o projeto não saiu do papel.

Nesse ano começa a construção da pequena represa em Itupararanga que produziria a energia para a siderúrgica projetada, além de concorrer pelo fornecimento de energia de Sorocaba e da capital do estado. Posteriormente, em 1911 a São Paulo Eletric Company, adquire essa represa e a empresa de eletricidade e começa a construção da grandiosa Represa de Itupararanga, finalizada em 1914.

Em 1911, acompanha sua esposa para um tratamento de saúde na Europa, voltado apenas em 1914.

Retornando para a cidade, encontra a fábrica Nossa Senhora da Ponte paralisada, por isso inicia uma sociedade com Nicolau Scarpa e a compram dos herdeiros de José Manuel da Fonseca.

Em meados de 1916 foi diretor da Fábrica Votorantim. Morou na Rua da Ponte, 30-A em 21 de Novembro de 1917.

Em 1918, decide morar definidamente em São Paulo, para se dedicar aos estudos de grandes problemas da física e questões econômicas interessantes no país. Faleceu em 7 de fevereiro de 1946 aos 77 anos em São Paulo.


Registros mencionados

5 de janeiro de 1905, quinta-feira
Inauguração da Usina de Itupararanga
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (2)

• Temas (3): Eletricidade; Estrada de Ferro Sorocabana; Represa de Itupararanga

• Cidades (2): Sorocaba/SP; Votorantim/SP

1906
O segundo automóvel em Sorocaba
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (1)

• Imagens (1)

• Pessoas (1): Bernardo Lichtenfels

• Temas (1): Automóveis

• Cidades (1): Sorocaba/SP

1910
Tentou em 1910, transformar a antiga Fábrica de Ferro de Ipanema em uma Usina Siderúrgica, mas sem a atenção devida pelo governo Hermes da Fonseca, o projeto não saiu do papel
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (1)

• Temas (1): Fazenda Ipanema

• Cidades (2): Araçoiaba da Serra/SP; Sorocaba/SP

1911
A São Paulo Eletric construiu uma represa para o fornecimento de 80 litros de água por segundo e oportunamente 12 km de canos até o Cerrado
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (2)

• Temas (4): Cerrado/Sorocaba; Eletricidade; Represa de Itupararanga; Rio Sorocaba

• Cidades (2): Sorocaba/SP; Votorantim/SP

Relacionamentos

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Caxias do Sul/RS
  Registros (5)

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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