'Giuliano Bonamim, Jornal Cruzeiro do Sul 0 22/03/2014 Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
2014 - 2015 - 122 - 2014 - 2016 - 148 - 2014 - 2017 - 146 - 2014 - 2018 - 187 -
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Registros (145)Cidades (59)Pessoas (189)Temas (182)


   22 de março de 2014, sábado
Giuliano Bonamim, Jornal Cruzeiro do Sul
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  


Existe uma linha horizontal gravada na fachada de uma antiga usina geradora de energia a diesel, onde recentemente funcionou a Usina Cultural Ettore Marangoni. O risco na parede revela a altura alcançada pelo rio Sorocaba na histórica enchente registrada há 85 anos na cidade. Logo acima da marca há a data exata da inundação, descrita em algarismos romanos: 20 de janeiro de 1929.

O casarão em estilo inglês foi construído à margem direita do rio Sorocaba, ao lado da linha férrea e próximo da atual praça Lions. Basta ficar em frente ao portão principal da antiga usina, olhar para o curso da água e imaginar o volume de chuva que caiu entre os dias 14 e 20 de janeiro daquele ano.

Fotografias retratam a histórica enchente. As imagens mostram pontos alagados na esquina das ruas Coronel Cavalheiros e Leopoldo Machado, na cabeceira da ponte que ligava a rua XV de Novembro com a Nogueira Padilha, na Vila Amélia, e até no paredão da represa de Itupararanga.

As chuvas começaram a afetar a vida dos sorocabanos a partir do dia 17, como consta nos arquivos do jornal Cruzeiro do Sul. O município ficou sem água encanada, pois os dutos foram rompidos. O serviço postal foi cancelado.

Os acessos rodoviários para São Paulo, Itu e Itapetininga foram fechados pelas enchentes e deslizamentos de terra. O mesmo ocorreu com os trajetos feitos pelos trens da Estrada de Ferro Sorocabana. Sem a entrada de gado para a matança, a carne ficou escassa na cidade.

O serviço telefônico não foi danificado. Uma parte do muro do cemitério da Saudade caiu, na antiga rua Ipanema — atual rua Comendador Hermelino Matarazzo. Seis casas de uma vila desabaram na rua Coronel Nogueira Padilha. O famoso jeitinho brasileiro também entrou em cena: com 500 réis era possível pagar um serviço de travessia de barco entre a rua Coronel Cavalheiros até a ponte.

No dia 18, o Teatro São Raphael recebeu 59 pessoas desabrigadas pela chuva, todas moradoras das zonas ribeirinhas. O então prefeito de Sorocaba, João Machado de Araújo e o delegado regional de polícia, Walter Autran, distribuíram uma nota à população. O texto pedia aos moradores que denunciassem comerciantes que abusassem dos preços dos produtos, em decorrência do caos que se encontrava a cidade.

O empório São Carlos, estabelecido logo na entrada da Nogueira Padilha, foi forçado a mudar de local devido à grande enchente. O estabelecimento foi para a rua Brigadeiro Tobias, onde permaneceu de forma definitiva.

Em 21 de janeiro, o Esporte Clube São Bento fez um baile público com entrada paga a favor das vítimas da enchente. Foram arrecadados 100 réis. A Livraria São Luiz, de Luiz Vieira, também colocou à venda alguns exemplares de fotografias da enchente.

Já o posto sanitário da rua da Penha, número 12, distribuiu à população as chamadas lympha vaccinica anti-typhica injetáveis. A água começou a baixar em 23 de janeiro. Tudo indica que duas pessoas morreram em Sorocaba em decorrência da enchente.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul


18 de janeiro de 1929, sexta-feiraID: 6041
“A Grande Enchente”: chuvas começam a afetar a rotina dos moradores
Atualizado em 25/02/2025 04:39:09
•  Imagens (1)
•  Fontes (2)
  
  


• Registros (213)
• Cidades (59)
• Pessoas (189)
• Temas (182)

  Darcy Ribeiro
1922-1997

Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.



Data: 01/11/1977
Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*



Brasilbook.com.br
Desde 27/08/2017
29986 registros, 15,678% de 191.260 (meta mínima)
674 cidades
5196 pessoas
temas

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoes
Contato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP