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   5 de julho de 2023, quarta-feira
Relação do Piloto Anônimo, consultado em Wikipédia
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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A relação do piloto anônimo é, ao lado das cartas de Pero Vaz de Caminha e de Mestre João, um dos três testemunhos diretos do descobrimento do Brasil. Depois da Carta de Caminha, relata o momento inicial da construção da imagem do nativo pelo portugueses (vide "Brasiliana da Biblioteca Nacional", Rio de Janeiro, 2001, página 26). O relato foi publicado, em italiano, na coletânea de viagens organizada por Fracanzano da Montalboddo e intitulada: "Paesi Novamente Retrovati et Novo Mondo de Alberico Vesputio Florentino Intitulato" (Vicenza, 1507, folhas 58 a 77, capítulos 63 a 83).

Diz a Brasiliana da Biblioteca Nacional", Rio de Janeiro, 2001, página 26:"A política de sigilo, verdadeira ou falsa, do governo português referentemente ao Brasil gerou uma perda irreparável, representada no diminuto número de obras que noticiavam a existência da ilha de Vera Cruz, conforme constatou Francisco Leite de Faria (1972, Moçambique) ao lembrar que ´os impressos publicados em Portugal, no século XVI, respeitante exclusivamente ao Brasil, são poucos, raros e preciosos.´" A própria Carta de Caminha só seria publicada pelo Padre Manuel Aires de Casal em sua "Corografia brasílica", pela Imprensa Régia, no Rio de Janeiro, em 1817!

Montalboddo diz ter traduzido um original em português do qual nunca se achou o paradeiro. A primeira versão em português data de 1812, de autoria de Trigoso de Aragão Morato. Trata-se de uma retroversão, vinda a público na "Coleção de Notícias para a História e Geografia das Nações Ultramarinas". Baseia-se numa versão italiana publicada por Giovan Battista Ramusio, em 1550, com o título "Navigationi del Capitano Pedro Alvares Cabral Scrita per un Piloto Portoghese et Tradotta di Lingua Portoghese in Italiana" (In: "Primo Volume della Navigationi et Viaggi...").

Giovan Battista Ramusio é o primeiro a atribuir a um piloto a autoria da relação (cujo significado aqui é o de "relato") mas é pouco provável que o autor desempenhasse esse ofício. A própria narrativa quase desautoriza a suposição, desprovida das observações de natureza técnica comuns em diários escritos por pilotos de navio.

Alguns historiadores crêem que Giovanni Matteo Cretico, núncio em Lisboa, seria o autor, tendo compilado ou traduzido uma narrativa anônima, remetendo-a, em seguida, ao cronista de Veneza, Domenico Malipiero. Daí a edição italiana de 1507. Há restrições a essa suposição, pois o núncio não dominava a língua portuguesa, sendo-lhe impossível compilar ou traduzir um texto. Mais plausível é a hipótese de William Greenlee, que, depois de promover cuidadoso levantamento dos homens alfabetizados que retornaram com a armada cabralina, asseverou ser o autor João de Sá, escrivão da armada.

Incertezas à parte, a "Relação..." é um documento importante para os que querem conhecer a empresa marítima de Cabral. No que se refere ao descobrimento, a narrativa pouco acrescenta à Carta de Pero Vaz de Caminha (da qual o autor, aliás, morreu em Calecute). Nada mais nos dá a conhecer sobre a viagem entre Cabo Verde e a costa do Brasil, sobre as características dos nativos ou sobre os primeiros contatos com eles. Limita-se a confirmar o que, de forma mais colorida, descrevem as outras duas testemunhas do acontecimento.

O interessante do relato é continuar com a armada de Pedro Álvares Cabral e narrar suas desventuras. Trata-se do único testemunho direto sobre a segunda viagem dos portugueses à costa da Índia, viagem importante para realizar o que Vasco da Gama não conseguira em 1497 e 1498: estabelecer relações comerciais permanentes com a cidade de Calicute e firmar presença na região. Cabral, quando retornou a Lisboa, foi recebido mais como o responsável por um desastre político e comercial do que como o audaz descobridor de uma rica e promissora terra.Assim sendo, conclui o autor de "Brasiliana da Biblioteca Nacional", página 33, evocando o Relato do Piloto Anônimo e a "Copia de una littera del Re de Portogallo" etc. mencionada no verbete sobre Pedro Álvares Cabral: ´O fato de as duas primeiras fontes impressas sobre a viagem da armada de Pedro Álvares Cabral terem sido divulgadas no estrangeiro anonimamente contribuiu para o conhecimento imperfeito desse evento histórico que abre o Atlântico Sul à expansão do capitalismo e inaugura o advento da idade moderna. Essa primeira coletânea de viagens organizada por Montalboddo logo no início do século XVI teve grande fortuna editorial no século XVI e, com reedições e traduções, chegando a 35 diferentes impressões, conforme demonstrou Francisco Leite de Faria.´O piloto anônimo se refere também às belezas da nativa, destacando seus cabelos longos e corpos esculturais, e também a diversão que tiveram com os nativos logo que chegaram ao lugar que não sabiam destacar se era ilha ou terra firme.



Paesi Novamente Retrovati et Novo Mondo de Alberico Vesputio Florentino Intitulato
Data: 01/01/1507
01/01/1507


ID: 13587


Registros mencionados

1507
Paesi Novamente Retrovati et Novo Mondo de Alberico Vesputio Florentino Intitulato
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (2)

• Pessoas (1): Pedro Álvares Cabral (40 anos)

• Temas (1): Descobrimento do Brazil

1817
Corografia Brazilica ou Relação Histórico-geográfica do Reino do Brasil. Composta e dedicada a Sua Majestade Fidelíssima, tomo I, 1817
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (1)

• Pessoas (3): Manuel Aires de Casal (63 anos); Martim Afonso de Sousa (1500-1564); Pero Vaz de Caminha (1450-1500)

• Temas (33): Buraco de Prata; Cachoeiras; Caiapós; Caminho de Curitiba; Carijós/Guaranis; Cayacangas; Descobrimento do Brazil; Ermidas, capelas e igrejas; Estrada Real; Estradas antigas; Guaianás; Itapeva (Serra de São Francisco); Montanha Sagrada DO Araçoiaba; Montanhas; Morro do Tayó; O Sol; Ouro; Porto de Santa Luzia; Prata; Rio Anhemby / Tietê; Rio Apiay; Rio Capivari; Rio da Prata; Rio Iguassú; Rio Jaguari; Rio Jundiaí; Rio Paraná; Rio Paranapanema; Rio Sorocaba; Rio Tibagi; Serra de Cubatão ; Serra de Paranapiacaba; Trópico de Capricórnio

• Cidades (15): Apiaí/SP; Araçoiaba da Serra/SP; Cananéia/SP; Cuiabá/MT; Curitiba/PR; Guarapuava/PR; Itanhaém/SP; Itapetininga/SP; Jundiaí/SP; Lages/SC; Piracicaba/SP; Rio de Janeiro/RJ; Santos/SP; São Paulo/SP; Sorocaba/SP

Relacionamentos

Manuel Aires de Casal (63 anos)
Pedro Álvares Cabral (1467-1520)
  Registros (122)
  Familiares (0)
Pero Vaz de Caminha (1450-1500)
  Registros (0)
  Familiares (0)
Vasco da Gama (1469-1524)
  Familiares (0)
Curiosidades
  Registros (530)
Descobrimento do Brazil
  Registros (264)
Lisboa/POR
  Registros (291)

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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