LEI ORDINÁRIA Nº 10627/2013, camarasorocaba.sp.gov.br
Atualizado em 25/02/2025 04:39:28
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Dispõe sobre denominação de “MARCOS FIGUEIREDO” a uma via pública de nossa cidade e dá outras providências.
Nascido em Sorocaba, no distrito de Brigadeiro Tobias, em 11 de dezembro de 1962, filho de Laura Ascêncio Figueiredo e de Manoel Figueiredo, era o caçula dos homens da família de 07 irmãos, Emanuel, Jair, Miguel, Sueli, Josias, Elizeu e Eli.
Passou parte da infância em Brigadeiro, morando com os pais e irmãos em uma casa junto a Estação de Inhayba, onde o pai era o chefe da estação. De infância simples, mas saudável, como sua mãe dizia, “cresceram em meio à criação de galinhas, patos, pomar e horta”, brincando com os irmãos.
Com aproximadamente 04 anos de idade, com a vinda da família para Sorocaba, foram morar no bairro dos Morros, na Rua Coronel Nogueira Padilha.
Fez o curso primário, à época, na Escola Senador Vergueiro na Vila Hortência, o ginasial no CEONC na Vila Assis e 2º grau no Estadão - E.E. Profº. Julio Prestes de Albuquerque. Com a morte precoce do pai, e com seus 18 anos, começou a trabalhar e junto com os estudos começava a se preparar para o futuro. Os irmãos mais velhos já trabalhavam, mas o incentivavam sempre a não deixar os estudos. Concluiu os estudos e foi trabalhar em uma Loja de Materiais de Construção na área de vendas. Pouco tempo depois, já com o certificado de “Corretor de Imóveis”, ingressou no mercado imobiliário atuando por muitos anos no setor. Trabalhou na Imobiliária Predial Supiriri no centro da cidade, de 1981 a 1992, exercendo a função de Corretor na área de vendas. Fez muitos amigos dentre os clientes que conquistava e era muito querido pelos colegas de trabalho na empresa.
Casou-se bem jovem, em julho de 1984 com a futura professora Maria Ângela Condotto, num matrimônio de 17 anos, com quem teve 02 filhos, Marcos Junior e Emanuelle. Continuou por muitos anos vivendo na Vila Hortência e residiu também na região central da cidade.
Muito extrovertido, era quem levava alegria à toda sua família. De descendência espanhola, tinha muitos parentes na Vila Hortência, os quais sempre visitava, levando seu bom humor e carinho! Em 1995 mudou-se para a capital, São Paulo onde foi trabalhar numa empresa de parentes, no bairro do Braz, gerenciando uma Loja atacadista de embalagens. No ano seguinte, mudou-se para a cidade de Santana de Parnaíba, atendendo ao convite de parentes, para trabalhar em função de chefia administrativa na Prefeitura daquele município. A esposa, professora também foi lecionar em escola daquele município. Por lá permaneceu trabalhando no cargo público até o ano de 2001. Acometido por uma forte “Pneumonia”, debilitado, vem para Sorocaba se tratar, e mesmo recebendo os cuidados médicos e a atenção da esposa e dos familiares, seu estado de saúde foi piorando, surgindo outras complicações. Após breve internação foi vencido pela doença, em 25 de agosto de 2001, deixando enorme saudade nos familiares e amigos. Muito querido por todos, partiu muito cedo, aos 38 anos, e até hoje é lembrado pelo jeito simples e divertido, sempre pronto para ajudar o próximo. Um ser humano iluminado e que mostrou que a vida pode e deve ser vivida com simplicidade e amor.
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.