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   14 de abril de 2021, quarta-feira
WILLIAM MCMASTER MURDOCH: CONHEÇA A VERDADEIRA HISTÓRIA DO HERÓI DO TITANIC, aventurasnahistoria.uol.com.br
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  


Por volta das 10 horas do dia 10 de abril de 1912, o imponente RMS Titanic saiu do porto de Southampton, na Inglaterra, e partiria rumo à cidade de Nova York. Porém, antes disso, ele ainda passou por Cherbourg, na França, e em Queenstown, agora conhecido como Cobh, na Irlanda, como explica W.B Bartlett em "Titanic: 9 Hours to Hell, the Survivors" Story’.

Antes de partir para o oeste do Atlântico, a embarcação já comportava 892 tripulantes e 1.320 passageiros, o que era apenas metade de sua capacidade de passageiros: 2.435, segundo Daniel Allen Butler, autor de ‘Unsinkable: The Full Story of RMS Titanic’. A falta de passageiros se deu por conta da baixa temporada e da interrupção do embarque no Reino Unido, que foi causada por uma greve de mineradores.

Pouco depois, o dia 14 de abril, há exatos 109 anos, ficaria conhecido por um dos naufrágios mais famosos da história. Descrito como “inafundável” pela companhia inglesa White Star Lane, a embarcação acabou colidindo com um iceberg e afundou no oceano.

Com a tragédia, cerca de 700 pessoas sobreviveram e mais de 1.500 morreram, entre elas William McMaster Murdoch, marinheiro britânico conhecido por ter servido como o primeiro oficial do RMS Titanic.

Tradicional família naval

Nascido na pequena Dalbeattie, na Escócia, William McMaster Murdoch veio ao mundo em 28 de fevereiro de 1873 em uma família de tradição naval, como explica o site Dalbeattie Town History.

Para se ter uma ideia de como era a história dos Murdoch com o mar, o sobrenome significa “homem do mar” em gaélico, ou “marinheiro” e “guerreiro do mar” em nórdico, segundo o The Internet Surname Database.

Entretanto, William acabou sendo o único filho de Samuel Murdoch a seguir a carreira marítima, encarando o ramo desde os 15 anos de idade, quando se juntou à tripulação do Charles Cotesworth como aprendiz, onde ficou até 1892.

Sua primeira viagem foi transcontinental, que tinha como destino a cidade de São Francisco, nos EUA. Nos anos seguintes, esteve em diversos países da África, Oceania, Europa e América.

Foi aprovado no exame de primeiro-oficial em março de 1895 e, no ano seguinte, passou no exame de mestre na primeira tentativa, se tornando uma referência em expedições de carga, como explica Sussane Störmer na biografia de William McMaster Murdoch.

Buscando acrescentar ainda mais experiência, serviu como tenente da Reserva Real da Marinha em 1899 até o fim do mesmo ano, quando a maior empresa de navios do mundo, a White Star Line, o contratou. Por lá, ele ficou por 12 anos — até sua morte em 14 de abril de 1912.

O trabalho na empresa não apenas garantiu uma posição de liderança, mas também deu prioridade para a mais ambiciosa missão da companhia em doze anos: o RMS Titanic.

Dentro do Titanic

O funcionário já havia trabalhado no navio-irmão Olympic — outro gigante dos mares — e auxiliou no inquérito que investigou a colisão da embarcação, em setembro de 1911, com o HMS Hawke da Marinha Real Britânica, como explica Störmer.

Por conta de sua experiência, ele se uniu aos velhos colegas de trabalho Charles Lightoller, David Blair e o capitão Edward Smith na viagem inaugural, partindo em 10 de abril de 1912 com sucesso.

Segundo o Undiscovered Scotland, a viagem permaneceu conforme planejada nos quatro dias seguintes, quando, na noite de domingo, 14, Murdoch substituiu Lightoller na ponte de comando, recebendo a informação dos vigias sobre a presença de um iceberg.

Foi o oficial, inclusive, que ordenou o curso da popa, realizando a curva para desviar — sem sucesso. Após a colisão, acompanhou o engenheiro Thomas Andrews para averiguar os danos, sendo um dos primeiros a concluir que a tragédia era eminente, segundo aponta Mark Chirnside em ‘The ‘Olympic’ Class Ships: Olympic, Titanic & Britannic’.

Com isso, se deslocou até o convés, sendo responsável por trabalhar na saída dos botes ímpares junto de outro funcionário.

De acordo com relatos, foi um dos poucos oficiais que entenderam que a prioridade era preferencial, ocupando os botes com homens quando não se completavam com mulheres e crianças, explica Chirnside.

Ao preparar o lançamento do barco desdobrável, Murdoch começou a serrar os fios sob um outro bote prestes a sair, buscando acelerar o processo antes que a água atingisse o convés. Foi a última vez que o funcionário foi visto com vida.

Polêmica cinematográfica

Apesar da trajetória historicamente registrada pelo trabalho e respeito, uma polêmica surtiu efeito após o lançamento do filme Titanic, em 1997. Na obra de James Cameron, William aceita suborno do passageiro Caledon Hockey para compor um dos botes salva-vidas com prioridade além de atirar em um passageiro que tentava invadir um dos barcos sem respeitar a prioridade — colocando o personagem como corrupto e impiedoso, como aponta o Observatório do Cinema.

O estopim foi o suicídio do oficial, que no filme é relatado com um disparo de revólver contra a cabeça. Segundo a ABC, as suposições do roteiro foram duramente contestadas por familiares de Murdoch e por membros da Titanic Foundation, que decidiram intimar o autor.

"Ele morreu enquanto pulava em um dos botes salva-vidas onde cordas estavam presas. Ele rasgou as cordas com uma faca, mas com o peso do barco cheio de gente recebeu um forte golpe na cabeça que o matou de imediato", disse José Ferreiro, diretor da fundação, em entrevista ao canal americano ABC.

Mesmo sem a certeza das versões, o então vice-presidente da 20th Century Fox se encontrou com o sobrinho do primeiro-oficial no ano seguinte ao lançamento do filme, dando £ 5 mil para compensar a angústia causada, além de formalizar um pedido de desculpar para a cidade natal do ex-tripulante, visto como ídolo até os dias atuais.


Registros mencionados

10 de abril de 1912, quarta-feira
Partida do R.M.S. Titanic
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Temas (2): Titanic; Marinha

14 de abril de 1912, domingo
Colisão do Titanic com um iceberg
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (5)

• Temas (2): Deus; Titanic

21 de julho de 2023, sexta-feira
O Caminho do Peabiru passava por Sorocaba
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

• Fontes (2)

• Imagens (1)

• Pessoas (1): João III, "O Colonizador" (1502-1557)

• Temas (3): Caminho do Peabiru; Ouro; Peru

• Cidades (1): Sorocaba/SP

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros? Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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