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   27 de julho de 2023, quinta-feira
Por que o Brasil é um dos únicos países que tem frentistas nos postos de gasolina? misteriosdomundo.org
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Abastecer o veículo é uma atividade rotineira para milhões de pessoas. No Brasil, essa tarefa geralmente recai sobre o frentista. No entanto, há um crescente debate sobre a mudança para o autoatendimento nos postos de combustível, uma prática popular em países como os Estados Unidos e em praticamente toda a Europa. Este artigo lança luz sobre esse tema e os potenciais efeitos sobre o papel do frentista no Brasil.

O Reinado do Frentista

A profissão de frentista está profundamente enraizada na sociedade brasileira. Originada em 1912, somente em 2000, sob a presidência de Fernando Henrique Cardoso, a profissão se tornou regulamentada com a promulgação da lei 9956/00. Esta legislação visava salvaguardar meio milhão de empregos de frentistas e exigia a presença de um atendente em todos os postos de combustível, sob pena de multas e potencial fechamento. A maioria dos países não possui tal lei.

No Brasil, o papel de um frentista vai além de simplesmente abastecer veículos. Eles lidam com o pagamento, oferecem direções e contribuem significativamente para a experiência geral do atendimento ao cliente. A presença do frentista na bomba tem sido a norma a tal ponto que os brasileiros raramente interagem com a bomba de combustível eles mesmos.Ventos de Mudança: Introduzindo o AutoatendimentoCom a elevação dos custos trabalhistas, o conceito de autoatendimento em postos de combustível vem ganhando força. Uma ideia importada dos Estados Unidos, o autoatendimento foi inicialmente introduzido no Brasil na década de 1990, mas foi restringido pela lei 9956.O discurso mudou significativamente em 2018 com a apresentação do Projeto de Lei do Senado 519, defendendo a reintrodução do autoatendimento nos postos de combustível. Esse movimento, apoiado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), é visto como um esforço para impulsionar a concorrência no setor.Debates Sobre o Autoatendimento vs FrentistasEmbora o autoatendimento possa trazer alguns benefícios, sua implementação enfrenta resistências. Críticos, incluindo o sindicato dos frentistas, argumentam que tal mudança resultaria em uma demissão em massa de frentistas, impactando a subsistência de milhares de pessoas. Preocupações de segurança também são preponderantes, com oponentes questionando a segurança de postos de combustível desacompanhados.O Efeito nos Preços do CombustívelProponentes do autoatendimento argumentam que os custos trabalhistas para os frentistas constituem uma parcela significativa dos altos preços dos combustíveis no Brasil. Eles sustentam que a transição para o autoatendimento, apesar de exigir um investimento inicial substancial, poderia levar a uma redução nos custos do combustível para os consumidores.Os defensores também acreditam que os consumidores se adaptariam facilmente ao novo método, dado que usar e manusear uma bomba de combustível não é muito complicado. A esperada redução nos preços dos combustíveis, aliada a um período inicial de transição e adaptação, é apontada como a luz no fim do túnel dessa mudança.O debate em torno do papel do frentista no Brasil continua. À medida que avançamos para um futuro potencialmente caracterizado por postos de autoatendimento, o destino de meio milhão de frentistas fica em suspense. A jornada dessa figura icônica no Brasil, desde sua origem até a possível extinção, é certamente um conto cativante de evolução social e econômica.

Autor Lucas R.. Editor-chefe do portal Mistérios do Mundo desde 2011. Adoro viajar, curtir uma boa música e leitura. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.


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O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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