'“tan gran pedazo de oro como el cavallo en que estava” 0 27/06/2025 Wildcard SSL Certificates
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“tan gran pedazo de oro como el cavallo en que estava”
    27 de junho de 2025, sexta-feira
    Atualizado em 05/07/2025 23:45:53

 •   Fontes (24)
    
    


Muitas "questões" de Sorocaba são das mais embaraçadas da História primitiva do Brasil.

Balthazar Fernandes continua sendo um mito! Sua lápide, fria e muda, não fala em morte. Nem se sabe quando ele nasceu. E se nasceu... quando morreu

Ainda ninguém tornou bem claro as mortes ocorridas, como a de seu cunhado, Gerhard, mineralogista alemão de Geldres, casado com Custódia Dias.notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”.1575Também conhecido como Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting. Natural de Doesburg, Geldrie, Holanda. Filho de Thoenis Bettinck e Merrie Bettinck. que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu do Rio das Velhas, entre 1610-1611.

No tocante às filhas desta “família fundadora”, em que Metkalf (1990, 283-304) menciona que elas ficavam com a maior parte da riqueza como dote para os genros, onso ou logo depois. Taques Paes Leme, que no trecho acima citado dá notícia do primeiro e torna assim bem clara a distinção, em outros lugares perde-se de vista. [p. 50]

D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” 21 de abril de 1611, quinta-feira

Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria.

Desde 1602, com a jornada que fez Nicolau Barreto e atingiu as imediações de Pitangui, os sertanistas da Serra Acima já sabiam onde se encontrava o ouro do Sabarabussu. Um dos motivos da morte de D. Francisco de Sousa, registrado pela historiografia, desgostoso e depressivo, abandonado na sua casa na Vila de São Paulo, está ligado a este assassinato.



Os mapas antigos não dão detalhes alguns relativos á antiga via de comunicação entre São Paulo e Sorocaba (...) Sobre a data da abertura da estrada que liga São Roque à Sorocaba não se encontra referência alguma. (Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo. Página 182)

; seus guias e companheiros índios conheciam os lugares e os nomes. O "mineiro" ou técnico de minas, que o acompanhava, era Clemente Álvares. Enfim, estava junto com êle o. filho natural, quase que certamente, Afonso Sardinha-o-Moço,. mesmo porque êle já estava sexagenário. Ambos se.dedicavam ao bandeirismo de mineração.e de caça ao índio; sendo assinalada sua presença por êsses anos nesse imenso sertão que vai do Tietê a Paranaguá e ao Rio Paraná.

Primeiro ouro do Brasil
01/01/1972
Créditos/Fonte: Manual do Tio Patinhas

Istoria Delle Gverre del Regno del Brasile, parte prima, 1698Atualizado em 14/04/2025 03:25:14 Mappas do Reino de Portugal e suas conquistas, 1698. berasuiaba

Mapa
01/01/1698
Créditos/Fonte: Reprodução / Internet
(.302.(rio sorocaba






 1° fonte   

Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578)
25 de abril de 1562, quarta-feira

O ouro apareceu pela primeira vez no Brasil em 1562, na Caatiba (atualmente Bacaetava) ou Jaraguá, conforme carta de Brás Cubas, bisavô da segunda esposa de Balthazar Fernandes, Isabel de Proença Varella II

comandava a expedição que havia partido em junho de 1560. Entre os integrantes estava também o pai de Balthazar, Manuel Fernandes Ramos. Ocasião essa, foi erguida nan futura cidade de Santa Ana de Parnaíba, a primeira capela, dedicada a Santo Antônio. A pequena igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens.Partida da expedição de Bras Cubas e o mineiro da Rainha, Luiz Martins. Indo até o municipio de Apiahy ou Paranapanema.Sobre isso escreve Francisco de Assis Carvalho Franco, em “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo” (1940):

Esse governador-geral havia terminado a luta com os franceses do Rio de Janeiro e dali viéra a São Vicente, escolgndo então para cabo da expedição nesse sentido o fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjunctamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560. Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse círculo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual estado de São Paulo, indo apenas até o munícipio de Apyahy ou Paranapanema.

O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte.

Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba).

Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mór Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino.
[p.35;36]



 2° fonte   

Também conhecido como Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting. Natural de Doesburg, Geldrie, Holanda. Filho de Thoenis Bettinck e Merrie Bettinck
1575

Também conhecido como Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting. Natural de Doesburg, Geldrie, Holanda. Filho de Thoenis Bettinck e Merrie Bettinck.



 3° fonte   

Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba”
1578

Para Luís Castanho de Almeida o primeiro branco a chegar em Sorocaba por volta de 1589, era o português Afonso Sardinha.

Porém, a vasta documentação publicada pelo Arquivo do Estado de São Paulo, prova também que, em 1578, eram aguardados em São Paulo mineiros e técnicos da Europa, ao mesmo tempo em que Salvador de Sá, o velho, era nomeado Superintendente das Minas, indicando já um princípio de organização administrativa.

“Há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal, pois não tinha botas”

Revista do Arquivo Municipal CLXXVIII (178), 1969. AMARAL, Antonio Barreto. “Afonso Sardinha. Um vereador do século XVI”. Revista do Arquivo Municipal CLXXVIII (178), 1969.1969

Negociava escravos da Guiné, tecidos, marmelada e gentios. Foi de sua propriedade um dos primeiros trapiches de açúcar no planalto. Entre seus devedores,estavam tanto o antigo capitão-mor quanto o recém-chegado. Por isso, há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal de 1576, pois não tinha botas! 368 Na vila, foi almotacel, em 1575, vereador, em 1572, 1576 e 1582 e juiz ordinário, em 1587. Portanto, em 1592, quando foi nomeado capitão da gente de guerra da vila, já apresentava uma longa ficha de préstimos à governança local.

Descobertas as minas, pela legislação (Ordenações Filipinas confirmando, as Manoelinas) devia o felizardo comunicar à autoridade, que distribuiria os lotes. Parece que Câmara de São Paulo demorou a enviar um portador à Bahia. Somente em 1597 recebeu a grata notícia o Governador Geral.



 4° fonte   

Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
9 de junho de 1591, domingo

“Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)Data: 21 de dezembro de 1964, ver ano (90 registros)D. Francisco de Souza, por alcunha D. Francisco das Manhas, encontrara-se em Madri com Gabriel Soares de Souza, negociante na Bahia, autor do Tratado Descritivo da Terra do Brasil, irmão de Pero Coelho de Souza que procurava prata e outro na lendária Sabarabuçú, tendo falecido na volta cem léguas da capital. De posse to roteiro do irmão, Gabriel conseguira favores de homens e título para governá-los, vindo a naufragar em Pernambuco, em 1591. D. Francisco, tomara posse de Governador nesse mesmo ano e em 1592 auxiliou Gabriel Soares a reconstituir a expedição, na qual Soares também morreu. Todos iam morrendo no sonho da Sabarabuçú, como repete em ritornello Paulo Setúbal.



 5° fonte   

D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas
14 de outubro de 1597, terça-feira

“Há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal, pois não tinha botas”

O primeiro branco era o português Afonso Sardinha, que depois de residir em Santos passou para São Paulo, erguendo o seu solar no Butantã (hoje Casa do Bandeirante), onde tinha o seu trapiche, isto é, engenho de açúcar.Foi entrando para o sertão, à procura de ouro e prata, pelo Tietê abaixo, tendo principiado no Jaraguá. Do Ibituruna (junto a Pirapora) obliquou para a serra do Piragibú tomando como referência um morrete isolado o Aputribú.Daí avistou a linda montanha ao poente. Descendo pelo vale do Pirajibú ao campo de Pirapitinguí deixou, à direita o depois chamado bairro do Varejão (nome de família de um sitiante do século XVIII) no atual município de Itú, atravessou o rio Sorocaba, ou na atual rua 15 ou na barra de Pirajibú, e semente três.A data mencionada por Pedro Taques, 1589, é apenas aproximada, pois inclui a exploração nos outros pontos mencionados. Bateou algum ouro até o século passado se encontrava em quantidade pequena em muitos rios da região e viu um minério de reflexo metálico que julgou ser prata e, enfim, fazendo roçar uma clareiro no ribeiro das Furnas que subiu até as fontes, deu a primeira martelada em minério de ferro no Brasil.Pelo costume; seus guias e companheiros índios conheciam os lugares e os nomes. O "mineiro" ou técnico de minas, que o acompanhava, era Clemente Álvares. Enfim, estava junto com êle o. filho natural, quase que certamente, Afonso Sardinha-o-Moço,. mesmo porque êle já estava sexagenário. Ambos se.dedicavam ao bandeirismo de mineração.e de caça ao índio; sendo assinalada sua presença por êsses anos nesse imenso sertão que vai do Tietê a Paranaguá e ao Rio Paraná.Tendo "limpado" de nativos da proximidades do Araçoiaba, e localizado as minas de ouro, prata e ferro, não fundaram propriamente um engenho ou forninho catalão, nem naquela data nem depois, conforme repetiram os cronistas e historiadores duzentos anos por um equivoco de Pedro Taques.Porém, nada mais certo do que ser o Araçoiaba o marco número 1 da siderurgia nacional, pois o minério foi reconhecido antes do de Morro de Pilar (Minas Gerais) e, para isso era mister um malho, uma pequena bigorna, fole e, talvez um dos escravizados africanos que o velho Sardinha foi o primeiro a introduzir e São Paulo.Na África o minério era trabalhado em instalações muito rudimentares. Aliás, ferro para comércio não foi produzido.D. Francisco de Souza, por alcunha D. Francisco das Manhas, encontrara-se em Madri com Gabriel Soares de Souza, negociante na Bahia, autor do Tratado Descritivo da Terra do Brasil, irmão de Pero Coelho de Souza que procurava prata e outro na lendária Sabarabuçú, tendo falecido na volta cem léguas da capital. De posse to roteiro do irmão, Gabriel conseguira favores de homens e título para governá-los, vindo a naufragar em Pernambuco, em 1591. D. Francisco, tomara posse de Governador nesse mesmo ano e em 1592 auxiliou Gabriel Soares a reconstituir a expedição, na qual Soares também morreu. Todos iam morrendo no sonho da Sabarabuçú, como repete em ritornello Paulo Setúbal. [“Memória Histórica de Sorocaba”, parte I. Aluísio de Almeida. Páginas 337, 338 e 339]

D. Francisco enviou Martim de Sá em 1597 no rastro de Diogo Soares. Em outubro de 1598, sonhando em atingir Sabarabuçú como pela retaguarda, e avantajando em demasia a pequena mineração dos Sardinha, crendo fazer da capitania de São Vicente um novo Perú, embarcou para o sul, com uma comitiva de soldados portugueses e nativos mansos para o transporte de pessoas e cargas e os primeiros trabalhos, não sem enviar antes, como administrador das minas, Diogo Gonçalves Laço, que chegou à vila de São Paulo em 13 de maio daquele ano. [Página 339]



 6° fonte   

Chegada
3 de junho de 1599, quinta-feira

No dia 3 de junho de 1599, acompanhado de grande e imponente séquito, constituído de fidalgos coloridamente trajados, técnicos, os soldados de infantaria já mencionados e numerosos nativos domésticos, entrava D. Francisco de Souza no povoado, fazendo reboar as montanhas com o éco de suas músicas marciais, trombetas e tambores.E foi recebido regiamente por Afonso Sardinha, não obstante a pobreza de suas instalações no vilarejo de Itapebussu. Parece que d. Francisco gostou da recepção, ou dos ares, ou ficou influenciado pela "febre" do ouro e pedras preciosas e, na falta deles na exploração do ferro, pois demorou-se em Araçoiaba, relativamente bastante tempo. Eis que, chegado a 3 de junho ainda há atos dele em novembro. Teria ficado pelo menos uns 4 meses."

Governar foi para d. Francisco de Sousa descobrir minas: e, assim pensando, ele por todos os lados atacou o sertão, a parte interior do Brasil, onde desvairadas lendas situavam Sabarábussú, a montanha resplandescente, a serra de ouro e de prata.

Na Bahia auxiliou a mallograda expedição de Gabriel Soares de Sousa: do Espírito Santo fez partir Diogo Martins Cão; de São Paulo despachou bandeiras em busca das minas de prata.

Ele rodou as nascenças do rio São Francisco, onde se supunha estar a famosa serra, como a ave de rapina tenazmente rodea a preza, estreitando cada vez mais o círculo de seu voo.

Chegado aqui, logo de transportou - outubro de 1599 - para Biraçoyaba e Caativa, com ensaiadores, mineiros, fundidores.

Somas enormes ansiavam essas viagens, essas explorações, dirigidas pelas mãos rotas do governador geral do Brasil, que sempre e largamente gratificavam.

O descendente de Ruy de Sousa, porém, não encontrava embaraços para arranjar dinheiro.

Quando esgotava o produto dos dízimos, receita ordinária dos governadores; quando consumia o que tomava emprestado, por autorização especial do rei de Hespanha, saqueava sem escrúpulos.

Por fevereiro, talvez de 1609, no porto de Santos arribara o Mundo Dourado, grande urca de Amsterdam, cujo capitão, Lourenço Bicár, alegando as suas crenças cristãs e os seus intentos comerciais, requereu licença para descarregar e vender mercadorias que levava.

Despachado favoravelmente o Mundo Dourado fundeou e, depois de pagos os direitos reais, entrou a negociar com os moradores de Santos.

Dizem que mais tarde, tomando inquirições, d Francisco de Sousa viera a saber que essa nau, separada por tormentos de uma armada que fóra ao Estreito de Magalhães, a pilhar carregamentos vindos do Peru, aportara apenas para esperar as companhias.

Naquele tempo, as outras nações vingavam-se do poderio a que chegara a Hespanha e opunham-se á sua expansão, consentindo que piratas saqueassem os portos, depredassem as povoações que constituíam o domínio hespanhol "tão vasto que nele o sol não encontrava nunca o ocaso".

Meditando uma de suas manhas, que logo poz em prática, de São Paulo, onde se achava, com muitos moradores partiu d. Francisco de Sousa para Santos.

Lá, um dia, em que a maior parte da marinhagens se achava em terra, se dirigiu para a urca uma canoa empavesada, coberta de ramagens conduzindo aventureiros portugueses que cantavam e tocavam guitarra.

Recebidos a bordo sem desconfiança, começaram a bailar e a beber com os flamengos; e quando estes menos o esperavam, se fizeram senhores da praça, d´armas e da pólvora, e, logo, a sinal adrede combinado, muitas outras canoas com soldados e índios frecheiros abordaram a tomaram a nau sem que os tripulantes pudessem defender.

A manha ai passou a perfídia; mas, que importa, se os costumes da época permitiam essa duplicidade, e se essa duplicidade permitiu um apresamento superior a 100.000 cruzados, os quais tão depressa se adquiriram como se gastaram, conforme contou frei Vicente.

As minas de Piraçoyaba pouco ouro tinham; não eram mais que uma montanha de ferro, o nosso Ypanema de hoje, e foram, portanto, uma decepção para d. Francisco de Souza. Apesar disso não esmoreceu; nessas proximidades levantou pelourinho e erigiu uma vila que denominou São Phelippe; do mesmo modo, depois indo examinar as minas de Bituruna, que não corresponderam á sua expectativa, também levantou pelourinho e erigiu outra vila, a vila de Monserrat.*

Com a primeira cortejava o rei e com a segunda a santa de sua especial devoção; e não se esquecia dos moradores de São Paulo, porque prometia procurar-lhes com sua majestade muitos privilégios e mercês e elevar-lhes a vila á cidade, "por ter sido a primeira e principal parte onde, mediante o favor divino, descobriu minas".

Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) equivocou-se dizendo ficar a vila Monserrat próxima ás minas de Biraçoyaba; confundiu Monserrat com São Phelippe supondo ter existido uma só vila. Na coleção de mapas apresentados ao árbitro pelo Barão do Rio Branco, na questão chamada das Missões, ha os mapas n°. 5-A e n°. 6-A, que localizam Monserrat a N.O. de São Paulo, além do Anhamby, e São Phelippe a oeste de São Paulo, na margem de um afluente do Anhamby.

Quando Salvador Correia elevou Sorocaba a vila, diz que d. Francisco de Sousa já lá tinha mandado levantar pelourinho. - Vide em "Azevedo Marques. Apontamentos sobre Sorocaba. Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) (Jornal de Viagem, por diferentes vilas até Sorocaba - R.I.H.G.R., vol. 45) em 1803 esteve em Parnahyba, e nas proximidades desta vila, examinou as lavras de Bituruna, "Monserrat", Taboão e Santa Fé. O mapa da Comissão Geográfica e Geológica do Estado, situa o município de Parnahyba sua fazenda "Monserrat" e porto "Grupiara", vocabulo usado pelos mineiros daquele tempo.

Vida ativa levou ele em São Paulo. Em 26 de junho de 1600, dia em que armou cavaleiros a Antonio Raposo e a Sebastião de Freitas, já tinha visitado e demoradamente examinado as minas de Biraçoyava e Caativa, e Bituruna, e três vezes, pelo áspero caminho do mar, com moradores da capitania, tinha ido a Santos, defende-la e fortifica-la contra inimigos corsários.

Por historiadores contemporâneos é acusado d. Francisco de Sousa de não ter sido rigoroso no cumprimento do alvará de 11 de novembro de 1595, que proibiu terminantemente a escravização do indígena e revogou o de 20 de março de 1570, que permitia a escravização que fossem tomado em guerra justa.

D. Francisco de Sousa não foi e, conhecidas as suas circunstâncias, não podia ter sido rigoroso no cumprimento do humano alvará; porque, justamente, sendo a cativação do índio o lucro imediato das bandeiras, tornar efetiva a sua proibição, seria proibir as entradas ao sertão, seria, pois, proibir as pesquisas e investigações das minas que ele entendia descobrir.

Ao contrário, não deu cumprimento a esse alvará; ao contrário, fomentou a cativação do índio, fomentando as entradas ao sertão. Foi ele quem arremessou a capitania ao sertão; é verdade que já existia o arco forte e a frecha acerada, mas não é menos verdade que foi ele quem o disparou.

Antes do alvará de 1595, as bandeiras não entravam ao sertão sem que houvesse declaração de que a guerra era justa; depois elas entravam, em qualquer caso, mesmo sem declaração. E, coisa notável, o alvará que proibiu terminantemente a cativação do índio veio a tornar essa cativação mais franca.

No tempo de d. Francisco de Sousa as bandeiras tomam, por assim dizer, um caráter oficial; e, mais bem organizadas e mais ousadamente, saem a cumprir a faina gloriosa, se bem que às vezes inconsciente, da constituição geográfica do Brasil.

As bandeiras queriam escravos, d. Francisco procurava minas, e o Brasil definia-se territorialmente.



 8° fonte   

Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais”
15 de agosto de 1603sexta-feira

Estes regimentos só reforçam as expectativas e os investimentos feitos em torno das supostas minas. Segundo nos diz Taunay, baseado numa consulta de Salvador Correia de Sá e Benevides realizada pelo Conselho Ultramarino em 1677, o regimento de 1603 teria surgido em função das várias dúvidas existentes em relação às minas, em especial, depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”.



 9° fonte   

Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
13 de de 1606sexta-feira

Assim senhor, acuda veja, ordene e mande o que lhe parecer, que muito tem a terra que dar; é grande, fértil de mantimentos, muitas águas e lenhas, grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro e açúcar, e esperamos que haja prata pelos muitos indícios que há, mas faltam mineiros e fundidores destros.E o bom governo é que nos falta de pessoas "que tenham consciência e temor de Deus e valia" que nos mandem o que for justo, e nos favoreçam no bem e castiguem no mal quando merecemos, que tudo é necessário.Diogo de Quadros é ainda provedor das minas, até agora tem procedido bem, anda fazendo um engenho de ferro a três léguas desta vila e como se perdeu no Cabo Frio trem pouca posse e vai devagar, mas acabal-o-ha, e será de muita importância por estar perto daqui como três léguas, e haver metal de ferro; mais há na serra de - Byracoiaba - 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga e abastada e perto dalí como três léguas está a - Cahatyba - d´onde se tirou o primeiro ouro, e desde ali ao Norte haverá 60 léguas de cordilheira de terra alta que toda leva ouro, principalmente a serra de - Jaraguá - de N. Senhora de Monte Serrate, a de Vuturuna - e outras.Póde v. mc. fazer aqui um grande reino à S. M. há grande meneio e trado para Angola, Perú e outras partes, podem-se fazer muitos navios, que só a bem se pode trazer de lá, pois já muito algodão, muitas madeiras e outros achegos.



 11° fonte   

O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
10 de junho de 1611sexta-feira

As Atas se calam. Por elas sequer sabemos quando exatamente ele morreu. E não sabemos, ainda hoje, onde foi enterrado. Por aproximação, estima-se que tenha morrido entre 10 e 11 de junho de 1611, em meio a uma epidemia que atingia a vila. Ou seja, não sabemos bem quando, nem onde e muito menos de quê morrera o governador.

As versões dão conta mais das ansiedades de cada um do que de uma informação legítima. Até mesmo nas versões de sua morte o governador foi apresentado de diversas maneiras. E talvez essa série de versões nos ajude a revelar um pouco mais do que foi a história da região nas décadas posteriores: uma disputa acirrada por hegemonia e pelos despojos do governador, com alianças instáveis, conexões interrompidas e a eclosão de grupos e facções em confronto.Relatório de Antonio Paes Sande (1622-1695)1698Evidente prova é deste receio o sucesso que teve D. Francisco de Souza, quando foi aquela Capitania, pois acompanhando os Paulistas ao mineiro que mandou á serra de Sabarabussú, para saberem a parte donde ela ocultava as minas, depois de achadas, de que se fez aviso ao dito D. Francisco, e tiradas muitas cargas de pedra, que o mineiro trazia com grande contentamento, ponderando eles a mesma escravidão, que agora temem seus netos, mataram no caminho ao mineiro, e esconderam a pedra, disseram a D. Francisco que morrera no caminho, e se enganava no que havia escrito a S. Senhoria, de que resultou morrer o dito D. Francisco em breves dias e se perpetuar a suspensão daquelas minas, a tradição de haver muito ricas, e ainda há poucos anos algumas pessoas que existiam na Villa de S. Paulo davam notícia da prata que se fundio das cargas de pedra " [Páginas 197, 198 e 199]



 15° fonte   

Por procuração, passou o que foi apurado a Johan van Ackeren, Udo Avincx, Frederick Besselinck e Hermen Bettinck
29 de dezembro de 1613, domingo

Por procuração, passou o que foi apurado a Johan van Ackeren, Udo Avincx, Frederick Besselinck e Hermen Bettinck.



 18° fonte   

“Libro de los sucessos del ano de 1624”
1624

Estes regimentos só reforçam as expectativas e os investimentos feitos em torno das supostas minas. Segundo nos diz Taunay, baseado numa consulta de Salvador Correia de Sá e Benevides realizada pelo Conselho Ultramarino em 1677, o regimento de 1603 teria surgido em função das várias dúvidas existentes em relação às minas, em especial, depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”.

Esta história do ouro do tamanho de uma cabeça de cavalo aparece em outro documento. No Libro de los sucessos del ano de 1624, alocado na BNE (MSS2355), fala-se deste mineiro alemão, só que teria sido assassinado a mando dos jesuítas, que temiam que a notícia da riqueza aumentasse a servidão dos gentios.

Conforme o manuscrito, o mineiro descobrira que poderia retirar “tan gran pedazo de oro como el cavallo en que estava”, e tal noticia alarmara tanto os padres, que, na mesma noite, o mineiro foi encontrado morto.

Apesar de o livro referenciar o ano de 1624, o documento é posterior a 1640, já que dá conta da Restauração (rebelión, conforme seu texto) que parecia ter ocorrido há pouco, e da expulsão dos jesuítas da vila, porque, segundo o manuscrito, não respeitavam os direitos dos moradores.

Menciona ainda que os jesuítas tiravam ouro de São Paulo e o enviavam ao Duque de Bragança, para financiar a revolta. O documento é do reinado de Felipe IV, já que nele se fala da prata que nunca foi retirada do Brasil no tempo de Felipe III, “ni en el de su majestade”.



 19° fonte   

Primeiro osso fossilizado de dinossauro
1676

Em meados de 1676 foi encontrado na Inglaterra o primeiro osso fossilizado de dinossauro, entretanto na época ninguém tinha ideia de que se tratava de um animal pré-histórico. Consideraram então o osso como sendo de um homem gigante mencionado na Bíblia. Somente em 1815, William Buckland estudou fósseis descobertos na mesma região, mas o conhecimento já estava suficientemente maduro para entender que tais ossos pertenceram a um grande animal pré-histórico, batizado de Megalosaurus.



 20° fonte   

Em 1681, saiu a primeira versão impressa do seu Novo Testamento. Mas o que seria uma proeza se mostrou uma grande decepção. “O livro estava cheio de gralhas e vai ser um sofrimento enorme para João Ferreira de Almeida. Ele vai emendar à mão a primeira edição”, detalhou Tolentino. João morreu em 1691, tempo suficiente para conseguir traduzir o Antigo Testamento até o livro de Ezequiel.
1681

Em 1681, saiu a primeira versão impressa do seu Novo Testamento. Mas o que seria uma proeza se mostrou uma grande decepção. “O livro estava cheio de gralhas e vai ser um sofrimento enorme para João Ferreira de Almeida. Ele vai emendar à mão a primeira edição”, detalhou Tolentino. João morreu em 1691, tempo suficiente para conseguir traduzir o Antigo Testamento até o livro de Ezequiel.Brasil – A palestra teve continuidade com o Prof. Dr. Cláudio Vianney, que abordou as traduções da Bíblia feitas aqui no Brasil. O estudo é fruto de uma pesquisa que teve a colaboração de vários alunos ligados ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). “A edição mais comum no Brasil, que mais exemplares tem, é justamente a de João Ferreira de Almeida. A Sociedade Bíblica do Brasil é a maior editora da Bíblia do mundo. Ela publica em diversas línguas e exporta”.



  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

A base de dados inclui ci

Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .

Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP



Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?

Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:

BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira

Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.

Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.

Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.

É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.

BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.