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Revista Ingesta - Revista do Laboratório
    setembro de 2020, terça-feira
    Atualizado em 13/07/2025 00:19:19

  
  


1. Comunidades quilombolas do Vale do Ribeira: trajetória de resistênciaO Vale do Ribeira está localizado na porção sul do estado de São Paulo e leste do estado do Paraná. Dentro de São Paulo, ocupa 10% do território e está dividido em três sub-regiões: sub-litorânea, médio Ribeira e alto Ribeira. Dentro desta região existem comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas, caiçaras e diversos grupos familiares que se dedicam à agricultura familiar, além de moradores das roças que compõem o quadro social das comunidades ditas “caipiras”. A região do Vale do Ribeira está entre as áreas de maior preservação da Mata Atlântica, sendo que, dentro do remanescente desse bioma, estão localizados em torno de 88 comunidades quilombolas (RIBEIRO FILHO, 2015).

Como principal atividade de subsistência dos quilombos da região, encontra-se a agricultura de coivara itinerante, que possibilitou a resistência dessas comunidades até os dias atuais, através do manejo de recursos naturais presentes em seus territórios, o que permite que não tenham que depender inteiramente dos centros urbanos. Segundo o Instituto Socioambiental, o Sistema Agrícola Tradicional Quilombola (SAT) do Vale do Ribeira é “um conjunto de saberes e técnicas aplicados no cultivo de uma variedade de plantas utilizadas na alimentação, medicina e cultura material” (ANDRADE; KISHIMOTO,2017, v. 1, p. 22).O cultivo de mandioca, milho, feijão e arroz compõe a base alimentar dessas comunidades quilombolas desde o período colonial. A partir desta cultura alimentar, estruturaram-se modos de fazer o plantio, de colheita e de troca que se tornaram tradicionais dentro da comunidade. Neste sentido, foi em torno da relação com a terra que construíram sua cultura e desenvolveram os principais valores que regem, ainda hoje, seu cotidiano: o território como um bem coletivo. Essas comunidades ocuparam os territórios ao longo do rio Ribeira de Iguape durante o período da escravidão, tendo sido fomentadas e estruturadas devido à formação de núcleos de mineração no Vale do Ribeira. Com o passar do tempo, os africanos que foram escravizados fixaram-se nas áreas de fácil acesso ao rio, mas afastadas dos centros de poderes coloniais. Os primeiros movimentos de ocupação colonial que implicaram a presença de africanos no Brasil remetem à primeira metade do século XVI, quando alguns portugueses com interesses na obtenção de recursos minerais percorreram o território, principalmente,em busca de ouro e prata. De fato, permaneceram e organizaram agrupamentos que se transformaram em vilarejos e, posteriormente, foram alçados pela administração colonial portuguesa ao status de vilas e freguesias (PAES, 2014). As vilas de Iguape, Xiririca3 e Ivaporunduva4 tornaram-se pontos importantes de mineração, entre os séculos XVII e XVIII, fato que culminou na ampliação da quantidade da população escravizada (PAES, 2007).

Dentro dos núcleos de mineração, tão logo ganharam fama, os exploradores ampliaram o tráfico de Angola, do Congo, de Moçambique e, provavelmente, de Guiné e escravizaram volumosa mão de obra africana sob intervenção direta da administração portuguesa, por causa dos minérios. Para realizar o gerenciamento da extração e a produção das barras de ouro e de prata, construíram a Casa de Oficina Real da Fundição de Ouro em Iguape, na primeira metade do século XVII. Nesta casa, o ouro era batido e transportado para a região onde hoje fica o município de Registro. Na casa de registro, o ouro era registrado e pesado e descontavam-se o dízimo e os impostos para a coroa portuguesa (CARRIL, 1997, p. 29-30). No entanto, a decadência do ouro, causada não apenas pela presença reduzida da produção de gêneros alimentícios, como também pela descoberta do ouro em Minas Gerais, no século XVIII, levou à diminuição da produção aurífera e ao abandono das terras e das populações escravizadas por parte de muitos mineradores. Outros carregaram os trabalhadores consigo, tornando progressivamente inviável o trabalho nas minas do Ribeira. Com o fim das atividades ligadas à extração do ouro, a Casa de Fundição de Iguape encerrou seus trabalhos. Neste contexto, as populações negras já ocupavam diversos arraiais, em localidades como Iporanga, Apiaí, Ivaporunduva, Xiririca e Registro (CARRIL, 1997). No século XIX, essas mesmas populações negras, muitas ainda escravizadas, plantaram o arroz que se tornara base da produção comercial do período, abastecendo o mercado interno e externo (CARRIL, 1997, p. 29-30). A exportação do arroz levou a uma nova fase de prosperidade econômica na região, que se tornou referência na produção, convergindo, assim, para a atração populacional de outros povos, como os imigrantes japoneses já no início do século XX.

3 Xiri’rica significa, na língua tupi, rio com corredeiras velozes. Depois de se tornar freguesia, nominado por alusão ao rio afluente do rio Ribeira, esta região passou a ser chamada de Eldorado, em 1948 (PAES, 2007, p.18).

4 Ivaporunduva foi grafado de diversas maneiras, entre outras, citamos: “Vupurunduba”, “Guapurunduba”, “Ovapurunduba”, “Ivaporundyba”, “Ivaporundyva”. Nome dado a um a um afluente do rio Ribeira, na língua”. Nome dado a um a um afluente do rio Ribeira, na língua tupi, significa rio com muitos frutos (PAES, 2007, p.19).[p. 79]

A busca pelo ouro fez surgir vilarejos onde o tráfico realizado por portugueses trouxe, forçosamente, a presença africana para o Vale do Ribeira. Mas a luta pela sobrevivência e a dedicação contínua para manter a vida de seus próximos manifestaram-se na criação de formas de resistências a situações de violência e ausência de liberdade: os quilombos. No Vale do Ribeira, eles nasceram dessa luta constante pela vida e pela permanência na terra, sobrevivendo e criando formas de viver a partir dela, adotando-a como sua quando nada mais era possível. 2. Processo de reconhecimento do Sistema Tradicional como patrimônio O processo histórico que levou à presença africana no Vale do Ribeira foi o mesmo que proporcionou a conformação das formas de sobrevivência no território. O modo de produzir alimentos, seja por meio das roças, das técnicas de coivara ou de outras técnicas e valores sociais constituídos nesse processo, configurou uma cultura alimentar própria dessas comunidades. Este conjunto de elementos socioculturais estruturados a partir da roça foi designado como Sistema Agrícola Tradicional Quilombola (SAT). Neste sentido, o SAT é o que norteia as relações e as organizações de trabalho, oscontextos sociais de plantio, colheita e consumo dos produtos dentro das comunidades em que este meio de produção está presente. A existência e a preservação desta cultura se dão pela transmissão, baseada na oralidade, de geração em geração, dos conhecimentos, além do ensino presencial e prático dos mais jovens (ANDRADE; KISHIMOTO, 2017, v. 2).A percepção de que este sistema constituía um bem cultural e, portanto, seria passível de ser patrimonializado figurou como uma estratégia de resistência e continuidade da permanência na terra. Neste sentido, registrar o “modo de fazer a roça” como um patrimônio oficializado, requerido ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi uma “estratégia de ação em defesa dos territórios ocupados pelas comunidades quilombolas e de seus modos de vida tradicionais” (ANDRADE; KISHIMOTO, 2017, v. 1, p. 8).Apesar de o Vale do Ribeira ter mais de 80 quilombos reconhecidos ou em processo de reconhecimento, apenas 19 comunidades entraram com o pedido de registro. Segundo Andrade e Kishimoto (2017, v. 1, p. 8), elas estão situadas em seis municípios do Vale do Ribeira e são as seguintes: Morro Seco (Iguape), Mandira (Cananeia), Abobral Margem-Esquerda (Eldorado), Poça (Eldorado e Jacupiranga), Pedro Cubas (Eldorado), Pedro Cubas [p. 80]



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EMERSON


01/09/2020
ANO:285
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.