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Manoel Ricardo Júnior, Farmacêutico e Poeta - Consulta em sjcantigamente.com.br
    8 de setembro de 2025, segunda-feira
    Atualizado em 08/09/2025 21:05:22

  
  


Manoel Ricardo Junior nasceu em São José dos Campos em 1853, foi um farmacêutico e poeta. Residiu na Rua 15 de Novembro n.º 30, filho de Manoel Ricardo Leite da Silva, negociante de nacionalidade Portuguesa e Gertrudes Gulart natural do município. Faleceu 04/12/1943.

Estávamos no princípio do ano de 1900. São José dos Campos, era então um insignificante lugarejo que dormitava letárgico, sem progresso e sem movimento, a margem direita do Rio Paraíba, serpenteando sinuoso como um ofídio de prata líquida, entre o verde-escuro da floresta semivirgem, espessa e farta de luz. No alto, na planície, donde se podia contemplar, de um lado as longínquas serranias do “Serrote” e doutro, o dorso imensuravelmente magestático da “Mantiqueira”, enxergava-se o casario branco, rarefeito e de modesta construção, bem característico das pequenas localidades brasileiras. No aludido casario humilde e quieto, vivia uma diminuta população, aonde nas noites de luar, apareciam os poetas e seresteiros notívagos, dirigindo loas e rimas às tímidas e retraídas donzelas de antanho. Entre esses bardos joseenses daquele tempo, destacava-se, pela fertilidade da sua inspiração, Manoel Ricardo Junior. Moço inteligente, simpático e culto, além disso, muito benquisto, era, por assim dizer, o florão dos rapazes do povoado.

As suas estrofes, vibrantes de imaginação e de beleza, ecoavam frequentemente nas serenatas dos moços da aldeia, dando largas ao seu espírito liberto da mesquinhez das convenções locais e enchendo de sonhos as pudicas donzelas casadoiras, imersas em seus leitos virginais. Os namoros se resumiam então, pelo que dizem os contemporâneos, nos olhares furtivos e os casamentos, a maior parte das vezes, realizavam-se por intervenção dos pais severos e drásticos. Era a excessiva moral da terra.

Eram os costumes rígidos, que não toleravam e nem permitiam as afeições livres e espontâneas, os idílios sem peias e o amor sem grilhões. Foi precisamente nesse tempo de hábitos tão rigorosos e severos, que apareceu nesta cidade a jovem Silvia, a qual, no dizer do poeta que a decantou no belo soneto nela inspirado, era uma moça belíssima, mas de maneiras libertinas e chocantes. Os escândalos e os amores ilícitos daquela moça adventícia, ecoaram então como uma bomba, na pacatez rotineira da nossa comunidade, tão impregnada de preconceitos e reservada nos seus hábitos sociais. Naturalmente, quase todo o povoado começou, desde logo, a hostilizar a jovem, reprovando-a o mais possível. E um dia, ela, com certeza, sentindo mais do que nunca, a ojeriza coletiva, as hostilidades daquele meio ambiente, desapareceu da cidade como por encanto, para gaudio das matronas sisudas e dos chefes de família. Esse desaparecimento, foi um alívio para todos que aqui habitavam. Isto é, não bem para todos, pois Manoel Ricardo Junior, o poeta sensitivo e emocional, moço de espírito mais evoluído e culto, e de alma sempre atenta para as belezas da vida, (como ele o foi durante toda a sua existência) já havia notado na estranha itinerante, o “seu perfil suave”, os seus olhos “negros como noite de procela”. E por isso, com um interesse todo especial e carinhoso para com a jovem libertina, fez dela a inspiradora de sua musa, escrevendo o soneto…

SILVIA!Ninguém sabia ao certo a origem dela; nem como aparecera ou donde vinha. Surgira, qual no céu surge uma estrela, como surge no espaço uma andorinha… Tinha o perfil e os olhos tinha tão negros como noite de procéla… Vivia pelos alcouces tão mesquinha, tão mísera que causava pena vê-la… Um dia, sem deixar sequer rastro sumiu-se! A terra é imensa e o céu é vasto… Sumiu-se como bruma que se esvai… mas, dizem que na véspera, aos pés dum velho a viram soluçando, ao chão de joelhos… E esse velho, enfim, era seu pai.

Como não poderia deixar de ser, este soneto causou também murmúrios censurosos e reprovações. Certamente não faltaram naquela ocasião, para recriminar o poeta, as censuras a meia voz, os olhares repreensivos e repulsivos. Contudo, ele, espírito bem superior ao meio onde vivia, fez, com os seus versos, perdurar até agora, em nossa lembrança, além do seu estro admiravelmente independente, o nome daquela jovem depravada, linda e desconhecida. Enquanto isso, os nomes de tantas donzelas pudicas e honradas daquele tempo, não obstante a virtude moral que as exornava, esvairam-se no esquecimento. Foram, sem dúvida, o poder da inteligência e a força criadora da inspiração, deificando uma pária da vida.

Manoel Ricardo Junior, nasceu em São José dos Campos, a 3 de maio de 1854. Foram seus pais Manoel Ricardo Leite da Silva e Da. Gertrudes Gulart. Deixou viúva, Da. Hermínia Berta Ricardo Lehmann, com quem teve dois filhos, Mauro e Maria Ricardo Lehmann e faleceu aqui mesmo, em 4 de dezembro de 1943. Foi ele, uma espécie de relicário das tradições de nossa terra. Elemento culto, liberal, sagaz e inteligente, poeta e jornalista, ninguém mais do que ele, conheceu e compreendeu São José dos Campos de várias épocas sobre todos os seus aspectos. Aqui passou toda a sua existência, tecendo loas a tudo que o rodeava, como um embevecido que sempre foi da nossa cidade, dos seus hábitos e das suas cousas. Como poeta, mavioso e inspirado, que era, deixou inúmeras produções esparsas em jornais e revistas, produções essas, que, reunidas em livros, dariam muitos deles, que poderiam fazer inveja a alguns poetas de renome. Foi modesto, mas sobretudo um profundo observador do ambiente e dos homens que o circundavam, gozando do seu grato convívio, sempre afável e acolhedor, sentindo nas suas palavras e nos seus escritos de jornalista de recursos, os transbordamentos de uma inteligência esplêndida, exteriorizações de sua alma de escólio. Nós que, tivemos a ventura de tê-lo como mestre nos primeiros passos do jornalismo, que muitas e muitas vezes, nos sentimos contagiados pelo amor acendrado que ele dedicava à esta gente e à nossa terra, sentiríamos remorsos, se não aceitássemos o gentil convite dos confeccionadores deste álbum, para p escrevermos acerca de Manoel Ricardo Junior.

Que Deus, a alma dele e os nossos leitores, nos perdoe portanto, o pretendermos focalizar com tão exíguos recursos, tão relevante individualidades desta terra, que tantas e tantas vezes, a enalteceu nas suas estrofes admiráveis, impregnadas de inspiração, maviosidade e de beleza!

Livro de 1951

Durante meio século, ou mais, foi a sentinela da rua 15. Conheço-o, já setentão, meão calva imensa, nariz aquilíneo, olhos cerúleos e a barba branca, em bico. Fechou a farmácia quando seu filho Mauro, o rei dos boêmios, para quem só mulher interessava, não quis assumir a direção do estabelecimento.

Manoel faz versos românticos, remanescentes dos tempos de Castro Alves. Tem uma vivacidade intelectual de fazer inveja. Os inteligentes não envelhecem…

Nos seus bons tempos, passa uma jovem e diz: — Que farmácia horrível!E ele, que estava meio oculto:— É o reflexo do seu olhar, Rabicó.

O apelido pegou, porque a jovem trazia cabelos imensamente curtos…

Em sua doença, era comum sairmos à noite, voltando madrugada alta. E quando mamãe perguntava onde andáramos: — Visitando o Manoelzinho…

Um dia Celita conta novidades do Madureira, professor aposentado.

— Ele, agora, lê, visita as filhas, também não deixa de visitar o Manoelzinho…

Mamãe, que já descobriu por onde andávamos, sob pretexto de estar com o doente, exclama:

— Também ele! Um homem daquela idade!Do Livro de Altino BondesanTraga sua história para ser contada!Digitalização de fotos, vídeos, áudio, documentos, recortes de jornais, gravação de depoimentos, cartas, etc.Midias Sociais: sjcantigamenteWhatsapp: (12) 99222-2255Email: sjcantigamente@gmail.comGostou? Compartilhe nas redes sociais!



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EMERSON


08/09/2025
ANO:853
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.