Estudos Afro-Asiáticos, Ano 23, nº 2, 2001 - Viagens do Rosário entre a Velha Cristandade e o Além-Mar
2001 Atualizado em 28/10/2025 04:22:23
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1475, Jacob Sprenger, do mi ni ca no, ca ça dor de bru xas e um dosau to res do cé le bre Mal le us Mal le fi ca rum, fun dou a pri me i ra confra ria de vo ta da ao ro sá rio, em Co lô nia, na Ale ma nha. Vin te anosde po is, Ale xan dre VI, pri me i ro papa a men ci o nar o ro sá rio, aprovou a prá ti ca, que ra pi da men te se ex pan diu.O ro sá rio foi in vo ca do nas po lí ti cas da Re for ma ca tó li ca. OPapa Pio V per mi tiu a fes ta de Nos sa Se nho ra da Vi tó ria, em to dasas igre jas que ti ves sem um al tar do ro sá rio, para co me mo rar a derro ta dos tur cos na ba ta lha de Le pan to, em ou tu bro de 1571, minan do o po der des tes no Me di ter râ neo. Se gun do o papa, a vi tó riate ria se dado gra ças à in ter ces são da Vir gem, em res pos ta aos ro sá -ri os a ela ofe re ci dos. A fes ta de ve ria ser ce le bra da to dos os anos nopri me i ro sá ba do de ou tu bro, dia da se ma na em que se deu a ba ta -lha de Le pan to. Pio V man dou in se rir, ain da, na la da i nha la u re ta -na, a in vo ca ção “Au xí lio dos cris tãos, ro gai por nós”.
Em 1573, Gregório XIII mudou o nome da festa para Nossa Senhora do Rosário, reforçando o rosário como arma da vitória, e transferiu a festa para o primeiro domingo de outubro. Na primeira década do século XVIII, o Papa Clemente XI estendeu a festa ao conjunto da Igreja, período em que as frentes católicas venceram os turcos em Petrovaradin, alijando-os de Corfu, seguindo-se outros pe que nos triunfos, até a batalha decisiva em Belgrado, que forçou os turcos à paz de Passarowitz, em 1718. “A vitória de Lepanto sobrevive na lenda católica como a última cruzada heróica leva da a cabo pelo homem para a instauração do Reino de Deus naterra” (ibi dem:398).
Des de o Papa Pio V, como já foi dito, foi des cri ta a ori gem dadevoção quando da aparição da Virgem a São Domingos, confe -rin do ao rosário um ca rá ter sa gra do que con fir ma va o amor es pe -cial da Virgem por ele e o tor na va em ble ma do di re i to di vi no nabatalha contra os ini mi gos. “Des de a ba ta lha de Le pan to, a Vir geme sua oração par ti cu lar, o ro sá rio, têm sido con ti nu a men te as so ci a -dos especialmente à luta católica contra seus inimigos”(idem:405).A de vo ção ao ro sá rio cres ceu, en tão, quan do a Igre ja se sentia fra ca e a apon ta va para uma dis po si ção com ba ti va. O mé to dode ora ção pro pos to pelo ro sá rio va lo ri za va, ao lado da re pe ti çãodas ave-marias, a me di ta ção, res ta be le cen do a con tem pla ção in te -ri or. A Vir gem e o ro sá rio fo ram, por tan to, ar mas em um tem poem que, cada vez mais, os ca tó li cos pa re ci am acre di tar na ex te ri o ri -da de da fé e na com pra de in dul gên ci as para al can çar a sal va ção.Viagens do Rosário entre a Velha Cristandade e o Além-MarEstu dos Afro-Asiáticos, Ano 23, nº 2, 2001, p. 5Revista Estudos Afro-Asiáticos1ª Revisão: 17.01.20022ª Revisão: 07.02.2002Cliente: Beth Cobra – Produção: Textos & Formas [p. 5]
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