com as figuras de Cristovão Diniz, almoxarife da fazenda real, e deTristão Mendes com a família. Seguem-se ao tempo de Estácio e deMem de Sá, dentre os já identificados Manuel Veloso de Espinha,dono de um navio, Antônio de Sampaio, homem de grande repu-tação, e o cirurgião Ambrósio Fernandes, os quais se radicaram noRio de Janeiro, à exceção do último. Nestes comenos foram para oEspírito Santo: Pero Garcia, a família de Bento Teixeira, osAndrades, os Antunes, os Dias da Vidigueira, o mercador MiguelGomes Bravo e tantos mais. Quem não veio mediante licença, ser-viu-se de estratagemas ou o degredou para cá a Inquisição.
Cremos que a fatídica expedição do jovem rei D. Sebastião,sorvedouro de inúmeras vidas, e as lutas dos espanhóis nos PaísesBaixos, criaram condições para que muitos judeus se incorporas-sem à expedição de Diogo Flôres de Valdés, em 1583, como recur-so escapatório. Haja vista que em todos os portos onde escalouderam-se casos de fuga. A hipótese é confirmada, igualmente peloque se passou com a viagem do governador D. Francisco de Sousaao subir a São Paulo com objetivos mineralógicos. Ao empreendi-mento ligaram-se, entre outros, o capitão Diogo Gonçalves Lasso,marido da judia Guiomar Lopes, recém-autuada pelo inquisidorFurtado de Mendonça, o genro Pedro Arias de Aguirre, o alferesJorge João e o engenheiro Geraldo Beting, que se casaram commulheres de linhagem cristã-nova, o cirurgião José Serrão, futurogenro de Fernão Dias Pais, o meirinho das minas Gaspar GomesMuacho e outros. e com certeza o mesmo teria ocorrido em 1608,quando, pela segunda vez, regressou ao Planalto a fim de prosse-guir no intento.
Outros muitos, a exemplo do sertanista Sebastião de Freitase do escriturário Belchior Roiz, vieram primeiro no Nordeste eentão daí passaram para o Sul. E é fato que, quando se realizaramas visitações do Santo Ofício naquelas paragens houve quem se [p. 128]