'O OURO QUE OS PORTUGUESES “ROUBARAM” DO BRASIL E A HISTORIOGRAFIA MARXISTA - 02/12/2025 Wildcard SSL Certificates


O OURO QUE OS PORTUGUESES “ROUBARAM” DO BRASIL E A HISTORIOGRAFIA MARXISTA
    2 de dezembro de 2025, terça-feira
    Atualizado em 05/12/2025 07:06:08




Arthur Virmond de Lacerda Neto. A inauguração, em Lisboa, do Museu do Ouro, que exibe ouro português, colhido no território do (posterior e atualmente) país independente que o Brasil, já serve para reestimular o ressentimento histórico de brasileiros para com Portugal. Assanha-se, como é tradicional, o mito de que "Portugal roubou o ouro do Brasil" & coisas do estilo. São bobagens; senão, eis que:

Do ouro, prata e diamantes prospectado em solo brasileiro, a totalidade pertencia à coroa, ao Estado, que abandonava 80% ao pesquisador e cobrava-lhe 20%, os quintos reais.

Os pesquisadores sonegaram 2/3, ou seja, 14%; entregaram, de fato, 7%. Portugal recebeu 7% do ouro do Brasil, de que metade apenas ingressou em Portugal; a outra metade foi embolsada pela Inglaterra.

Portugal embolsou, de facto, 3,5% do ouro do Brasil, que não lhe pertencia, e sim a Portugal, pois o Brasil era território português, ultramarino, era Portugal, e não país independente. Atendendo a reivindicações populares, em 1730, o rei baixou, temporariamente, os 20%, para 12%.

Para mais da cobrança dos quintos, havia impostos. Para ater-me a Minas Gerais, de 1700 a 1800, nenhum imposto foi cobrado ser prévia discussão e aceitação das câmaras.

No mesmo período, na França, o Estado embolsava 50% da renda do burguês, do operário e do camponês; apesar do volume do embolso, a coroa portuguesa aplicava no Brasil mais do que a coroa francesa aplicava no seu próprio território.

Por “ouro do Brasil” deve-se entender ouro existente no território então pertencente a Portugal e não ao que posteriormente se tornou no país autônomo daquele nome. É grosseira na sua linguagem e falsa a todos os títulos a acusação de que “Portugal roubou o ouro do Brasil”. Houvesse se apropriado de 100%, era ouro que lhe pertencia e ao Brasil que, como soberania proprietária do ouro, somente surgiu em 1822. Portugal não “roubou” o ouro brasileiro porque lhe era o legítimo dono.

Criação de riqueza no Brasil.

Pérola de mitologia devida a Eduardo Bueno: Não restam dúvidas de que, desde o momento de seu desembarque, tanto os donatários quanto seus colonos visavam ao lucro imediato. O principal - e quase único- objetivo da maioria era [o de] enriquecer o mais rápida e facilmente possível e retornar para Portugal. Nesse sentido, os homens que os donatários trouxeram para ocupar suas terras não eram “colonos” no sentido literal da palavra: eram conquistadores dispostos a saquear as riquezas da terra – especialmente as minerais. (Capitães do Brasil, p. 13).

Assim: 1- os donatários e os colonos visavam ao lucro imediato, 2- o seu objetivo precípuo era o de enricar e regressar a Portugal, 3- eram conquistadores, 4- empenhados em auferir as riquezas locais, máxime o ouro, a prata e os diamantes. Neste parágrafo acumulam-se fantasias que o próprio texto de pesquisa histórica que lhe segue não confirma; elas candidamente exprimem idéias de senso-comum que não resultam da averiguações do próprio autor. Surpreende que, exato e honesto na sua descrição factual, Eduardo Bueno haja sido imaginoso na sua análise sociológica. Ao contrário do que Bueno assere, “restam dúvidas” de que os donatários e os seus acólitos visavam ao lucro imediato, de que o seu principal ou quase exclusivo fosse o de enricar e regressar tão logo quão possível a Portugal. Restam todas as dúvidas de que os adventícios portugueses fossem conquistadores dispostos a saquear as riquezas da terra. No seu tom e na sua elocução, trata-se de frase de efeito, bombástica, preconceituosa e vazia de verdade. Para suscitar um mínimo de dúvidas, transcrevo Gilberto Freyre: No Brasil, os portugueses substituíram a exploração da riqueza local pela criação de riqueza no local. (apud A Colonização Portuguesa no Brasil, p. 84).

Também Franklin de Oliveira propalou o mito que Bueno transmitiu. Redigiu bombástico prefácio a A América Latina, de Manoel Bomfim (editora Topbooks, 1993), eivado de frases de efeito e de declamações em que amesquinhou a colonização portuguesa pela insistência nos chavões lusófobos. A propósito dos engenhos de cana de açúcar, sentenciou que o seu proprietário era um simples feitor; o seu objetivo era enriquecer no Brasil e, ricaço, retornar a Portugal (obra citada, p. 21). Que falsidade !!! exclamam José Verdasca e Antonio Netto Guerreiro, a propósito (A Colonização Portuguesa no Brasil, p. 27). E prosseguem: Afirmação completamente destituída de fundamento, contrária da realidade, ofensiva e irresponsável, feita por ignorância ou talvez má fé, ela não revela ao leitor que o “proprietário dos engenhos” era o Capitão Donatário (ou um ilustre rico-homem com fortuna e provas dadas) que, escolhido entre os mais ricos nobres portugueses, se desfazia de sua avultada fortuna para, em Portugal, embarcar para o Brasil, em naus fretadas e ou adquiridas, materiais e colonos, que desbravassem o sertão, plantassem as mudas de cana, edificassem e implantassem casas e engenhos, e criassem todas as condições necessárias e suficientes ao fabrico e transporte da cana e do açúcar, ou seja, primeiro havia que criar a riqueza no local, mediante vultuosos investimentos, grandes riscos e sobre-humanos sacrifícios. Por aqui vemos que apenas homens ricos, tinham condições de trazer para o Brasil pessoas e bens, mudas e animais, desmatar a selva e plantar as mudas de cana, implantar os engenhos e produzir o açúcar, investindo muito para, passados dois a três anos, poder auferir os rendimentos do capital e do trabalho” (idem). Escreveu Koebel: “A certos aspectos, talvez, nenhuma nação haja colonisado com tanto enthusiasmo como Portugal. Uma vez estabelecidos no paiz, os seus pioneiros nunca encaravam a nova conquista como um lugar para residencia transitoria” (apud Manoel Bomfim, O Brazil na America, 1929, p. 406). Bomfim, acrescenta, contudo, ressalva: De facto, era assim, nos primeiros tempos do Brazil, até xque aqui se constituiu, pela lavoura, uma riqueza propria, capaz de ser explorada pelos mercantis. Depois, no tempo de Fr. Vicente, já os reinóes eram mais transitorios do que definitivos. Pouco importa: a necessidade de cultivar a terra para ter riqueza fez o essencial, e deu à colonização primeira do Brazil o caracter que mais lhe convinha; e é isto o essencial na verificação que nos interessa. (idem, p. 406). Prossegue, linhas adiante: [...] os colonos portuguezes iniciaram uma sociedade estavel, agricola, vinculada ao sólo, orientada immediatamente a fazer do paiz uma patria [...] (idem, p. 407). “O português foi por toda a parte, mas sobretudo no Brasil, esplendidamente criador nos seus esforços de colonização”. (Gilberto Freyre, O mundo que o português criou, É realizações, 2010, p. 25.). Carlos Lisboa Mendonça: Acrescentemos, ainda, ao contrário do que muitas vezes ouvimos dizer, que o Brasil foi colonizado por material humano de boa qualidade; o melhor que naquela época existia em Portugal. Os líderes eram homens que já haviam demonstrado seu valor na India e pertenciam à camada mais representativa da vida política e social portuguesa [...]. Os colonos eram pessoas cuidadosamente escolhidas, com quem os Capitães pudessem contar nos momentos de dificuldade [...]. (500 anos do descobrimento, editora Destaque, 2000, p. 242). Sérgio Buarque de Holanda: “O trato das terras e coisas estranhas [ou seja, o convívio com povos e culturas orientais], se não uma natural aquiescência e, por isso, uma quase indiferença ao que discrepa do usual, parecem ter provocado certa apatia da imaginação, de sorte que para eles [portugueses dos quinhentos] até o incomum parece fazer-se prontamente familiar, e os monstros exóticos logo entram na rotina diária. Não estaria aqui o segredo da facilidade extrema com que se adaptam a climas, países e raças diferentes?” (Visão do paraíso, Folha de São Paulo, 2000, p. 121.). A adaptabilidade do português constituiu-lhe fator de superioridade, pelo entrosamento que lograva com climas, povos, culturas diversos dos do europeu e com que aceitava a diversidade cultural. Afeito a observar o diverso, aceitava a diversidade: no horizonte humano do português cabiam todos os humanos. Em relação à mestiçagem no Brasil, à ausência de “antagonismos absolutos” na “separação dos homens em senhores e escravos” e da “mística da branquidade ou de fidalguia” (Gilberto Freyre, O mundo que o português criou, É realizações, 2010, p. 26), diz Gilberto Freyre: se reconhecermos na mestiçagem a capacidade, que me parece justo atribuir-lhe, de ter, no Brasil e noutras áreas de colonização portuguesa, adoçado as durezas do sistema de trabalho escravo e as suas consequencias sociais e vencido ou, pelo menos, atenuado convenções de raça e de classe nas relações dos homens brnacos com as mulheres nativas, devemos concluir pela superioridade ética desse processo [...] (idem, p. 27 e 28). Paulo Francis (em escólio ao livro "O projeto do arcaísmo", de João Fragoso e Manolo Florentino): Historiadores novos, José [sic] Fragoso e Manolo Florentino, descobriram um projeto de arcaísmo, em que, leio, demonstraram que havia vigorosa vida econômica na colônia, independente de Portugal, e cuja economia lucrava tanto quanto a dos EUA, baseada na alta rentabilidade do negro escravo, que esses autores dizem ter sido de 19% ano, o que até hoje é muito dinheiro. A versão oficial até agora era a de Celso Furtado e Caio Prado Júnior, a stalinista, de que o Brasil foi saqueado por Portugal e que os cutucros estúpidos nem reinvestiram o dinheiro em industrialização [...]. (Trinta anos esta noite. 1964, p. 162.).



Dinheiro$
Ouro
Leis, decretos e emendas
Diamantes e esmeraldas
Arthur Virmond de Lacerda
Eduardo Bueno

EMERSON


02/12/2025
ANO:853
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.