O morro de Potosí, lendária montanha de onde veio a prata que impulsionou globalização há 500 anos - 13/01/2024
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O morro de Potosí, lendária montanha de onde veio a prata que impulsionou globalização há 500 anos
13 de janeiro de 2024, sábado Atualizado em 17/12/2025 06:59:37
Existem moedas que fazem história, mas poucas se comparam com uma das mais famosas de todos os tempos: o "real de a ocho".
E com toda razão: ela foi a primeira moeda verdadeiramente global.
Produzida em enormes quantidades, seu uso já se espalhava pela Ásia, Europa, África e América, 25 anos após ter sido cunhada pela primeira vez, na década de 1570 – estabelecendo completo domínio global.
Também conhecido como "dólar espanhol", "peso de oito reais" ou simplesmente "peso", o "real de a ocho" foi a moeda de reserva monetária de muitos países por três séculos. Estima-se que, no século 18, ele representasse 50% de todo o dinheiro em circulação no mundo.
A moeda só seria substituída em importância global no século 19, pela libra esterlina britânica, e pelo dólar americano em meados do século 20.
Cunhado pelo Império Espanhol após a reforma monetária adotada pelos reis católicos em 1497, o "real de a ocho" tinha cerca de 40 milímetros de diâmetro e pesava cerca de 27 gramas.
Deste peso, 25 gramas eram de prata – a mesma prata que enriqueceu o império e o mundo, mas não os habitantes originários do lugar de onde provinha o metal: o continente americano.
Grande parte da prata vinha de uma montanha nos Andes que recebeu os nomes Sumaq Urqu – "morro bonito" – e Urqu P´utuqsi ou Qullqi Urqu – "morro de onde brota a prata", em idioma quéchua.
O colonizador espanhol deu ao local os nomes de Cerro Rico e morro de Potosí.
Mas ele também é conhecido por um apelido trágico: "montanha comedora de gente".
O Eldorado dr Prata
Quando os espanhóis encontraram – literalmente sem querer – o "Novo Mundo", eles ficaram fascinados pelo ouro – às vezes, chegando às raias da loucura.
Mas o que realmente enriqueceu a Espanha não foi o Eldorado que nunca foi visto, mas a prata.
Os espanhóis rapidamente encontraram a prata no México dos astecas e exploraram suas minas. Mas foi no extremo sul do Império Inca que eles encontraram grandes jazidas, na década de 1540.
Nas montanhas andinas, havia um morro de prata tão grande que faria com que uma isolada aldeia inca nas proximidades passasse a ser a quarta maior cidade do mundo cristão em apenas 70 anos.
Trata-se de Potosí, que, hoje, ocupa o território da Bolívia.
A extração da prata financiou a criação do complexo industrial mais avançado da época e definiria fortunas econômicas da China até a Europa ocidental.
No seu apogeu, no início do século 17, 160 mil pessoas moravam em Potosí, entre nativos americanos, escravos africanos e colonos espanhóis.
Era uma população maior do que cidades como Londres, Milão (Itália) e Sevilha (Espanha), na época.
A prata americana começou a cruzar o Atlântico poucos anos depois da "descoberta" das minas pelos espanhóis. O volume passou de modestos 148 kg por ano na década de 1520, para quase 3 mil toneladas anuais, 70 anos depois.
Foi o primeiro acontecimento nesta escala na história econômica da humanidade.
Não foi por acaso que o primeiro escudo de armas da então chamada Vila Imperial de Potosí, concedido pelo imperador Carlos 5° (1500-1558), do Sacro Império Romano-Germânico, dizia: "Sou o rico Potosí, do mundo sou o tesouro, sou o rei dos montes, inveja sou dos reis."
Consciente do seu grande valor, o rei Filipe 2° da Espanha (1527-1598), filho de Carlos 5°, presenteou a cidade com um segundo escudo em 1561.Seu novo lema, muito apropriado, era: "Para o sábio rei, esta alta montanha de prata poderia conquistar o mundo inteiro."
Nas encostas do morro
O local alto, árido e muito frio dos Andes se tornou um lugar incrivelmente rico.Na pressa de explorar a prata, Potosí cresceu de forma caótica. Tornou-se uma cidade de ruas extravagantes e cabanas modestas, salpicada de casas de jogos, teatros e igrejas.O vício, a compaixão, o crime e as festas assumiam imensas proporções, segundo o historiador da América hispânica Lewis Hanke.
"Em um evento eclesiástico, um dos governadores organizou uma festa grandiosa, exibindo um jardim preparado para a ocasião, que encerrava em suas grades tantos animais ferozes quantos teve a arca de Noé", contou ele.
"Havia torneiras de onde brotavam vinho, chicha [bebida fermentada preparada pelos incas] e água ao mesmo tempo."
"Em 1577, foram investidos três milhões de pesos em obras hidráulicas formidáveis, um progresso que anunciou uma era de prosperidade ainda maior", acrescentou o historiador.
Essas obras deixaram a cidade rodeada por 22 represas que alimentavam 140 moinhos para processar o metal antes de moldá-lo em barras.
Mas, enquanto as minas de Cerro Rico produziam a matéria-prima que enriqueceu a Espanha, a Casa da Moeda de Potosí ficou responsável pela produção do dólar espanhol que definiu as bases da moeda global.
Em Potosí, as moedas eram carregadas em lhamas. Elas viajavam por dois meses através dos Andes, até chegar a Lima e ao litoral do Oceano Pacífico.
Ali, as frotas espanholas levavam a prata do Peru até o Panamá, onde as moedas eram transportadas por terra através do istmo centro-americano para cruzar o Atlântico escoltadas.
Este comércio de prata não se restringia apenas à Europa. Na verdade, as moedas espanholas chegavam a praticamente todas as partes do mundo.
A Espanha também tinha um império na Ásia, sediado em Manila, nas Filipinas. Por isso, os dólares espanhóis passaram rapidamente a cruzar o Pacífico em grandes quantidades.
Em Manila, as moedas eram usadas para pagar os comerciantes chineses, em troca de seda, especiarias, marfim, laca e, principalmente, porcelana.
Com isso, o dólar espanhol trouxe mudanças fundamentais para o comércio mundial.
"Foram cunhadas, muito rapidamente, centenas de milhões, talvez bilhões dessas moedas, que se tornaram o sistema monetário global", afirma à BBC o historiador financeiro William Bernstein.
Ele explica que essas moedas eram o equivalente aos cartões de crédito dos séculos 16 a 19."Quando você lê, por exemplo, sobre o comércio do chá na China, que era um comércio vasto, você observa os preços e contas contabilizados em dólares, com sinais de dólar, mas é claro que eles falavam dos dólares espanhóis, dos ´reais de a ocho´", ensina o historiador.Em toda a Europa, o tesouro hispano-americano inaugurou uma "idade da prata". Mas esta mesma abundância trouxe consigo uma nova série de problemas.Falta de reais na EspanhaA prata hispano-americana aumentou a oferta monetária, mais ou menos como ocorre quando os governos "imprimem" dinheiro hoje em dia.E a consequência do aumento da moeda disponível, tanto antes quanto agora, é a inflação, que levou o caos para a China da dinastia Ming e desestabilizou a economia dos países do leste asiático.
Na Espanha, reinava a confusão. A riqueza do império, em termos políticos e econômicos, muitas vezes parecia mais aparente do que real.
O rei espanhol Filipe 4° (1605-1665) havia afirmado que "na prata, estavam a segurança e a fortaleza da minha monarquia".
Mas, ironicamente, as moedas de prata passaram a ser raras no império. Elas eram usadas para pagar produtos estrangeiros, enquanto a atividade econômica local diminuía.
Quando o ouro e a prata desapareceram da Espanha, ficou difícil assimilar o abismo entre a ilusão e a realidade da riqueza, sem falar nas consequências morais dos inesperados problemas econômicos do país.
Em 1600, o arbitrista (pessoa que sugeria soluções para os problemas do império) Martín González de Cellorigo afirmou que "a abundância de dinheiro não sustenta os Estados, nem reside nela a sua riqueza".
Ele interpretou os fatos concluindo que a causa da ruína espanhola era que "a riqueza andou e anda no ar, em papéis, contratos, tributos e letras de câmbio, na moeda, na prata e no ouro, não em bens que frutificam e atraem de forma mais digna as riquezas do exterior, sustentando as internas".
"Por isso, o fato de não haver dinheiro, ouro nem prata na Espanha decorre da sua própria existência e o de [a Espanha] não ser rica, porque há riqueza", escreveu o arbitrista castelão.
Mas, independentemente dos altos e baixos da fortuna do país, o dólar espanhol foi uma das pedras fundamentais do mundo moderno, que antecipou e possibilitou a economia global.
Sem Cerro Rico, a história teria sido muito diferente, não só para o resto do mundo, mas também para aqueles que extraíram o metal de suas entranhas.
Alto custo
Toda essa riqueza teve um custo enorme em vidas humanas.
No início da década de 1570, foi descoberto um processo de amalgamento para separar o mercúrio do mineral extraído. Com isso, a produção de prata disparou e surgiu o sistema de trabalho forçado conhecido como mita.
Eram condições brutais, que chegavam a causar a morte dos trabalhadores.
Nativos que moravam a centenas de quilômetros de distância eram obrigados a viajar para Potosí. Lá, eles recebiam a extenuante tarefa de levar à superfície uma quota diária de 25 sacos de minério de prata, pesando cerca de 45 kg cada.
Na sua crônica Relação Geral do Assentamento e Vila Imperial de Potosí e das Coisas Mais Importantes do seu Governo (1595), o minerador espanhol Luis Capoche conta que, como único prêmio pelo seu trabalho, eles costumavam ser chamados de "cachorros" ou apanhar por trazer pouco metal, por demorar demais na extração ou, supostamente, por roubar o minério.
Ele relata o caso de um indígena que, temendo o castigo que receberia do seu amo, refugiou-se na mina, caiu "e se desfez em cem mil pedaços".
E os maus tratos não eram a única condenação.
Na gelada altitude das montanhas, a pneumonia era um perigo constante. Já o envenenamento por mercúrio frequentemente matava aqueles que participavam do processo de refino.
Aproximadamente desde 1600, quando a mortalidade disparou entre as comunidades indígenas locais, dezenas de milhares de africanos escravizados foram levados a Potosí para substituir os indígenas mortos.
Os africanos eram mais resistentes que a população local, mas também vieram a morrer em grandes quantidades.
Não se sabe ao certo quantas foram as vítimas fatais da extração de prata em Potosí. Mas, na memória cultural, ficou registrado o número mencionado por Eduardo Galeano no livro As Veias Abertas da América Latina (Ed. L&PM, 2010).
No seu furioso relato sobre o passado de Potosí, o escritor uruguaio fala em 8 milhões de nativos americanos mortos.
Especialistas afirmam que a quantidade de vítimas fatais foi muito menor. Mas o número exato é o que menos importa. O trabalho forçado nas minas bolivianas continua sendo o símbolo histórico da opressão colonial espanhola.
Parafraseando Galeano, costuma-se dizer que, considerando a exploração, seria possível construir uma ponte de prata do pico de Cerro Rico até a porta do palácio real em Madri, na Espanha.
E poderia haver outra ponte, feita apenas com os ossos daqueles que morreram extraindo o precioso metal.
*Este texto foi baseado em partes do episódio "Pieces of Eight", da série radiofônica da BBC e do Museu Britânico "Uma história do mundo em 100 objetos". Se quiser ouvir o episódio em inglês, clique aqui.
Potosí Data: 01/01/1820 Créditos/Fonte: bbc.com Gravura mostra o Cerro Rico, a cidade de Potosí (hoje parte da Bolívia) e um moinho para processamento de minério, em cerca de 1820
ID: 13744
Vista da cidade de Potosí Data: 01/01/1553 Créditos/Fonte: Crónica de Perú, de Pedro Cieza de León 01/01/1553
ID: 13745
Potosí Data: 01/01/1590 Créditos/Fonte: Theodor de Bry Indígenas trabalham em uma mina em Potosí, na Nova Espanha (hoje, Bolívia). Ilustração de Theodor de Bry, cerca de 1590
ID: 13746
EMERSON
13/01/2024 ANO:859
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.