O que aconteceu em 22 de abril? Veja 7 fatos sobre sobre a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, nationalgeographicbrasil.com
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Seguindo o comando do navegador português Pedro Álvares Cabral, cerca de mil pessoas, a bordo de 13 embarcações, desembarcaram na costa brasileira, na altura do que hoje é a atual cidade de Porto Seguro, na Bahia. O dia era 22 de abril de 1500 e, nesse pedaço de terra que os recém-chegados não tinham a menor ideia do tamanho, viviam dezenas povos originários diferentes, em um total que passava dos 3 milhões de pessoas, como conta um artigo sobre o tema publicado pela Agência Brasil, órgão de comunicação oficial do governo brasileiro.
Passaram-se mais de 500 anos da data comumente chamada de “descobrimento do Brasil” e, nos últimos tempos, essa expressão vem sendo questionada por especialistas e historiadores, dado que os portugueses adentraram um território no qual outros povos já viviam, como explica o artigo do site governamental, o que faria deles mais invasores do que descobridores.
“Após a chegada ao Brasil, os portugueses passaram a colonizar o país e explorar recursos minerais e naturais para obtenção de lucros”, diz o texto oficial. “Para isso, exploraram a mão de obra indígena, de imigrantes e de pessoas trazidas do continente africano”, completa.
Mas qual era o contexto do desembarque dos colonizadores europeus no território que hoje é o Brasil e quais fatos estão associados ao 22 de abril? A National Geographic listou os 7 acontecimentos sobre esse exato período histórico.
Os 7 fatos históricos impactantes sobre o 22 de abril
1. Desde 1487, o reino de Portugal buscava encontrar um caminho para chegar ao Oriente, mais precisamente o caminho para as Índias, por causa das riquezas que o comércio com essa região trazia, como explica o livro “A História do Brasil Para Quem Tem Pressa” (Ed. Valentina), escrito por Marcos Costa, doutor em História pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), pesquisador e escritor. Esse objetivo era o que estava por trás da viagem que trouxe Pedro Álvares Cabral em abril de 1500.
2. Já após a chegada dos portugueses ao novo território, Dom Manuel 1º, o rei de Portugal na época, não pareceu muito empolgado com o desembarque das caravelas de Cabral. Isso porque em uma comunicação enviada por Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota, o relato era de que “à primeira vista, apenas existiam nativos” no lugar. “Era um espaço virgem, sem riqueza imediata”, conta um artigo intitulado “O Descobrimento do Brasil e os interesses dos portugueses”, publicado no site de educação da prefeitura do Rio de Janeiro.
3. O artigo continua explicando que, inicialmente, o único benefício visto pela Coroa portuguesa com a chegada ao Brasil era de fazer aquele território como um ponto de parada no litoral sul-atlântico para chegar depois às Índias Orientais. Por isso, continua a fonte, “por um longo período, a terra americana permaneceu quase que em abandono”.
4. Sobre isso, o livro “A História do Brasil Para Quem Tem Pressa” detalha que nos primeiros 30 anos após a chegada ao novo território, inúmeras viagens foram feitas pelos portugueses com o intuito de fazer um reconhecimento da região. “Muitos marinheiros desertaram ou eram propositalmente deixados entre os naturais da terra para se familiarizar com a língua e colher informações”, diz a obra.
7. Até 1534, esse momento pós chegada dos colonizadores portugueses termina com a Coroa arrendando essas terras. Um dos primeiros a ter o direito de explorá-la foi Fernando de Noronha, um comerciante judeu que apostou no extrativismo do pau-brasil e de outros produtos típicos da região tropical, diz o livro “A História do Brasil Para Quem Tem Pressa”.
A partir dessa data, Portugal também inaugurou o regime de capitanias hereditárias, quando ainda sem interesse em investigar na colônia, praticamente “terceiriza” o território, fatiando-o para outros indivíduos explorarem. As capitanias de São Vicente (onde hoje fica a cidade paulista), e a de Pernambuco, foram as únicas que prosperaram, sendo que a primeira avançou com os engenhos de cana-de-açúcar, introduzindo a plantação da cana em terras brasileiras, detalha o livro.
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.