TELESCÓPIO FEZ SANTOS DUMONT ACABAR NA PRISÃO DURANTE A PRIMEIRA GUERRA. Por FABIO PREVIDELLI, em aventurasnahistoria.com.br
M: Fontes (\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\4578f.txt) M: \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\4578mt.txt 1 de agosto de 2024, quinta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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O coração moveu Santos Dumont. A paixão pelo céu o fez sonhar com um veículo aéreo que pudesse conectar as pessoas e culturas ao redor do mundo. Mas o coração que bateu acelerado em cada um de seus voos experimentais foi o mesmo que se partiu ao ver o avião sendo usado como máquia de destruição na primeira grande guerra. O sentimentalismo na vida de Dumont é um dos fatores abordados no documentário ´Santos Dumont, O Céu na Cabeça´, dirigido por Eder Santos e Monica Cerqueira, já disponível no Curta On!. O filme, que revisita desde o nascimento do Pai da Avião na fazenda Cabungu (MG), em 1873, passando por sua vida na Europa, principalmente em Paris, até seu suicídio no Guarujá (SP), em 1932, também revela momentos um tanto quanto curiosos — e até esquecidos — da biografia do brasileiro. Um exemplo curioso é sua estadia em uma comuna litorânea da Normandia. Por lá, com o início da Primeira Guerra, Santos Dumont chegou a ser acusado de ser um espião alemão. Mas o que levou isso a acontecer?
Solitário espião?
Conforme mostrado em ´Santos Dumont, O Céu na Cabeça´, no início da Primeira Guerra, em meados de 1914, Santos Dumont passou a viver sozinho em uma casa no litoral francês, na comuna de Bénerville-sur-Mer, na região da Normandia.
Ele tinha um telescópio de fabricação alemã no telhado de sua casa porque ele gostava de olhar o céu noturno", disse o biógrafo britânico Paul Hoffman no documentário. Segundo o autor, as pessoas desconfiavam pelo fato de Dumont ser um estrangeiro na França que usava um telescópio de fabricação alemã. "A Alemanha havia atacado a França e alguns franceses temiam que Santos Dumont fosse um simpatizante secreto, já que ele tinha este telescópio feito na Alemanha em seu telhado. Era meio absurdo".
"Mas ali estava um homem que havia sido um herói incrível na Europa, uma das pessoas mais famosas do mundo naquela época e agora, ele estava sendo tratado como um possível espião, na guerra", continua.
A denúncia
Com todo o clima que permeava o país, o uso do equipamento por Dumont chamaria a atenção de seus vizinhos, que denunciaram o inventor brasileiro para as autoridades francesas. Afinal, ele passava horas e horas todos os dias observando pelas lentes da ferramenta. A suspeita era de que Santos Dumont pudesse ser um espião a serviço do governo alemão que estava coletando informações a respeito dos navios franceses que passavam pela costa da Normandia.
"As pesquisas levaram a isso, e tem uma documentação sobre a prisão dele na época", explica a diretora Monica Cerqueira em entrevista exclusiva à equipe do site Aventuras na História. "Isso é um fato documentado e registrado nos documentos policiais de Paris".
"Mas como chegou a isso, eu não faço ideia. Talvez por ele ter se ausentado da aeronáutica. Depois do último acidente do Demoiselle, ele abandonou a aviação", explica a documentarista.
Já no litoral da França, diz Monica, Santos Dumont passou a ter um interesse maior pela astronomia, o que explica seu uso do telescópio. "Eu acho que é aquele tipo de vizinho fofoqueiro, que não tem nada para fazer, no litoral da França. Vai lá e vê que ele tem um telescópio alemão, tá lá escondido, afastado da vida efervescente de Paris, como ele sempre esteve, acho que foi uma coisa assim de vizinho maldoso", especula Cerqueira. O fato é que as denúncias tiveram grandes consequências na vida do inventor brasileiro, que não apenas teve documentos confiscados durante um mandado de busca da polícia, como também acabou confinado à sua casa em prisão domiciliar."Realmente mexeu com a cabeça dele. E depois que as autoridades francesas destruíram tudo em sua casa procurando documentos que pudessem provar que ele estava aliado à Alemanha, claro que eles não encontraram nada, mas ele ficou tão chateado que queimou muitos de seus desenhos, seus papéis, suas cartas", explica Hoffman no documentário. O perdão A ´grande confusão´ só foi desfeita após intervenção de seu amigo Antonio Prado Junior, que avisou a embaixada brasileira na França sobre a situação envolvendo o Pai da Aviação. Após o envolvimento dos diplomatas brasileiro, Dumont foi liberado pelo governo francês. Pouco depois ao acontecido, Santos Dumont acabou deixando a região da Normandia e se mudou para a Espanha antes de, enfim, retornar ao Brasil. Após o fim do conflito, a França enviou ao brasileiro um pedido de desculpas formal pelo transtorno causado. Isso é um triste episódio na vida de Santos Dumont", finaliza Hoffman.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.