A História do Vinho no Brasil. Consulta em enologia.org.br
9 de setembro de 2024, segunda-feira Atualizado em 31/10/2025 11:52:45
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As primeiras videiras do Brasil foram trazidas pela expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, em 1532. Brás Cubas, fundador da cidade de Santos, é, reconhecidamente, o primeiro a cultivar a vinha em nossas terras.
9 de setembro de de 2024, segunda-feira (Há 1 anos)
No Rio Grande do Sul a videira chegou em 1626, trazida pelo jesuíta Roque Gonzáles que plantou videiras européias em São Nicolau, nos Sete Povos das Missões. Embora houvesse necessidade da produção de vinho para utilização na missa, a dificuldade de adaptação de variedades viníferas em nossas terras impediu a disseminação da vitivinicultura no Brasil. Em 1742, assinala-se o renascimento da vitivinicultura rio-grandense com a chegada de sessenta casais açorianos e madeirenses radicados em rio grande e porto alegre.
No ano de 1813, D. João VI reconhece oficialmente a primazia de Manoel de Macedo Brum da Silveira no plantio de videiras e produção de vinho no Rio Grande. Por volta de 1840, a introdução da variedade americana Isabel, por Thomas Master, na ilha dos Marinheiros, foi sucedida de grande sucesso. Sua resistência e rusticidade fizeram que ela se implantasse preferencialmente na região em detrimento das cepas viníferas, mais frágeis. A uva Isabel foi-se disseminando nas áreas de colonização alemã, como São Leopoldo.
A partir de 1875 desponta o grande surto do crescimento da vitivinicultura gaúcha, graças á chegada da colonização italiana, pois os italianos traziam na bagagem além das cepas de uva européias da região de Vêneto, o hábito do consumo do vinho como um alimento, e o ainda chamado espírito vitivinícola. As cepas com o passar do tempo começaram a morrer por causa de doenças fúngicas, mas a força italiana e a vontade de manter sua tradição permitiram aos imigrantes que encontrasse uma cultivar que se adaptasse a região. A variedade de origem americana chamada de Isabel (vitis labrusca) foi encontrada na região no vale do rio dos Sinos, onde os imigrantes levaram para a encosta Superior do Nordeste, sendo que essa cultivar se adaptou muito bem aquelas condições, e permitiu a continuidade da produção de uvas e vinho.
Há algumas décadas a preocupação com a melhoria de qualidade e as melhorias das técnicas agronômicas fizeram com que, novamente, se iniciasse o plantio de variedades viníferas. A partir de 1970, vinícolas multinacionais, como a Moet & Chandon, a Martini & Rossi e a Heublein estabeleceram-se na Serra Gaúcha trazendo equipamentos de alta tecnologia e técnicas viticulturais modernas. Essas empresas implementaram, também, junto aos calouros da Serra, um programa de estímulo à modificação do sistema de plantio, passando da latada à espaldeira. Estimularam, igualmente, a produção de cepas viníferas. Essas medidas tiveram como conseqüência um grande salto qualitativo no vinho brasileiro que hoje, a despeito das dificuldades de solo e clima, ostenta padrão internacional de qualidade.
OII!
Registros mencionados Registros mencionados (2): 03/12/1530 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa 01/01/1626 - *São Roque Gonzales fundou quatro Reduções: Candelária, Caaçapa-Mirim, Assunção do Juí e Caaró
• Referências (20) [1] História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), 01/01/1755 [2] “Memória Histórica da Capitania de São Paulo e todos os seus memoráveis sucessos desde o ano de 1531 até o presente de 1796”, Manuel Cardoso de Abreu (1750-1804), 01/01/1796 [3] Jornal Correio Paulistano, 13/10/1854 [4] Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*, 01/12/1896 [5] “São Paulo no século XVI”, Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Correio Paulistano. Página 1, 06/12/1917 [6] “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos, 01/01/1937 [7] A Fundação De São Paulo - Jaime Cortesão, 01/01/1955 [8] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior, 01/01/1969 [9] Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo, 01/01/1992 [10] Memória Paulistana, 01/01/1992 [11] Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4, 04/12/1993 [12] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 01/01/1998 [13] Araçoiaba da Serra. Esconderijo do Sol: Conto, canto e encontro com os 150 anos da minha história... 2007, 01/01/2007 [14] “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga, 01/01/2010 [15] “Um Caso de Apropriação de Fontes Textuais: Memória Histórica da Capitania de São Paulo, de Manuel Cardoso de Abreu, 1796”. Versão Corrigida, 01/01/2012 [16] “A fábrica de ferro no morro da Barra da barra de Santo Antônio - Século XVII - Uma indagação”, 18/02/2012 [17] Genealogia das famílias formadoras da Paulistânia- 7, Felipe de Oliveira, 27/02/2023 [18] Domingos Gonçalves, Mestre Bartolomeu, consultada em geni.com, 11/03/2023 [19] A História do Vinho no Brasil. Consulta em enologia.org.br, 09/09/2024 [20] Consulta em Wikipedia: Irmãos Adorno, 07/04/2025
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